quinta-feira, 29 de março de 2012

Parem com isso


O governo acha que o brasileiro que trabalha quase cinco meses por ano para sustentar a máquina do governo é ignorante.
Bem que há um esforço público para manter a nossa gente distante da educação acadêmica, estratégia até agora alcançada, menos nas estatísticas oficiais, que sei como são feitas.
O saber independe da educação, mas sim, da cultura de um povo. O analfabeto, por falta de oportunidades, detém saberes. Muitos, com formação acadêmica completa, estão no grupo, cada vez maior, de analfabetos funcionais, patente genuinamente brasileira.
Leia esta notícia do jornal A Gazeta.
“A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) anunciou a contratação, em caráter emergencial, de quinze clínico-gerais e dezesseis pediatras para atuar no serviço de Pronto-Atendimento das seis unidades da capital que estavam sem profissionais.”
Faz tempo que as “pedras da cidade” reclamam da falta de médicos nos postos de atendimento da prefeitura - neuros cirurgiões, ortopedistas, cirurgiões, intensivistas, entre outros - além do indispensável apoio dos diferentes profissionais de nível superior que compõem a equipe multidisciplinar de saúde.
Surpreendentemente, uma chuva de publicidade invadiu nossas casas com mensagens políticas visando às próximas eleições para a prefeitura da ex-Cidade Verde.
Gostei de ver a criatividade da propaganda que diz que, enquanto o governo do Estado, todos os dias, anuncia uma obra que nunca sai do papel, a prefeitura realiza obras em toda a cidade, transformada em um imenso garimpo e, só depois de concluídas, são anunciadas com o carimbo de prontas.
Isso sempre acontece com técnico de futebol. Ele anuncia como vai jogar para vencer e esquece-se de combinar com o adversário.
Para que anunciar que vai contratar médicos quando a urgência manda colocá-los em seus postos de trabalho, para só depois comunicar a população?
Milhares de reais jogados no lixo, pois o que se fala como verdade na peça publicitária não acontece de fato.
Quem deve ter ficado alegre com essa mentira da prefeitura, foi o Excelentíssimo Governador.
Algumas obras anunciadas ficaram em protocolos assinados e fotos.
Hospital da Criança, conclusão do Hospital Central, aumento do número de leitos para Cuiabá, programa fila zero para atendimento clínico-laboratorial e cirúrgico.
Equacionamento do fornecimento dos medicamentos da Farmácia Popular (foi fechada uma perto da Cemat). Resolvido em definitivo o grande problema dos medicamentos para os pacientes transplantados e aqueles pacientes necessitados de outros remédios da farmácia de alto-custo.
Convênio com a rede privada e pagamento sem calote. O atendimento é prestado e o calote continua, com atrasos que contribuem, e muito, para um maior fechamento dos hospitais privados. Cuiabá perdeu nos últimos dez anos, cerca de mil leitos, e a população aumentou.
No caso da nossa prefeitura, ela confessa que há falta de médicos, logo a população pobre está sem assistência médica.
O difícil será encontrar profissionais qualificados para trabalhar em regime de plantão, pois que, por 12 horas noturnas de trabalho por semana, se paga uma ninharia. Existe, claro, a promessa de aumento salarial com a tal da produtividade - que o governo paga quando pode, e não incorpora ao salário para fins de aposentadoria.
O médico, quando não morre no exercício da sua profissão, aposenta-se, e continua fazendo bicos para comprar remédios.
Por favor,  passageiros homens do poder!
Parem de subestimar a inteligência da gente cuiabana!
Cumpram com os seus deveres, que é trabalhar em benefício da população e economizem os recursos da publicidade enganosa. O povo sabe quando o seu dinheiro está bem empregado e quando é engodo.
Imitem as galinhas que, só cantam após botar o ovo.

