O
descrédito dos nossos políticos é o resultado de uma série de variáveis tais
como: falta de educação, ambição desenfreada para a conquista do poder
econômico e principalmente, falta de credibilidade.
Acho
difícil ainda neste século uma alteração deste conceito com relação aos nossos
representantes nos poderes legislativo e executivo.
Político
virou sinônimo de coisa feia, no dizer dos antigos. E não é por falta de
méritos que temos várias categorias deles – mensaleiros, sanguessugas,
tratoristas, Land Rovers, não sei quantos por cento, e por aí vai.
Li
uma notícia que diz que o nosso esclarecido Governador, na falta do que fazer,
resolveu arrumar um passeio, acompanhado por aquela gente, até um programa 100%
de incentivos fiscais do Grupo Votorantin.
Aplausos
para o governador Bezerra que implantou esse programa em Mato Grosso.
Nosso
parque industrial ainda é rudimentar para o desenvolvimento do nosso Estado.
Precisamos de mais indústrias que, aprovadas pelo rigoroso teste da Lei de
Incentivo Fiscal, contribuirão, e muito, para tirar Mato Grosso deste buraco.
A
mesma tropa que aplaude a instalação da Votorantin no distrito do Aguaçu é a
mesma que massacra o candidato a Prefeito de Cuiabá que, com a sua diminuta
indústria - comparada aos poderosos de São Paulo - também participa do programa
de incentivos fiscais, que é legal.
Este
conflito mental dos nossos políticos, desencadeados por interesses
inconfessáveis, é o grande responsável pelo atraso da nossa Cuiabá.
Por
pura mesquinharia uma indústria de lentes oftalmológicas de Cuiabá foi expulsa
para Goiás.
O
interessante é que há quatro anos o dono da indústria, ora tão combatido pelos
antigos éticos do PT, era apoiado com entusiasmo pelos devotos do partido da
estrela.
Naquela
ocasião, o empresário candidato do PT a prefeitura de Cuiabá, representava o
que havia de mais moderno na linha dos empreendedores.
Agora,
ele é o diabo feito gente para a turma dos mensaleiros, e a Votorantin
representa o bem para a nossa cidade.
Será
que o dinheiro que circula em São Paulo é diferente do nosso?
Só
pode ser.
Gabriel Novis Neves
04/10/2012
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