quarta-feira, 31 de outubro de 2012

GARIMPÃO


Cuiabá voltou à sua origem de garimpo. Um imenso garimpo explorado pelos modernos bandeirantes do século XXI, agora sem ouro e pedras preciosas.
As nossas riquezas minerais foram levadas para a Coroa de Brasília pelas nossas autoridades.
O problema do apagão da energia elétrica, que há pouco o governo afirmava ter resolvido, está na ordem do dia.
Não é possível mais acreditar em acidentes com pequenos pássaros nas linhas de transmissão ou simples coincidências de mudança de lua.
Cuiabá será sede de uma Copa do Mundo. Com a regularidade dos apagões, não seria impossível a conquista da medalha de ouro da vergonha nacional.
A nossa sala de troféus negativos aumentou consideravelmente nos últimos dez anos.
Tenho certeza que os espertalhões infalíveis do poder já possuem até uma lista de futuros sabotadores da nossa honra.
Seria o pequeno beija-flor o responsável pelo choque na torre de transmissão da energia motivando o apagão?
Santo de casa não faz milagres, já escutava quando criança.
Desde que a vaidade extrapolou os limites da normalidade em nossos governantes, cuiabanos de nascimento e por adoção, sempre externaram as suas preocupações com a extravagância dos gastos para preparar uma cidade para a Copa do Mundo.
Bilhões de reais foram emprestados de instituições financeiras nacionais e internacionais, para o que ficou sendo chamado de “o assalto da Copa”.
Obras não prioritárias estão sendo executadas e, a mais emblemática de todas é a Arena Pantanal – pela sua inutilidade após dois ou três jogos do campeonato mundial.
O responsável por esse desperdício de dinheiro público em um Estado carente de mínimos investimentos sociais deveria ser julgado pelo Ministro Joaquim Barbosa do Supremo Tribunal Federal (STF).
Irresponsabilidade no manuseio do dinheiro público é crime.
Nós, daqui, não fomos ouvidos, tampouco levados a sério.
Ninguém melhor que um tetra campeão mundial de futebol, para opinar sobre o futuro do campo de futebol de Cuiabá.
Elefante branco, é como passará à história a nossa futura Arena, assim profetizou o artilheiro de mais de mil gols, Romário.
A FIFA sabe disso, a base aliada do governo também, assim como os sindicatos e movimentos sociais. Só o nosso governo estadual não sabe.
Acha que poderá ser muito bem aproveitado nas festas juninas e casamentos comunitários.
Cerca de um bilhão de reais serão investidos na suspeita obra da construção do elefante branco, em uma cidade carente de equipamentos sociais básicos.
Não temos nenhum hospital público. O ensino deixa muito a desejar pela sua qualidade. Segurança pública é privilégio de poucos. Ausência de saneamento ambiental e, principalmente, justiça social.
Outros bilhões de reais estão sendo providenciados junto aos bancos - para a construção de algo em torno de vinte quilômetros do famoso trenzinho - de comissões altíssimas - o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT).
A nossa Assembleia Legislativa aprovou uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), só para esclarecer a informação de um ex-funcionário do gabinete do governador sobre os oitenta milhões de reais supostamente pagos a terceiros.
Vivemos a angústia de saber que nunca encontraremos a utopia, perdida no nosso horizonte.
O governo não nos deixa sonhar. Logo, jamais dormiremos.
O nosso dia-a-dia é um pesadelo que não merecemos.
Enquanto isso, vivemos sem futuro no enorme garimpão em que foi transformada a nossa querida e judiada Cuiabá, com quase trezentos anos de histórias e exemplos.