Gabriel Novis Neves
17-03-2012

quarta-feira, 28 de março de 2012

ORGULHO


Tenho orgulho dos meus ex-alunos. Hoje, em plena maturidade, estão exercendo suas atividades como cidadãos úteis e transformadores da sociedade – função para qual foram arduamente preparados.
A maioria exerce suas atividades em consultórios, na área do ensino e na desmotivadora rede pública de saúde. Poucos se colocam na linha de frente desta verdadeira guerra social - ao dirigir associações de classe, conselhos e sindicatos.
Atualmente, preside o Sindicato dos Médicos de Mato-Grosso, com raro brilhantismo, a doutora Elza Luiz de Queiroz.
Ela está, mais uma vez, provando que tamanho não é documento e que, para ser presidente de sindicato, não precisa usar barba, bigode, beber cachaça, ser homem e não trabalhar na profissão, vivendo de maracutaias.
Elzinha, como é chamada pelos colegas devido ao seu aspecto físico, aparentemente frágil, está demonstrando ser uma leoa na defesa dos interesses da saúde pública, dos médicos e, principalmente, dos milhões de usuários do SUS.
Corajosa, compromissada com as mudanças sociais, defende, com toda a sua força de mulher guerreira, uma saúde pública de qualidade, seriamente ameaçada de desmonte pelo governo.
Em recente entrevista, denunciou o abandono dos serviços de saúde no Estado.
Disse simplesmente a verdade, não revelou nada que “as pedras deste imenso território não soubessem”.
Mas as pedras não falam, e as que falam parecem que se cansaram. Nossa gente teme exercer a sua cidadania em um “Estado Curral”, no dizer de um antigo ministro da Educação.
Vivemos sob ameaça de represálias ao jogo de ideias. Muitos precisam sobreviver e, para isso, vivem as circunstâncias do silêncio.
Aqueles que criticam ou ponderam são inimigos e castigados dentro da lei - que diz no seu artigo do capítulo da subserviência: “Quem sai na chuva vai se molhar”.
A nossa presidente do sindicato afirmou, sobre a presença de maquiadores do poder ao declarar que a deficiência de leitos do SUS, no Estado da Copa, está em torno de dez mil leitos.
O Programa Saúde da Família (PSF) em Cuiabá, sendo otimista, atinge, sem resolutividade, cinquenta por cento da população do SUS.
No interior a situação é bem pior, diz a presidente.
O orçamento para a saúde pública vem da União e deveria ser complementado pelo Estado e Municípios, o que não vem sendo feito por aqui de forma geral.
O trabalho dos médicos também está precário, e o sindicato é contra a privatização da área.
Há uma tremenda distorção do emprego de recursos públicos na saúde.
O Hospital Metropolitano de Várzea Grande é administrado por uma Organização Social de Saúde (OSS). Esse hospital não atende casos de alta complexidade. Apenas média e baixa, e funciona com setenta leitos.
O Pronto Socorro de Várzea Grande atende a população, desde a função básica até a alta complexidade. Além das urgências e emergências, não só do município, mas de todo o Estado, e funciona com duzentos e vinte leitos.
O orçamento do Hospital Metropolitano (70 leitos) é três vezes maior que o Pronto Socorro de Várzea Grande (mais de 220 leitos).
Dá para entender?
Em recente pesquisa feita pelo Ministério da Saúde, e amplamente divulgada pela mídia nacional - e por causa da Copa em Cuiabá -, a nossa situação não é nada confortável, aliás, é humilhante.
O pior é que este problema contaminou a rede de saúde privada e os planos de saúde, como o MT Saúde que, por falta de pagamento aos prestadores de serviços, deixou cerca de cinquenta e cinco mil servidores estaduais e dependentes sem assistência médica, hospitalar, laboratorial e serviços auxiliares.
Finalizando a entrevista a nossa equilibrada e correta presidente afirmou:
“O processo de privatização da saúde pública facilita até a corrupção.”

Gabriel Novis Neves
12-03-2012

terça-feira, 27 de março de 2012

Apertar o cinto


O governo do Estado anunciou que está falido e o remédio da esperança é o tradicional “apertar o cinto”, encontrado em locais clandestinos de manipulação de milagres.
Apertar o cinto no linguajar político é fazer exatamente o que o político não sabe fazer: economizar dinheiro público.
O Estado confessou que no ano passado gastou mais de um bilhão de reais (preço da Arena Pantanal) sem cobertura financeira.
Para corrigir esse erro, que não foi nosso, promete para este ano tomar mais de quarenta medidas severíssimas para cobrir o rombo!
Todo mundo reconhece que o nosso ensino não é lá essa coisa e que o aprendizado de matemática é um problema cultural.
Na educação infantil as crianças já comentam sobre a dificuldade de entenderem matemática, e, mais tarde, escolhem um curso onde essa disciplina não é importante.
Voltemos à economia do cinto apertado em época de eleições e à surdez do governo federal com relação à liberação de recursos para o legado da Copa em Cuiabá.
Todo esse esforço prometido do governo é no sentido de atingir uma meta de corte de despesas de duzentos e cinquenta milhões por ano.
Isso significa apenas um quarto de economia, se a meta for alcançada, comparando com as despesas do ano anterior.
Chegaremos em 2013 com uma dívida não programada, sem respeitar a lei da responsabilidade fiscal, de um bilhão de 2011 mais setecentos e cinquenta milhões de 2012.
Sem contar o endividamento das obras da Copa.
Voltaremos a assistir a reprise do velho filme, O Calote.
Aliás, alguns setores essenciais como saúde, educação, segurança e estrada, já sentem o efeito calote.
Os funcionários não privilegiados do Estado, que descontam parte dos seus salários para um plano de saúde - o MTSAÚDE - estão sem atendimento médico, hospitalar e ambulatorial.
Outros funcionários da cúpula dos poderes possuem planos de saúde com direito a tratamento fora do Estado em hospitais da moda.
Motivo dessa tragédia? - (não encarada assim pelo governo): falta de pagamento aos prestadores de serviços.
O Centro de Reabilitação Dom Aquino Correa é um exemplo. Fechou há tempos as suas portas por força do cinto apertado.
Médicos estão em greve nos pólos mais importantes do Estado, antes de ser anunciado que os recursos seriam diminuídos.
O calendário escolar não está sendo respeitado na rede pública por falta de salas de aula, e vencimentos ridículos de seus mestres.
Para massificar uma frase de um ministro mato-grossense: até as pedras deste Estado sabem como fazer economia, sem castigar ainda mais os pobres.
Basta controlar os voos dos jatinhos oficiais, viagens inúteis, diárias perdidas e diminuir a taxa de zelo que, facilmente, ultrapassaremos o déficit de 2011.
Claro que para conseguir essa meta é necessária a colaboração da cúpula dos outros poderes.
Os pequenos funcionários que carregam a pesada máquina do governo e a população que paga impostos, e não vê retornos, sairão às ruas aplaudindo esse cinto para todos.
Não se esqueçam criadores do cinto apertado, que o exemplo tem que vir de cima, senão “não vai prestar”.

