segunda-feira, 15 de outubro de 2012

VOTORANTIN PODE


O descrédito dos nossos políticos é o resultado de uma série de variáveis tais como: falta de educação, ambição desenfreada para a conquista do poder econômico e principalmente, falta de credibilidade.
Acho difícil ainda neste século uma alteração deste conceito com relação aos nossos representantes nos poderes legislativo e executivo.
Político virou sinônimo de coisa feia, no dizer dos antigos. E não é por falta de méritos que temos várias categorias deles – mensaleiros, sanguessugas, tratoristas, Land Rovers, não sei quantos por cento, e por aí vai.
Li uma notícia que diz que o nosso esclarecido Governador, na falta do que fazer, resolveu arrumar um passeio, acompanhado por aquela gente, até um programa 100% de incentivos fiscais do Grupo Votorantin.
Aplausos para o governador Bezerra que implantou esse programa em Mato Grosso.
Nosso parque industrial ainda é rudimentar para o desenvolvimento do nosso Estado. Precisamos de mais indústrias que, aprovadas pelo rigoroso teste da Lei de Incentivo Fiscal, contribuirão, e muito, para tirar Mato Grosso deste buraco.
A mesma tropa que aplaude a instalação da Votorantin no distrito do Aguaçu é a mesma que massacra o candidato a Prefeito de Cuiabá que, com a sua diminuta indústria - comparada aos poderosos de São Paulo - também participa do programa de incentivos fiscais, que é legal.
Este conflito mental dos nossos políticos, desencadeados por interesses inconfessáveis, é o grande responsável pelo atraso da nossa Cuiabá.
Por pura mesquinharia uma indústria de lentes oftalmológicas de Cuiabá foi expulsa para Goiás.
O interessante é que há quatro anos o dono da indústria, ora tão combatido pelos antigos éticos do PT, era apoiado com entusiasmo pelos devotos do partido da estrela.
Naquela ocasião, o empresário candidato do PT a prefeitura de Cuiabá, representava o que havia de mais moderno na linha dos empreendedores.
Agora, ele é o diabo feito gente para a turma dos mensaleiros, e a Votorantin representa o bem para a nossa cidade.
Será que o dinheiro que circula em São Paulo é diferente do nosso?
Só pode ser.

Gabriel Novis Neves
04/10/2012

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