Gabriel Novis Neves
25-10-2012

terça-feira, 30 de outubro de 2012

O trem para Cuiabá


Nos últimos dias que antecederam as eleições para prefeito em Cuiabá, em segundo turno, uma série de coisas e pessoas exóticas surgiu por aqui.
Uma enxurrada de ameaças é feita à nossa gente. Tranquilamente, os de tchapa e cruz aguardaram o momento do troco.
Até a obscura ministra do Planejamento, imaginando que não seria identificada por esse povo, se arriscou a uma fuga do seu gabinete em Brasília para dizer tolices.
Defendeu a primária tese do alinhamento político que não é apoiada nem por ‘Deus’.
Mentiu quando, menosprezando a nossa inteligência, disse que o ex-prefeito de Cuiabá (não alinhado) queimou trezentos milhões de reais de um programa virtual chamado PAC I e PAC II.
Finalmente o mais grave: diante do silêncio dos alinhados, disse que o trem do Vuolo não virá tão cedo para Cuiabá.
Teremos que nos contentar com o trem para Cuiabá do enredo da Sapucaí. Aquele cujos recursos estão sendo bancados com o excesso de arrecadação.
Já que o desmoralizado governo federal, que há mais de trinta anos promete a chegada do trem de ferro para a nossa capital e, sempre após as promessas eleitorais, nem discutem mais o assunto, a Escola de Samba da Estação Primeira de Mangueira, resolveu trazer o sonho de gerações de cuiabanos para esta capital.
Toda a velha guarda da Mangueira – Cartola, Nelson do Cavaquinho, Nelson Sargento, Jamelão, dona Zica entre outros, participarão da viagem inaugural.
Será uma beleza visual, onde tudo terminará na terça-feira de carnaval.
Com relação ao que tanto almejamos é bom tirarmos o cavalinho da chuva.
A ministra tão nossa conhecida, e temida pelos cortes em nosso orçamento e necessidades, prometeu (ninguém acreditou) pensar seriamente em agilizar, com a ajuda do seu irmão ministro e braço direito da presidente, a “assinatura de um contrato para estudos de viabilidade econômica do projeto da estrada de ferro para Cuiabá”.
Deixou também bem claro que esse contrato só será acionado quando houver folga no orçamento, pois esse projeto não é prioritário.
Os estudos serão realizados pela Universidade Federal de Santa Catarina, numa demonstração explícita que o governo federal não confia na excelência da nossa quarentona UFMT.
A prioridade seria eleger o candidato do seu partido à prefeitura, para o “povo absolver os condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF)”.
Por enquanto, o único trem que virá a Cuiabá será aquele que partirá durante a folia de Momo da Estação Primeira de Mangueira.
O de ferro iria depender da vitória do candidato do alinhamento. Diante da estrondosa derrota, estamos conversados.
Quê situação! Viver em um país tão atrasado como o nosso e ser governado por gente tão amplamente despreparada.

Gabriel Novis Neves
29-10-2012

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

MANIAS


Na época anterior à bossa nova, o samba canção ‘Manias’, cujo crédito foi dado a Flávio Cavalcanti e gravado pelos maiores cantores brasileiros, fez muito sucesso.
Música da mais pura fossa, propícia para ser ouvida de madruga em pequenos espaços.
Vivi com intensidade esse tempo das inúmeras manias que tinha.
Pois bem. Não sei a razão porque certos políticos, sem a menor formação cristã, em seus pronunciamentos e aconselhamentos pagos pela rubrica ‘Informe Publicitário’, têm a mania de usar o nome de Deus em vão, o que é pecado.
E o pior é que, para finalizar a leitura do texto que lhe é preparado, ele abençoa os infelizes ouvintes em nome de Deus.
Tenha a santa paciência!
O pagador de impostos corre o risco de ouvir rádio pela manhã e ser abençoado por pecador oficial. Pecar logo pela manhã faz mal à saúde.
Como os interesses comerciais no faturamento dessas falas são imensos, o governo tem que deixar a mania de falar que não cumpre com as suas obrigações constitucionais por falta de recursos.
Eles existem e estão sendo mal utilizados.
Essa mania do gestor executivo de “encher o saco” dos ouvintes é recente. Foi produto do alinhamento da merenda para a mídia, ou a tradicional taxa de zelo.
Em um Estado tão necessitado de investimentos sociais, gastamos verdadeiras fortunas com publicidade oficial para convencer o contribuinte que aquilo que não existe, existe.
A credibilidade das informações diárias está abaixo da linha da terra da ética e respeito com a humanidade.
A idolatria da mediocridade virou uma mania nacional.
Pelo menos nos livre da falsidade da bênção. Nossa gente não merece mais esta mania.