Gabriel Novis Neves
02-03-2012

segunda-feira, 26 de março de 2012

ARTICULISTA


Cada dia está mais difícil opinar sobre o cotidiano da minha cidade. São tragédias humanas de todos os matizes e para todos os gostos.
Leio agora na internet.
“Uma lei complementar, sancionada pelo governador no dia 21 de dezembro do ano passado, criou benefício de auxílio-transporte para procurador na ativa da Procuradoria Geral do Estado (PGE) que pode chegar até R$ 4.6 mil por mês”.
Isso significa que cada procurador necessita rodar, por dia, em Cuiabá, cerca de 400 km!
Como o benefício atinge aproximadamente cinquenta funcionários, a repercussão em valores no caixa do tesouro é bem significativa.
Nada contra oferecer condições de trabalho e salários dignos aos funcionários públicos para que eles retribuam com seu serviço de vigilantes do nosso erário.
Infelizmente, recebemos em troca a ausência desse órgão fiscalizador e protetor dos atos do governo.
Os últimos exemplos são do domínio da mídia nacional, como o parecer para a compra dos maquinários, a história conhecida como cartas marcadas e o estouro na Secretaria de Fazenda do Estado.
O povo está atônito com os acontecimentos que brotam na imprensa, sempre contra o pagador de impostos.
Enquanto isso, o transporte escolar fica sem gasolina, e não se cumpre a Constituição Federal que obriga o Estado a não deixar nenhuma criança fora da escola, esteja onde estiver.
A criança que nasce longe das cidades está condenada ao analfabetismo por falta de gasolina para um transporte que, às vezes, atinge mais de 60 km em velhos e inseguros ônibus e em péssimas estradas.
A Polícia Civil perdeu a guerra para o crime por falta de condições de locomoção. Não há gasolina necessária na Secretaria de Segurança e na Polícia Militar para perseguir os bandidos que tomaram conta deste Estado.
Muitos pacientes do interior morrem por falta de transporte para centros médicos de referência.
Os curiosos poderão procurar esse presente de Natal no Diário Oficial.
Muitos dirão que esses problemas não são da minha conta e que, desde que o mundo é mundo, o poder sempre foi assim exercido.
Dá uma vontade danada de escrever sobre a chuva que banha Cuiabá com os seus raios e trovoadas. Daqui a pouco teremos alagamentos, desmoronamento de casas, desabrigados. E o Corpo de Bombeiros será chamado.
Será que no quartel existe gasolina para todos os carros?
Triste realidade escrita por um cidadão brasileiro, que lamenta tantas distorções produzidas pelo poder.
E a gasolina continuará sendo assim distribuída?

