segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

2011: RETROSPECTIVA


As crianças ainda pensavam no Papai Noel e muita gente já se preparava para as posses de governadores e, pela primeira vez, de uma mulher na Presidência do Brasil.
Em Brasília houve uma apoteótica troca simbólica de comando. Cenas exóticas foram vistas por milhões de telespectadores.
 O baixo clero sabia que estava sendo filmado e fez de tudo para uma pequena participação na película oficial. Pouco importava se a luta para aparecer no vídeo pudesse vir a gerar constrangimentos futuros.
Nas rodinhas de papo em Cuiabá, discutia-se qual o abraço mais afetivo da presidente, sinal de prestígio para o abraçado.
 O governo da presidente começou com um pedido aos seus súditos imediatos:
“Gostaria de ser chamada de Presidenta.”
Os ministros responderam em coro: “Será feita a vossa vontade, Presidenta.”
Alguns acharam que o governo da continuidade já nascia velho, preço pago para ser “Presidenta.”

Como dona da Casa Civil por longos anos, sabia o que lhe esperava.
Imitou um antigo ministro que, ao assinar um ato do qual discordava, tapou as narinas e cunhou a frase histórica: “Às favas para os meus escrúpulos.”

A revista VEJA publica escândalos do seu governo.
Surgiu então a Operação Faxina. O Ministério dos Transportes foi o primeiro contemplado. Não sobrou ninguém. Exceção feita ao auxiliar do titular que, durante a sua campanha, ficou como ministro substituto.
 Coincidência..., esse ministério é o maior captador de recursos de empreiteiros para a campanha eleitoral. Os escândalos envolvendo gente do primeiro escalão do governo continuavam, e a presidente mudou de estratégia. Parou com a faxina ética.
Solicitou dos ministros infratores do código de ética, que pedissem demissão.
Começou a liberar recursos das emendas parlamentares - o oxigênio dos deputados e senadores.
A grande emoção do brasileiro no final da semana não é mais os jogos do Campeonato Brasileiro de Futebol, e sim, a capa das principais revistas do país.
Por aqui, nada de novo ou esperança. Tudo acertado no período eleitoral - com relação ao loteamento do poder por partidos que compõem a base de sustentação do governo. Pelas beiradas, os indicados pelo ex-governador estão sendo substituídos e alguns até rebaixados, após apressadas e inconstitucionais promoções.
Voltou-se a falar em divisão do Estado, agora dupla.
 “Quanto ao mais, tudo na mais perfeita ordem e na mais santa paz”, como diria o jornalista Marcos Antonio Moreira.
 A economia brasileira apresenta sinais de fadiga. O governo jura que não há inflação.
As greves por melhores salários não acontecem por acaso, assim como o aumento astronômico dos proventos daqueles que nós pagamos.
O Brasil continua com a birra de não investir em educação, saúde e segurança e alardear que somos país emergente.
A cultura no Brasil não é um bem de consumo, mas privilégio de poucos.
No nosso Estado são ridículas as verbas destinadas à cultura, considerada essa secretaria como de consolo para abrigar esquemas políticos.
Há também coisas boas.
Cito como exemplo a moderna revista c.a.t - símbolo de empreendedorismo.
As dificuldades para se editar uma revista de qualidade, são incontáveis.
Parabéns Fernando Baracat pela sua ousadia e coragem!

Parabéns por tudo o que você tem feito para divulgar nossa cidade e Estado!
Felicidades, e até o ano que vem! 

Gabriel Novis Neves
23-12-2011

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