Gabriel Novis Neves
27-10-2012

Oportunistas


Estão inseridos em todos os cantos da nossa sociedade. Uma verdadeira praga nacional. Não trabalham. São audaciosos, prepotentes e inconsequentes.
Adoram gravitar em torno dos que detém cargos públicos. É a sua sopa de mel. Fazem tudo por dinheiro. Mentem, atingem a honra alheia, comandam operações ilegais, para agradar aos seus chefes.
Não têm família, valores, ideologia e a política da malandragem é o seu alimento.
O sonho de consumo dos oportunistas políticos é um empreguinho. Dentro da máquina, eles se viram e quando indagados sobre a origem do seu milionário patrimônio, tem a resposta na ponta da língua.
“Só devo explicações à Receita Federal!”
Esse tipo de gente não sabe que o Brasil passa por um processo de transformação ética, promovido pelo Supremo Tribunal Federal.
Todos os condenados pela Suprema Corte do País (Mensalão), nunca tiveram problemas com a Receita Federal.
Esses oportunistas políticos participam de todas as eleições, época em que se abastecem para viver confortavelmente até as próximas.
São verdadeiros atletas do pula-pula partidário.
E o povo silenciosamente na sua maioria, a tudo observa.
Eles acham que promessas enchem a barriga do eleitor, faminto de benefícios para a sua cidade e de melhoria de condições de vida.
Truques, fotomontagens, depoimentos falsos e na maioria comprados são produzidos por profissionais especializados em efeitos especiais para a TV.
Comida é direito humano, e não favor de cobradores oficiais.
O Brasil liquidou com a sua classe média, e deu ‘Bolsas’ a alguns cobrando por isso.
A situação social do nosso povo é tão dramática, que o governo atual convocou o veteraníssimo ministro dos governos revolucionários, Delfim Neto, para evitar a iminente tragédia.
Para o nosso bem, chegamos a mais um final de campanha política onde a marca meteorológica do período foi a chuva de dinheiro na nossa velha capital.
Avião aprendido, e investigação (!) sendo feita.
Quem comandou a operação chuva de dinheiro?
Até as pedras cangas de Cuiabá sabem, e se emudecem.
É o medo instalado pelo poder.
Os oportunistas estão soltos, cumprindo ordens.
Será que esse último escândalo, ou melhor, crime eleitoral não será punido?
Tudo pelo poder foi a tônica desse período que tem que ser esquecido com a abertura das urnas.
Os oportunistas continuarão o seu ‘trabalho’ de solapar o erário público.

Gabriel Novis Neves
27-10-2012

A DESPEDIDA DA SENADORA


A verdade sempre vence a mentira. Embora tardiamente, a população de Cuiabá ficou sabendo como dois dos réus do mensalão, com a ajuda de alguns companheiros locais, manobravam no sentido de impedir o nosso desenvolvimento.
O mais grave de tudo é que um dos serviçais dos condenados pelo Supremo Tribunal Federal, segundo a senadora, é o candidato dos mensaleiros a prefeito de Cuiabá.
Esse grupo exterminado pela justiça e opinião pública usou e abusou do seu autoritarismo quando no poder.
Esses nacionalmente conhecidos réus fincaram tentáculos profundos em nossa cidade, fazendo todo tipo de negociata criminosa. Sempre apoiados por três companheiros de confiança.
A senadora não era farinha desse saco, e sofreu todo tipo de humilhação para deixar o partido que ajudou a construir, coroando o seu esforço com a sua eleição para o Senado da República. Foi a primeira senadora de Mato Grosso, contra a vontade dos réus e seus comparsas, segundo carta histórica de despedida da senadora do Partido dos Trabalhadores.
Esse PT do alinhamento não é o PT da Marina Silva, Heloisa Helena, Serys e outras mulheres notáveis.
O PT não gosta de militantes mulheres independentes. É um partido machista e preconceituoso.
Fiquei surpreso com a decisão correta, embora tardia, da senadora. Compreendo o que essa despedida representa para alguém que tem um profundo sentimento de ética.
Serys nunca exerceu o poder político apenas pelo poder, mas para, verdadeiramente, lutar pela utopia de melhorar a qualidade de vida das pessoas.
Não falarei sobre os conhecidíssimos réus do mensalão, que nunca a colocaram como jogadora do seu time, pois a Rede Globo de Televisão já realizou o serviço.
Resta ao povo cuiabano refletir sobre a Carta da Senadora e decidir nas próximas eleições.
A população está ciente e alertada sobre quem é quem, por quem esteve sempre com eles.
O poder é do povo e em seu nome tem de ser exercido.
Serys ressuscitou a abandonada bandeira de defesa dos verdadeiros valores da nossa vida para governar.
Sinto alívio por saber que no nosso país a idolatria por criminosos, especialmente por ladrões do dinheiro público, está chegando ao fim e que ainda existe a possibilidade de ser um político ético.
Parabéns Senadora Serys pelo seu exemplo, que deverá ter seguidores!
Aos eleitores de Cuiabá, cuidado!
Abra o olho com o companheiro.

