As
crianças ainda pensavam no Papai Noel e muita gente já se preparava para as
posses de governadores e, pela primeira vez, de uma mulher na Presidência do
Brasil.
Em
Brasília houve uma apoteótica troca simbólica de comando. Cenas exóticas foram
vistas por milhões de telespectadores.
O
baixo clero sabia que estava sendo filmado e fez de tudo para uma pequena
participação na película oficial. Pouco importava se a luta para aparecer no
vídeo pudesse vir a gerar constrangimentos futuros.
Nas
rodinhas de papo em Cuiabá, discutia-se qual o abraço mais afetivo da
presidente, sinal de prestígio para o abraçado.
O
governo da presidente começou com um pedido aos seus súditos imediatos:
“Gostaria
de ser chamada de Presidenta.”
Os
ministros responderam em coro: “Será feita a vossa vontade, Presidenta.”
Alguns
acharam que o governo da continuidade já nascia velho, preço pago para ser
“Presidenta.”
Como dona da Casa Civil por longos anos, sabia o que lhe esperava.
Como dona da Casa Civil por longos anos, sabia o que lhe esperava.
Imitou
um antigo ministro que, ao assinar um ato do qual discordava, tapou as narinas
e cunhou a frase histórica: “Às favas para os meus escrúpulos.”
A revista VEJA publica escândalos do seu governo.
A revista VEJA publica escândalos do seu governo.
Surgiu
então a Operação Faxina. O Ministério dos Transportes foi o primeiro
contemplado. Não sobrou ninguém. Exceção feita ao auxiliar do titular que,
durante a sua campanha, ficou como ministro substituto.
Coincidência...,
esse ministério é o maior captador de recursos de empreiteiros para a campanha
eleitoral. Os escândalos envolvendo gente do primeiro escalão do governo
continuavam, e a presidente mudou de estratégia. Parou com a faxina ética.
Solicitou
dos ministros infratores do código de ética, que pedissem demissão.
Começou
a liberar recursos das emendas parlamentares - o oxigênio dos deputados e
senadores.
A
grande emoção do brasileiro no final da semana não é mais os jogos do
Campeonato Brasileiro de Futebol, e sim, a capa das principais revistas do
país.
Por
aqui, nada de novo ou esperança. Tudo acertado no período eleitoral - com
relação ao loteamento do poder por partidos que compõem a base de sustentação
do governo. Pelas beiradas, os indicados pelo ex-governador estão sendo
substituídos e alguns até rebaixados, após apressadas e inconstitucionais
promoções.
Voltou-se
a falar em divisão do Estado, agora dupla.
“Quanto
ao mais, tudo na mais perfeita ordem e na mais santa paz”, como diria o
jornalista Marcos Antonio Moreira.
A
economia brasileira apresenta sinais de fadiga. O governo jura que não há
inflação.
As
greves por melhores salários não acontecem por acaso, assim como o aumento
astronômico dos proventos daqueles que nós pagamos.
O
Brasil continua com a birra de não investir em educação, saúde e segurança e
alardear que somos país emergente.
A
cultura no Brasil não é um bem de consumo, mas privilégio de poucos.
No
nosso Estado são ridículas as verbas destinadas à cultura, considerada essa
secretaria como de consolo para abrigar esquemas políticos.
Há
também coisas boas.
Cito
como exemplo a moderna revista c.a.t - símbolo de empreendedorismo.
As
dificuldades para se editar uma revista de qualidade, são incontáveis.
Parabéns
Fernando Baracat pela sua ousadia e coragem!
Parabéns por tudo o que você tem feito para divulgar nossa cidade e Estado!
Parabéns por tudo o que você tem feito para divulgar nossa cidade e Estado!
Felicidades,
e até o ano que vem!
Gabriel
Novis Neves
23-12-2011
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