Gabriel Novis Neves
13-03-2012

domingo, 25 de março de 2012

Photoshop


Todos reconhecem a espantosa evolução da tecnologia.
Há meses ganhei um iPad;  era praticamente o lançamento desse computador, que funciona com bateria e mais parece uma capa de livro.
Pois bem. Acaba de ser colocada no mercado a sua nova versão, mais parecido a uma folha de papel.
Mas, ainda temos muito a avançar nesse infinito mundo de conquistas tecnológicas.
Na área de imagens temos a possibilidade de enfrentar uma câmera fotográfica e sair sempre com resultados surpreendentemente perfeitos.
Recentemente minha filha me convenceu a acompanhá-la a um estúdio fotográfico. Estava organizando um álbum de família e precisava de uma foto minha atualizada, e feita por profissional.
Disse-me que as fotos receberiam tratamento de photoshop - aquela foto que consegue fazer todo mundo bonito. Não dei muita atenção a esse fato.
Dias depois ela me mostrou o álbum, e eu lhe perguntei: “e a minha foto”?
Aos risos ela me apontou aquele que dizia ser eu: estava sem rugas, papadas, bolsas nos olhos. Enfim, sem aquele olhar de alguém muito rodado, com sinais visíveis do tempo estampado no rosto, marcas da minha história de vida.
Ela me sorriu com ar maroto e exclamou: “é a tecnologia, pai”!
Mal sabia a minha filhinha que eu já tinha passado por situação idêntica, só que ao contrário.
Saí de Cuiabá para estudar Medicina antes de completar 18 anos. Precisava de uma carteira de identidade. Procurei o lambe-lambe que atendia na Praça da República, em frente à Catedral.
Levei as fotos na então Delegacia de Polícia e no outro dia recebi um livrinho, com os meus dados pessoais, impressão digital e a foto.
Não percebi nada de anormal na foto, pois, naquela época, a qualidade era assim mesma – péssima. Tão pouco prestei atenção nos dados. Minha única preocupação foi a de conferir a minha assinatura, que estava correta.
No Rio, meu pai me avisa, via mamãe, por carta, que o Banco do Brasil estava preparado para a minha primeira visita: eu iria sacar os cruzeiros contadinhos da minha mesada.
Vou ao banco. No balcão do caixa entrego a minha carteira de identidade e fico esperando o dinheiro.
Percebo que a minha carteira começa a passar de mesa em mesa, e que, à distância, quando o funcionário examinava o meu livrinho olhava para mim.
Entendi que algo de anormal estava acontecendo. O gerente então vem até o balcão e me diz que estava com uma ordem de pagamento em meu nome, mas que infelizmente, aquela carteira não era minha!
Mostrou-me as contradições: “você está branquelão - com certeza de tanto estudar para o vestibular -, mas na carteira consta que a sua cor é parda, além do mais, a foto mostra um ralo bigode, e você nem pelos tem no lábio superior, e aqui vejo um jovem imberbe”.
Saí do banco sem a minha mesada, por falhas tecnológicas.
Os avanços tecnológicos na Medicina, especialmente nos diagnósticos por imagens, são surpreendentes.
Hoje você consegue imagens até dos pensamentos.
Mas gostaria que houvesse também a possibilidade de se aplicar o uso do photoshop, amplamente utilizado no maior órgão do corpo humano, que é a pele, nos órgãos internos.
Como seria bom se houvesse a possibilidade de se fazer um photoshop nos meus alvéolos pulmonares!

Gabriel Novis Neves
13-02-2012

CHICO ANYSIO


Desliguei a televisão após assistir ao noticiário e lamentei a partida para o plano espiritual do velho Chico. Esse genial nordestino – multimídia da alegria – há meses lutou pela vida em uma UTI.
Como fará falta ao Brasil a sua irônica crônica social! Ele encantou gerações com seus personagens de fino humor e irreverência.
Casamenteiro, bom reprodutor da espécie humana, fez de tudo em comunicação e arte. Artista completo, de sofisticada sensibilidade e afinidade com o “entender gente”.
O turbulento momento político em que vivemos neste país republicano foi magistralmente sintetizado pelo Chico ao interpretar uma velhinha em um programa de televisão.
O diálogo entre o entrevistador e a velhinha foi mais ou menos este:
  - Qual a profissão da senhora? - indaga o jornalista.
  - Puta, responde a velhinha.
Desconcertado com a resposta, o repórter formula novamente a pergunta.
  - Já disse: puta! P-U-T-A, entendeu?
O moço engoliu seco e continuou a entrevista:
   - E a profissão dos seus pais?
   - Meu pai era prático de farmácia e a minha mãe era professora.
   - A senhora tem irmãos?
   - Tenho só três irmãs.
   - E a profissão delas?
   - Todas são professoras.
    - Então a senhora é a única da família que escolheu essa profissão?
    - Sim.
    - Como a senhora explica a sua escolha em meio a uma família de professoras?
    - Questão de sorte, né? – a velhinha respondeu sorrindo escondida atrás do leque, disfarçando a sua alegria por ter escolhido uma profissão que lhe garantiu uma aposentadoria digna.
A nossa política está como a velhinha do Chico.
Quando perguntam a minha opinião sobre esses escândalos que pipocam em todo o país, beneficiando sempre uma minoria, respondo que tudo é uma questão de sorte.
Há trinta anos o ministro da Fazenda, representando os homens de dinheiro, comprou por aqui um mandato para uma vaga no Congresso Nacional.
Passado alguns anos o nosso governador, como manda a tradição, foi à Brasília de pires na mão pedir o apoio do parlamentar.
Ele ouviu a ladainha e disse que não devia nada ao Estado, pois comprou uma eleição superfaturada.
O raio cai sim duas vezes em um mesmo local.
A gente deste Estado despejou milhares de votos em um candidato para defender nossos interesses junto ao governo Federal.
Mato Grosso, a última vez que teve um político ministro foi no governo Sarney. Somos periféricos do poder e sofremos muito com isso.
“Quem não é visto, não é lembrado”, e os grandes recursos federais são drenados para regiões com poder político.
A bola foi colocada na marca do pênalti para um político daqui chutar e fazer um gol para o carente Estado de Mato Grosso sair dessa humilhante situação social por que passa, embora seja grande contribuidor de dinheiro para o Tesouro Nacional.
O nosso representante não aceitou o cargo de ministro, preferindo continuar cuidando dos seus interesses pessoais.
O poder funciona como etiqueta para certos políticos invadir gabinetes privilegiados e resolver seus problemas privados.
E o povo que os elegeu, que se dane.
Escolher representantes políticos para cuidar dos interesses da nossa gente é “questão de sorte,” como diria Chico Anysio.