Gabriel Novis Neves
25-10-2012

O beijo que faltou


O Conselho Regional de Medicina classificou o Hospital Adauto Botelho como “depósito de gente.”
Para os jovens, a notícia pode soar chocante, repugnante e inaceitável. Os antigos, que não perderam a razão, sabem que o mundo funciona como uma roda gigante. O que foi, será outra vez.
Em 1966 a situação desse hospital psiquiátrico era bem pior do que agora. Não tínhamos psiquiatras, nem profissionais de nível superior para compor a complexa equipe de saúde para atender doentes mentais.
O Estado não era dividido e, o que hoje é chamado Hospital Adauto Botelho, atendia e internava pacientes de todos os municípios do então Estado continente.
Não possuíamos, como hoje, universidades, tampouco duas escolas de Medicina em Cuiabá - com um corpo docente multidisciplinar qualificadíssimo para fazer um belo serviço com esses pacientes.
Naquela época, existia o Hospital Colônia de Alienados do Coxipó da Ponte, conhecido pela população como hospital dos loucos ou chácara dos loucos, onde tudo começou em um casarão às margens do rio Coxipó, ainda não poluído.
No local, hoje chamado de HAB, um pedacinho foi construído daquilo que seriam, e nunca foram, as instalações físicas de hospital.
Os pacientes agudos ficavam presos e acorrentados em celas individuais. Havia apenas um sanitário-buraco, uma porta trancada com cadeado, e que só abria de fora para dentro.
O contato com o paciente era realizado por uma pequena abertura quadrada na porta da cela do doente mental, o suficiente para passar um prato de madeira com a comida - sem colher - e os medicamentos.
A higiene desses seres humanos não existia, e eles dormiam sob ação das drogas, misturados com fezes e urina.
A chegada ao depósito de gente era feita por trilhas na terra, pois não havia ruas. No período eleitoral de 1965, essa situação foi motivo de acalorados debates nos comícios, principalmente em Cuiabá.
A situação era tão grave, que um grande jornal de São Paulo se interessou pelo problema e denunciou essa falta de respeito humano ao Brasil.
Mato Grosso tinha fama de Estado matador de índios, agora, de doentes mentais também.
No dia 15/03/1966, assumiu o governo um jovem engenheiro de Miranda (MS). Foi dia de festas protocolares.
No 1º dia de trabalho, o governador eleito pela vontade soberana do povo de Mato Grosso, chama o seu secretário de Saúde, o cuiabano Clóvis Pitaluga de Moura, e diz: “quero ir com você visitar o Hospital dos Alienados.”
No retorno, desesperado com o que viu, e que não lhe contaram, deu um prazo de noventa dias para mudar aquele inferno - que mais parecia um campo de concentração.
Com o apoio do Governador e de seu secretário de Saúde, que assumiram a direção da recuperação dos doentes, não houve necessidade de assessorias, planos estratégicos, auxílio de organizações sociais e outras decorações da enrolação burocrática, para a transformação do depósito de gente em um centro humanizado.
A roda subiu. Durante anos ficou parada no cume do círculo. Começou a descer. Os tempos são outros. O problema é grave, porém, nada impossível de ser resolvido.
Temos a principal ferramenta, que é gente capaz. Recursos financeiros necessários, sempre foi decisão política.
Infelizmente, o tratamento digno dos nossos doentes mentais não é prioridade, pelo menos até 2014. O resto é conversa mole para boi dormir.
O depósito de gente aumentará, não só no hospital Adauto Botelho, mas em todos os investimentos sociais.
Os cuiabanos das esquinas, que bradam que são de tchapa e cruz, foram avisados dessa tragédia do hospital do Coxipó, que mancha a honra dos nossos antepassados.
Tempos modernos não condiz com o silêncio conivente, nem com o retrocesso das nossas poucas conquistas sociais.
Tampouco ceninhas de descontrole emocional pela conquista do poder.
Os doentes mentais em Mato Grosso, precisam de um verdadeiro beijo de solidariedade.

Gabriel Novis Neves

24-10-2012

DEMOCRACIA À BRASILEIRA


Muitos avanços foram conquistados nestes últimos dez anos com relação aos direitos individuais do cidadão brasileiro.
O governo do alinhamento político não poupou recursos financeiros para criar Ministérios, Secretarias, Comissões as mais diversificadas possíveis, ONGs e tantas outras ferramentas democráticas para implantar em definitivo o Estado Democrático e de Direito.
Comovente o empenho do governo em assegurar os direitos constitucionais aos brasileiros.
Os direitos de ir e vir e o da liberdade de expressão estariam sendo respeitados pelos dirigentes maiores desta nação?
A maioria dos governos estaduais alinhados nesse princípio de garantia aos seus cidadãos repassou os feitos do governo federal à sua população.
Aqui em Mato Grosso, o governo alinhado e identificado com a turma de Brasília, instituiu, por seu livre arbítrio, a escuta clandestina de telefones.
As maletas com os seus sofisticados equipamentos eletrônicos de última geração só podem ser utilizadas com permissão judicial.
Para bisbilhotar a vida de adversários políticos é crime, com direito a algemas e cadeia pública para bandidos de alta periculosidade.
O governo do Estado tem esse equipamento comprado no Paraguai por um exibicionista auxiliar do governo, portador de delírio de grandeza e perseguição.
Atualmente são frequentes as suas alucinações auditivas e visuais.
Sente-se desvalorizado pelos inúmeros serviços não confessáveis prestados aos ocupantes do governo anterior e atual.
Quando tomo conhecimento desse tipo de violação aos direitos dos cidadãos, sinto a revolta dos utópicos.
Mais indignado fico, quando essa ação criminosa atinge os inocentes, sem envolvimentos com as bandalheiras oficiais.
Pois bem, tenho uma parente, cujo pecado é ser solidária com aqueles que sofrem. Ela é ministra da Eucaristia da Igreja Católica Apostólica Romana, e está sendo vítima do araponga do governo, cuja trajetória de vida é do conhecimento público.
São conhecidos e reconhecidos os autores dessa violência contra cidadãos éticos e trabalhadores, sem folha corrida na polícia e processos na Justiça.
Os órgãos competentes (!) sabem da ação criminosa desse estrategista em milagres inventados pela corrupção.
Esta é uma investigação que acompanharei com todas as minhas forças, para evitar que desequilibrados psicológicos causem maiores vítimas na nossa sociedade.
O currículo desse novo-rico é digno de um afastamento preventivo do convívio social.
Esse araponga deve muitas satisfações à polícia, para explicar o inexplicável.
Enfim, o meu Estado foi transformado em um imenso garimpo onde a lei é o velho 38.
Como não podem fazer nada a este articulista de textículos de opinião, as baterias da maldade e calúnia foram direcionadas à minha família.
É assim que se faz política? Ainda há pouco tivemos um caso envolvendo assinaturas de apoio a políticas sociais do governo federal com relação à vida humana.
Houve uma consternação geral para explicar que o documento assinado pelo candidato não tinha o menor valor.
E no caso da minha parente? Um idoso está impossibilitado de pedir socorro médico a sua família, a não ser que passe pela censura prévia ideológica.
Ninguém é solidário com os idosos?
“As democracias entendem que uma das suas principais funções é proteger direitos humanos fundamentais como a liberdade de expressão e de religião; o direito de proteção legal igual; e a oportunidade de organizar e participar plenamente na vida política, econômica e cultural da sociedade.”
Bem, isso não se emprega em situações de cangaço que tentam implantar no meu Estado.
Vou lutar com todas as minhas forças para proteger as famílias cuiabanas e mato-grossenses dessa violência que tem responsável.
Não é esse o chavão usado pelos ‘intransigentes’ defensores dos Direitos Humanos?
Assim funciona a democracia à brasileira.