Gabriel Novis Neves
23-03-2012

sexta-feira, 23 de março de 2012

Sem fim


Estamos muito mal no Jornal Nacional da TV Globo. Aparecemos quase diariamente em notícias que não refletem o seu povo, mas os desmandos administrativos neste Estado que fica a oeste de Tordesilhas.

Após a despedida de mais um ministro derrubado, segundo a imprensa por nossa causa por ter consentido alterar um laudo técnico sobre o transporte modal de Cuiabá, ficamos no mesmo pacote do ministro demitido.

A CGU (Controladoria Geral da União) tinha vetado o aumento de despesas. O laudo técnico foi alterado e o Ministério Público Federal e Estadual irão investigar o caso.
É muita notícia ruim para um Estado que vai sediar jogos da Copa do Mundo.

Nesse período, como ficam as obras e recursos para Cuiabá?

Estamos no pós-carnaval e os recursos de Brasília ainda não apareceram para início das obras do famoso VLT.

Tudo para Cuiabá é difícil.

Os PACs não deixaram praticamente marcas por aqui.

Os sonhados recursos que o governo federal mandaria para obras estruturantes, que ficariam como legado, até agora é só falação.
Única grande obra em execução, e que ficará pronta para a Copa, será a Arena Pantanal, totalmente tocada com recursos do tesouro do Estado, via empréstimos bancários.

Aquela ideia de parceria com empresários não prestou, cujo preço final da obra, é segredo de Estado.
A nossa imagem no mundo está péssima.

Corrupção, violência, impunidade, inexistência de infraestrutura, saúde sucateada, educação com péssima avaliação, turismo sem incentivos para um evento das dimensões de uma Copa do Mundo e, por cima, a crise mundial na economia.
O governo Federal fala em corte de gastos públicos, mas mantém quase quarenta ministérios. Se a presidente cortar metade desses ministérios, ninguém sentirá falta.
Mas como ficam o patriótico Congresso Nacional e os devotos de São Francisco?
Se nenhuma providência de impacto for tomada por aqui, o governo continuará sendo notícia no Jornal Nacional.
Governador:

Está passando da hora do ato tão esperado!
Será um sem fim de más notícias no Jornal Nacional, se o senhor não reoxigenar o seu governo, que envelheceu precocemente.
Trabalhar com auxiliares que estão lhe trazendo desgastes, nos fornece uma péssima tradução.
Esse mal ultrapassou, agora, nossas fronteiras.
Sem fim também tem fim.
Depende de vontade política, e só.