Gabriel Novis Neves
20-10-2012

Choveu visitas em Cuiabá


Já choveu dinheiro, calúnias, pesquisas eleitorais para todos os gostos e, para fechar o mês, uma torrencial chuva de visitas que nem sabem que Cuiabá é a capital ‘de’, e não, ‘do’ Mato Grosso.
Alguns representantes de interesses que não são os nossos, já apareceram por mais de uma vez para aquela conversinha ao pé do ouvido.
A tese defendida por esses invasores autoritários do nosso espaço democrático é ranço da ditadura militar: alinhamento do governo federal, estadual e municipal.
Diante da reclamação de um pedaço da base aliada, já que neste Estado todos são aliados com o governo federal, o último visitante, antes de ir para o jantar de captação de dinheiro para a campanha do candidato da estrela, telefonou pedindo permissão ao senador mais votado nas últimas eleições e grande financiador da campanha da presidente Dilma - com direito a uma hiper colaboração em dinheiro para cobrir os famosos restos a pagar de campanha.
Pois bem, este ilustre visitante demonstrou uma forte revolta contra o tipo de campanha que está sendo desenvolvida por aqui. E, numa atitude infantilizada, prometeu à militância que, assim que retornar à Brasília, relatará tudo à presidente para que sejam tomadas as providências necessárias.
Outro dia desembarcou em Cuiabá outra visita ilustre. O porta-voz da presidente - considerado o grande vitorioso dessas eleições municipais. Emplacou no primeiro turno os seus candidatos à prefeitura de Belo Horizonte e Recife, derrotando os ministros da presidente e do ex.
O presidente do PSB, e governador reeleito de Pernambuco, que apoia o governo federal, simplesmente repudiou a tese do alinhamento, pois o acha ditatorial e antidemocrático.
A lista de visitantes exóticos foi enorme. Até a Ministra do Planejamento, que nestes dois anos tem funcionado como uma verdadeira açougueira cortando todos os benefícios a que nosso Estado tem direito, apareceu com esta pérola para impressionar os esquecidos e desinformados:
“O prefeito anterior queimou trezentos milhões de reais que viriam pelo Sedex para obras essenciais para Cuiabá”.
Não entrarei em detalhes, pois a senhora ministra entende mais de queimar, tocar fogo e destruir, do que eu.
O famoso aviãozinho não tripulável – que estava abandonado em um hangar no interior do Paraná, segundo denúncia da imprensa – sofreu umas pequenas reformas e foi exibido no puxadinho do Aeroporto de Várzea Grande. Fez um voo a Cáceres com enorme comitiva chefiada pelo próprio vice-presidente do Brasil e um monte de ministros, funcionários, seguranças e soldados para o espetáculo do horário político eleitoral gratuito.
Com as despesas dessa empreitada eleitoreira, o governo alinhado do Estado poderia pagar as despesas do MTSaúde com os fornecedores, e ainda acertar os repasses de dinheiro para os hospitais
Fato mais curioso ficou por conta do ministro-campineiro da saúde. Ele confessou que o seu ministério possui recursos. Que a situação da saúde pública de Cuiabá é desumana, com morte de inocentes. Mas, os recursos para salvar vidas, só após as eleições.
Até o bispo ministro da pesca não sai da telinha da televisão - propondo um negócio (alinhamento político) que não é o seu forte - que é vender milagres.
Será que a nossa gente ainda se ilude com esses shows de coreografia eleitoral?
Se bem conheço o Lúdio, ele preferirá perder as eleições a vender sua alma ao diabo.
Ele sabe que se assumir a prefeitura com esses apoiadores, correrá o risco de terminar a sua carreira política sendo julgado pelo independente Supremo Tribunal Federal (STF).
Lúdio poderá ganhar as eleições, mas não levará o poder, que será administrado por um montão de ‘voluntários’ apoiadores.
Após a chuva de dinheiro e de visitas, só resta a mais importante de todas, que é a do voto.

Gabriel Novis Neves
19-10-2012

PAÍS DAS COTAS


Há anos foi realizada uma pesquisa científica pela Universidade de Brasília (UNB) e amplamente divulgada pelos meios de comunicação.
Portanto, o que escrevo não é nenhuma novidade ou criação minha.
Constatou-se pela pesquisa que mais de noventa por cento da população brasileira é constituída, geneticamente, por negros.
A raça de um povo é determinada pela sua genética, e não, pela quantidade de melanina na sua pele.
Há pouco tempo o Jornal Nacional da Rede Globo, mostrou o caso de gêmeos aparentemente brancos e que, na famosa UNB, um entrou como negro e o outro não.
Agora, com o julgamento dos agentes do governo pelo Supremo Tribunal Federal (STF), e a condenação dos membros da cúpula do partido da Presidente, ela promete jogar uma espessa nuvem de fumaça preta para esconder o maior escândalo da história do Brasil envolvendo agentes públicos e recursos da nação.
Irá anunciar, após as eleições municipais, a criação de cotas para negros também na administração pública.
É uma decisão suicida de quem não quer perder o poder.
Na educação superior, um branco pobre, que sempre frequentou a péssima rede pública de ensino básico, perderá a sua vaga para um colega de pele negra.
As cotas entrarão também no serviço público federal para preencher os cargos comissionados, cujo titular tem direito a automóvel com cartão corporativo e o salário é bem superior ao batalhão de não comissionados, que também serão chamados.
O governo do mensalão, agora das cotas, pretende criar incentivos fiscais para a iniciativa privada que aproveitar negros.
A loira da Cultura já disse que só financiará projetos de negros na sua pasta.
Assim ela poderá relaxar e gozar à vontade.
Na educação o governo estuda ainda a possibilidade de oferecer aos cotistas um belo auxílio financeiro.
Não adivinho, mas tenho quase certeza que a presidente Dilma chamará para implantar esse belíssimo projeto social de cotas raciais, um PhD que sempre declarou possuir um pé na cozinha, numa clara alusão a sua condição de negro.
Refiro-me ao FHC, xodó da presidente e negro genético.
Enquanto isso no Uruguai, o velho Tupamaro dá uma aula ao mundo de como governar uma nação.

Gabriel Novis Neves
17-10-2012

Dilma vai saber!


O ministro braço direito da Presidente, como é apresentado por aqui o ministro chefe da Secretaria Geral da Presidência, mais uma vez veio à capital de Mato Grosso pedir votos e arrecadar recursos em jantar político para o seu candidato a prefeito.
Avisou à ‘enlouquecida’ plateia que ouvia o seu discurso, sobre a importância da tese do alinhamento político para uma boa administração e que os nossos históricos problemas serão resolvidos por telepatia.
Prefeito alinhado pensou em recursos e eles, automaticamente, serão depositados na conta do município.
Essa tese só terá validade para os novos prefeitos eleitos dentro dessa nova mania de governar. Para o governo do Estado ela não vale, exceção feita aos do nordeste.
Mato Grosso provou que tem excesso de arrecadação e que ficará administrando as suas riquezas sem incomodar o governo federal.
Prometeu ainda o ministro braço direito da Presidente, que irá comunicar ao Planalto sobre o comportamento dos aliados da base de sustentação em âmbito federal.
Irá dedar a Presidente dois senadores da base, que votam matéria do interesse do Palácio do Planalto, mas que não estão obedecendo por aqui.
O do PDT cometeu a traição de pedir ao governador alinhado, principal apoiador do candidato do PT em Cuiabá, que fizesse os repasses de recursos para a nossa comatosa saúde pública.
O Estado tem tanto dinheiro, que repassou milhões de reais para custeio à Assembleia Legislativa, alegando excesso de arrecadação.
Nada de anormal, mas injustificável deixar a saúde à míngua dizendo que não há recurso orçamentário.
A verdade é que o prefeito de Cuiabá não está alinhado, e quem paga o pato são os pacientes do Estado e, principalmente, Cuiabá.
O meu bom Lúdio, que já deu demonstração que não é alinhado, muito menos tutelado, mas recebeu ordens superiores para se calar, mesmo sendo médico, com receio de contrariar o seu cabo eleitoral número um.
Quê situação, hem Lúdio?
Você que sempre lutou pela saúde pública e pelos pobres, em disputa pelo poder, simplesmente se esconde desse verdadeiro drama social que assola esta cidade.
Faça como em 2003, quando ainda não vereador, angariou respeito dos trabalhadores da saúde desalinhando do seu partido.
Voltando ao braço direito da Presidente. No seu discurso reconheceu a existência do mensalão: “Foi apenas uma falha comum, restrita, que não representa o conjunto do PT”.
Bela definição, mas, segundo o Ministro do Supremo Tribunal Federal, relator do processo, o Mensalão “foi o maior assalto aos cofres públicos patrocinado por agentes públicos.”
A Presidente entende muito de matemática e nada de teologia. Perder o apoio de dois senadores da base (PR e PDT) jamais irá aceitar. Ainda mais comprar uma briga com o presidente do PSB, que em Recife deixou o candidato do alinhamento em terceiro lugar, sendo o seu candidato vencedor no primeiro turno.
Essa bravata do braço direito da Presidência é um daqueles compromissos esquecido no puxadinho do Aeroporto de Várzea-Grande.
Outros ministros do alinhamento político nos visitarão até as eleições e, mesmo sabendo da situação da nossa saúde pública, nenhuma providência será tomada.
E o nosso bom Lúdio continuará caladinho.
Eleição faz bem à democracia e, principalmente, ao humor.