Gabriel Novis Neves
10-03-2012

quinta-feira, 22 de março de 2012

BOQUINHA


Foram necessários dez anos para que o povo mato-grossense entendesse o significado - surgido como novidade por aqui - da “quebra de paradigmas" em política.
Estávamos acostumados com lorotas do tipo: cinquenta anos em cinco, a vassoura, caçador de marajás, governo já, carta aos brasileiros, tudo pelo social. E tantas e tantas outras anedotas, que essa quebra de paradigmas soou como a queda do muro de Berlim.
Ledo engano. O longo mandato restaurou privilégios, tudo era negociado e, no mais, o governo transcorreu na “mais perfeita harmonia e paz”.
Final triste desse período, quando os ratos, como sempre, abandonam o navio prestes a perder o poder.
Digo até, melancólico, com o aparecimento dos primeiros escândalos do novo modelo de governar com as palmas das mãos.
Não houve legado e ninguém hoje tem coragem de falar em quebra de paradigmas. Virou maldição. Coisa feia! Coisa que não se faz, e não deve ser repetida. 
Mas, tudo ficou em casa, mesmo com posições difíceis de serem explicadas. Deixa pra lá, tudo passou, diziam-se nas esquinas.
Quebra de paradigmas ficou sem tradução oficial, embora os estudiosos e pesquisadores tivessem números convincentes e explicações aceitáveis.
Toda a mídia nacional comenta hoje o rompimento de um pequeno partido de sete senadores que pertencia à base de sustentação do governo.
O jornalista Merval Pereira, do jornal O Globo e do canal pago GloboNews, diz que o motivo do rompimento é que esse partido queria uma “boquinha” no governo.
“Boquinha”, no linguajar político, significa emprego para a curriola do político, incluindo nesse pacote os indispensáveis “laranjas”.
Esse pessoal da “boquinha” não está nem um pouco interessado em discutir soluções para os graves e urgentes problemas nacionais.
O ministério desse partido dos sete senadores foi o único a ser totalmente varrido pela presidente.
Os outros ministros, pelos mesmos motivos, “pediam” para sair.  Recebiam elogios na despedida, e um companheiro do mesmo partido assumia a sua função.
Ficou mal perante a opinião pública essa “discriminação,” repercutindo como falta gravíssima cometida por essa gente.
Os jornalistas políticos que fazem cobertura do Senado Federal e da Presidência da República, afirmam que o líder do grupo dos sete foi várias vezes ao planalto “negociar” a “boquinha” no governo.
A palavra “negociar” chamou a atenção, pois em política, apesar de tudo ser negociado, especialmente as suplências de senadores, ninguém fala. Quem já foi suplente sabe como é.
O eleitor diz que aí tem.
Comentam que a política é um imenso balcão de negócios, onde tudo tem um preço. Então é melhor jogar os escrúpulos fora e falar a linguagem da “boquinha”, que é negociar em benefício próprio, e que se danem os pobres.
Na entrada para a política todos alegam ter uma profissão. Bastou entrar nela e, com raríssimas exceções, só encontramos empresários de sucesso.
Esse milagre existe em todo o país e nos diferentes níveis de poder.
O empresário faz o que sabe: negociar - que tanto espantou os jornalistas.
Mato Grosso está mal na fotografia, e agora no Jornal Nacional. A declaração de rompimento dos sete com o governo fica na dependência de uma “boquinha”.
Que saia justa vestiu o porta voz do grupo!
Se voltar, como todos esperam, à base de sustentação do governo, é por que todos estão com a boca cheia de benefícios pessoais.
Será difícil depois de todo esse rolo justificar que o retorno ao governo foi motivado pela crise internacional.
A situação do partido que perdeu a “boquinha” nos transportes é a seguinte: “Se ficar o bicho come e se correr o bicho pega.”
Que situação! “Boquinha” faz bem, mas causa mal à biografia.

Gabriel Novis Neves           
15-03-2012

quarta-feira, 21 de março de 2012

Pernas curtas


Lia um artigo em um jornal local e, diante da ampla e correta matéria, veio-me a lembrança que a “Mentira tem pernas curtas.” Nada mais moderno e sintético para qualificar o descaso do governo com relação aos transplantes renais em Mato Grosso.
Há alguns anos, na troca do poder estadual, um apressado adulador espalhou pela cidade aquele que seria o slogan do novo governo: “Mato Grosso agora tem governo de verdade.”
Era uma crítica ao governo anterior. Na visão dos temporários novos homens do poder, aquele foi um governo de promessas – chamadas de mentiras.
O núcleo duro deste novo governo mandou, imediatamente, retirar das ruas todo o comprometedor slogan, e, após algumas semanas, surgiu o definitivo que nem me lembro qual era. Todos os governos são como farinha do mesmo saco,  dentro dos padrões habituais com as suas variáveis.
Recentemente, elegemos um governo que dizia que vinha “para quebrar paradigmas.” Tudo não passou de “fogo de palha.”
O jornal informa: “Transplantes de rim não são feitos há 2 anos e meio.” Quem não vive a saúde tinha outra impressão com relação, não só aos transplantes de rim, mas também como os de osso, de medula óssea e de córnea.
Há mais ou menos 20 anos, foi realizado o primeiro transplante de rim no ex-Hospital Geral de Cuiabá.
Transplante renal foi realizado também nos hospitais Santa Rosa e Santa Helena. Apesar de todas as dificuldades, chegou-se a fazer 30 transplantes de rim em Cuiabá.
O governo das inovações fechou dois serviços de cirurgia renal, e resolveu patrocinar, com recursos públicos, um centro moderno em hospital universitário privado para atender a capital, o Estado e os nossos vizinhos bolivianos.
Obras físicas foram realizadas e enormes placas marcaram essa conquista, onde, “há 2 anos e meio não são feitos transplantes de rim.”
Recursos públicos e privados foram investidos no banco de ossos, para futuros enxertos. Além da placa de inauguração do banco e do dinheiro gasto pela iniciativa privada estimulada pelo governo, não tenho notícia de nada mais.
O único serviço que funciona de verdade na área dos transplantes, é o da córnea, realizada em hospital privado em convênio com o SUS e amparado financeiramente com recursos de organizações internacionais.
No mesmo jornal, um subtítulo com o democrático título, “outro lado.” O governo, depois das portas arrombadas e da cobrança da imprensa, explica que: “em julho deste ano está previsto a inauguração do Hospital das Clínicas, onde uma unidade de saúde vai realizar transplantes de rim e medula óssea.”
Quem vai tocar esse serviço será uma Organização Social de Saúde. A expectativa da secretaria de Saúde será realizar, por mês, 17 transplantes de rim e 13 de medula óssea.
O hospital das Clínicas está fechado há mais de 10 anos. A sua recuperação é totalmente possível no tempo anunciado, desde que as obras sejam iniciadas - até agora nada foi feito. É necessário também que não ocorra falta de recursos para as obras físicas e para a montagem de laboratórios. Além, é claro, de um corpo clínico habilitado.
A ANVISA é extremamente rigorosa na concessão de alvará para funcionamento de hospitais de alta complexidade, especialmente com o credenciamento dos integrantes das equipes de transplante.
Seria importante para a população do nosso Estado o acompanhamento dessa obra pelos veículos de comunicação.
Afinal, na fila de transplante de rim, oficialmente, existem cerca de 250 pacientes de hemodiálise, que só é oferecida em Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis, Tangará da Serra, Sinop e Barra do Garças.
O pior, é que dizem que o governo não tem dinheiro.
Mentira, realmente, tem pernas curtas.