Gabriel Novis Neves
17-10-2012

domingo, 21 de outubro de 2012

PÂNICO

Nunca vi a contratação de um marqueteiro gerar tanta comoção nos meios políticos como a do Antero.
Após assinar a ficha da sua desfiliação dos tucanos, ele foi para SINOP - a principal cidade do Nortão do Estado - trabalhar na reeleição do atual prefeito, que é do PMDB.
Ganhou com uma diferença superior a sessenta por cento dos votos válidos, não tomando conhecimento do candidato apoiado pelo presidente do seu ex-partido.
Aqui em Cuiabá, os tucanos contrataram para fazer o marketing da campanha do seu candidato, o veterano cozinheiro dos últimos dois ex-governadores.
O seu desempenho pífio não alcançou quinze mil votos, ficando na quarta colocação, atrás do Procurador Mauro, que colocou o seu nome para marcar presença política e saiu-se muito bem.
Pelo menos esse marqueteiro-cozinheiro não ficará desempregado, pois ocupará função importante na maior empresa de alimentos do Centro-Oeste. Nas folgas continuará servindo quitutes ao senador no Manso.
O Lúdio trouxe uma equipe de marketing do Rio de Janeiro, ninguém disse nada.  O problema é do partido dele, e estamos conversados.
Não entendo a razão de tanta implicância com o competente marqueteiro contratado pelo Mauro.
Até parece que ele é que será o candidato à prefeitura pelos socialistas no segundo turno.
O impacto dessa contratação foi tão forte na campanha do adversário do Mauro, que várias mudanças na estrutura do segundo turno foram modificadas. A maior de todas foi exorcizar o 'voluntário' do partido do Tiririca, que assumiu o comando da campanha e deu como garantia a vitória estrondosa no primeiro turno.
Depois alteraram a tal da coordenação política, que ficou com outro 'voluntário' do time do senador da soja.
Acho que está havendo uma tremenda falta de respeito com um profissional, com larga experiência no setor, como vários existentes por aqui, com relação ao seu livre exercício profissional.
O Antero não pode trabalhar naquilo que sabe, por que foi colega de “Deus” na Assembleia Nacional que elaborou a Constituição Cidadã do Doutor Ulisses Guimarães?
Na ocasião, o preguiçoso deputado de São Paulo pronunciou a famosa frase que habita as principais enciclopédias mundiais. Disse ele que existia no Congresso Nacional, mais de trezentos picaretas. Muitos desses fizeram parte da base de sustentação do governo de "Deus," e alguns deles estão sendo condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Enquanto isso, muitos 'voluntários' do partido do Waldemar, há muito não trabalham e é um mistério como mantêm um padrão tão alto de vida.
Dizem que o Antero desconstrói os seus adversários políticos com injúrias e calúnias.
Santa ingenuidade! Nessa guerra de marqueting não há santinhos.
O fracassado marqueteiro-cozinheiro, e outras coisas mais, não lançou na mídia uma notinha sobre o futuro secretário de Ação Social do Mauro, caso ganhe a eleição para a prefeitura de Cuiabá?

Achei apenas uma notinha humorada e maldosa. A maioria interpreta analiticamente esse desejo, como traição ao consciente do autor da pérola. Maldade não, apenas conflitos existenciais.

Pelos amigos chegou o seu desejo. Quer ser adjunto da Secretaria de Ação Social Municipal, e criar uma aproximação com o empresário para receber um convite para cozinhar em  Angra.
Marqueteiros e candidatos - aproveitem esse pouquinho de tempo de campanha para o segundo turno das eleições, e façam um pacto de trabalho em benefício desta minha cidade.
Sem maldades, mentiras e distorções da verdade.
A verdade, é que o pânico tomou conta da campanha do adversário do Mauro.
O resto fica a cargo da Justiça e da Polícia.

Gabriel Novis Neves
19-10-2012