Gabriel Novis Neves
07-03-2012

terça-feira, 20 de março de 2012

PERFIL TÉCNICO


Os marqueteiros trabalharam muito para transformar o perfil da presidente.
Repetida à exaustão por todos os órgãos da imprensa, ficou a imagem de técnica eficiente e ótima gerentona.
Passado o primeiro ano do seu governo, essa falsa imagem de técnica, gerentona, inflexível em concessões políticas, parece que desapareceu.
Na montagem do ministério inicial, já demonstrou que era mais política que técnica, pelas inúmeras concessões que ela foi obrigada a fazer para governar.
Essa arrumação tem o nome científico de base de sustentação do governo, sem a qual não se faz nada.
Dentre os exemplos mais emblemáticos de que a presidente era política, cito: a nomeação imposta pelo pessoal do Maranhão do velhinho do motel para o ministério do Turismo; da professora derrotada nas urnas, para a Pesca; do homem derrotado no Amazonas para Estradas e tantos outros, em um universo de trinta e oito ministérios.
Os experientes analistas políticos disseram que esse ministério representava votos na Câmara e no Senado e, de técnico, não tinha nada.
Falaram muito em desvios éticos de alguns ministros, que em represália, para salvarem as suas honras, pediram demissão em caráter irrevogável.
O Brasil perdeu os ministros dos Transportes, Casa Civil, Turismo, Esportes, Agricultura, Trabalho, Cidades e Integração Nacional. O da Defesa pediu para sair, por achar o adversário da presidente mais preparado para o cargo de mandatário primeiro desta nação, e, além disso, tinha o hábito de criticar os seus colegas publicamente.
Na fila, empacado com o seu pedido de demissão a pedido - pelo mesmo motivo que os outros -, o ministro do Desenvolvimento. Alguns abandonaram o barco para se candidatarem nas próximas eleições municipais e outros reconheceram a sua incompetência.
Mudou a sua estratégica técnica limpando o segundo escalão. O destaque fica por conta da demissão do presidente da Petrobrás. Professor qualificado para exercer o cargo, fez durante o período de presidente da estatal, mais política partidária que ações técnicas.
Em seu lugar foi colocada uma amiga da presidente, que em 2007 assumiu uma diretoria na Petrobrás.
Acontece que o marido da atual presidente da Petrobrás, quando a sua mulher assumiu aquela diretoria, possuía apenas um contrato com a estatal, revela o ex-senador Arthur Virgílio, e que: “a partir daí, coincidindo com a nomeação da sua mulher para uma diretoria, sua empresa começou a “prosperar.”
“Hoje, o marido da ex-diretora da estatal possui 43 contratos com a Petrobrás, dos quais, 20 foram obtidos sem licitação”, conclui o ex-senador.
Se for esse o perfil técnico, teremos mais alguns anos de pedidos de demissões a pedido, e que a ética vá para o desfile dos escrúpulos do poder.

Gabriel Novis Neves     
10-02-2012

segunda-feira, 19 de março de 2012

Crack


O governo criou as Unidades de Acolhimento e os Consultórios de Rua - dois braços de atendimento previstos no Programa de Combate ao Crack lançado no ano passado.
Estados e Municípios, além do Distrito Federal, que se habilitarem ao Programa, receberão um incentivo de R$ 70 mil para montar as unidades. As unidades são uma espécie de residência temporária para abrigar usuário de crack e outras drogas, com quartos coletivos, cozinha, copa, banheiro, área de serviço, de lazer e sala de enfermagem.
Publicada no Diário Oficial, a portaria prevê a criação de dois tipos de unidades: uma para adultos, com até 15 vagas, e outra para crianças e adolescentes, com, no máximo, 10 vagas.
As unidades para maiores de 18 anos receberão R$ 25 mil mensais para auxílio de custeio, e as de crianças e adolescentes, R$ 30 mil.
A previsão do governo é de que, até 2014, mais de 500 estabelecimentos deste tipo sejam criados, com recursos de R$ 442,8 milhões.
Pelo menos 4 funcionários terão que permanecer no local nas unidades 24 horas, 7 dias por semana. Um profissional de nível universitário (não necessariamente médico, mas especializado em tratamento de crack, álcool e outras drogas), terá que permanecer todos os dias da semana na unidade, das 7 às 19 h.
As unidades terão de estar vinculadas a um Centro de Atenção Psicossocial de Álcool e Drogas. A estadia dos usuários nas unidades será de, no máximo, 6 meses.
As secretarias responsáveis pela unidade de acompanhamento terão que fazer o controle, a fiscalização e a auditoria dos trabalhos.
O trabalho desempenhado em cada centro será feito de acordo com um projeto feito pelo CAPS (Casa de Apoio Psico-Social) de referência.
Além de abrigo, as unidades deverão garantir a educação dos internos. O usuário poderá entrar e sair livremente da unidade e receber visitas de familiares.
Os municípios e o Distrito Federal, também podem solicitar habilitação para receber recursos destinados à montagem do Consultório na Rua.
Calma pessoal! Este não é o projeto que a secretaria estadual de Saúde encomendou aos especialistas de São Paulo para resolver a calamitosa situação em que se encontra o Hospital Psiquiátrico Adauto Botelho.
Apenas transcrevi uma portaria do ministério da Saúde sobre o mal que acomete o Brasil e Mato Grosso. E que foi distribuída pela AE de Brasília.
Os governos do Estado e dos Municípios estão tomando alguma providência para se habilitarem a captar esses recursos de Brasília e entregá-los às OSS para administrar os dependentes químicos?
Teremos condições de oferecer essa contrapartida ao governo federal, ou vamos ficar vendo a banda passar?
A prefeitura fez, no final do ano passado, uma festa para apresentar ao ilustre público uma VAN que, desde a sua pintura, mereceu críticas desfavoráveis por motivos raciais.
Quem fumava o crack era negro. Retaguarda mínima o governo não ofereceu, e notícias do tal consultório da rua, eu gostaria de ter.
Cumprir os itens da portaria para trazer dinheiro para o Estado, nunca tive notícias e, provavelmente, não terei, pois não há vontade política do governo em oferecer a contrapartida à União.  

Gabriel Novis Neves    
27-01-2012

domingo, 18 de março de 2012

RETOMADAS


Uma das características dos antigos mato-grossenses era a sua determinação para as retomadas. Quem não se lembra da história do Brasil, onde nos foi ensinado a retomada de Corumbá durante a Guerra do Paraguai?
Durante a segunda grande Guerra Mundial, foi decisiva a ação nos nossos pracinhas na retomada do Monte Castelo, na Itália.
Retomamos, com o auxílio dos índios, o Rio de Janeiro dos franceses e o Maranhão dos holandeses.
Atualmente estamos lutando, e perdendo, a retomada de enorme área de terras ao Pará.
O mato-grossense é um herói que sabe que “a história só se repete como farsa.”
Os tempos são outros, e o nosso Estado é uma amostra do Brasil. As lutas também são por motivos outros.
No momento, o partido do Tiririca, nome de maior expressão eleitoral da sigla, luta para a retomada do Ministério dos Transportes.
Foi o preço estipulado pelos defensores dos princípios republicanos para permanecerem na base de sustentação do governo.
Essa imaginária base de sustentação, como imaginária é a linha do Equador, negocia o sim do seu grupo ao governo federal no Congresso, desde que haja retomado o Ministério dos Transportes. Só esse interessa.
Transposição de ministérios ou simplesmente uma permuta, não interessa ao partido do Tiririca.
Os republicanos alegam que são muito ligados aos problemas da terra, e defendem a tese da primeira metade do século XX: “Governar é construir estradas”, do presidente da República Washington Luiz.
Essa briga “ideológica” promete ir longe. A presidente conhece muito bem o trabalho que esse partido desenvolveu na pasta a ser retomada.
Existem trabalhos prioritários em algumas frentes que não podem ser paralisados.
As obras mais importantes até 2014 não serão executados por esse ministério, que serão os doze campos de futebol nas cidades sedes da Copa do Mundo.
A questão da mobilidade urbana está sendo cuidada pelo Ministério das Cidades, agora de ministro mudado, exatamente pela retomada do VLT, provocada por Mato Grosso.
A presidente tem um compromisso de acabar com a miséria neste país. Isto significa a não dar apenas comida a quem tem fome, mas educação, saúde, segurança e fazer a inclusão social desses miseráveis, concedendo-lhes o diploma de cidadania.
As estradas estão sendo amparadas por um programa nacional de tapa-buraco, e tudo funcionará como dantes.
O mundo precisa de humildade entre seus líderes para encontrar a paz com justiça social.
“Ser humilde não significa pedir perdão por existir.”
Vamos esquecer, para o bem desta nação, essa retomada e as cartas misteriosas?

Gabriel Novis Neves
07-02-2012