O
governo criou as Unidades de Acolhimento e os Consultórios de Rua - dois braços
de atendimento previstos no Programa de Combate ao Crack lançado no ano
passado.
Estados
e Municípios, além do Distrito Federal, que se habilitarem ao Programa,
receberão um incentivo de R$ 70 mil para montar as unidades. As unidades são
uma espécie de residência temporária para abrigar usuário de crack e outras
drogas, com quartos coletivos, cozinha, copa, banheiro, área de serviço, de
lazer e sala de enfermagem.
Publicada
no Diário Oficial, a portaria prevê a criação de dois tipos de unidades: uma
para adultos, com até 15 vagas, e outra para crianças e adolescentes, com, no
máximo, 10 vagas.
As
unidades para maiores de 18 anos receberão R$ 25 mil mensais para auxílio de
custeio, e as de crianças e adolescentes, R$ 30 mil.
A
previsão do governo é de que, até 2014, mais de 500 estabelecimentos deste tipo
sejam criados, com recursos de R$ 442,8 milhões.
Pelo
menos 4 funcionários terão que permanecer no local nas unidades 24 horas, 7
dias por semana. Um profissional de nível universitário (não necessariamente
médico, mas especializado em tratamento de crack, álcool e outras drogas), terá
que permanecer todos os dias da semana na unidade, das 7 às 19 h.
As
unidades terão de estar vinculadas a um Centro de Atenção Psicossocial de
Álcool e Drogas. A estadia dos usuários nas unidades será de, no máximo, 6
meses.
As
secretarias responsáveis pela unidade de acompanhamento terão que fazer o
controle, a fiscalização e a auditoria dos trabalhos.
O
trabalho desempenhado em cada centro será feito de acordo com um projeto feito
pelo CAPS (Casa de Apoio Psico-Social) de referência.
Além
de abrigo, as unidades deverão garantir a educação dos internos. O usuário
poderá entrar e sair livremente da unidade e receber visitas de familiares.
Os
municípios e o Distrito Federal, também podem solicitar habilitação para
receber recursos destinados à montagem do Consultório na Rua.
Calma
pessoal! Este não é o projeto que a secretaria estadual de Saúde encomendou aos
especialistas de São Paulo para resolver a calamitosa situação em que se
encontra o Hospital Psiquiátrico Adauto Botelho.
Apenas
transcrevi uma portaria do ministério da Saúde sobre o mal que acomete o Brasil
e Mato Grosso. E que foi distribuída pela AE de Brasília.
Os
governos do Estado e dos Municípios estão tomando alguma providência para se
habilitarem a captar esses recursos de Brasília e entregá-los às OSS para
administrar os dependentes químicos?
Teremos
condições de oferecer essa contrapartida ao governo federal, ou vamos ficar
vendo a banda passar?
A
prefeitura fez, no final do ano passado, uma festa para apresentar ao ilustre
público uma VAN que, desde a sua pintura, mereceu críticas desfavoráveis por
motivos raciais.
Quem
fumava o crack era negro. Retaguarda mínima o governo não ofereceu, e notícias
do tal consultório da rua, eu gostaria de ter.
Cumprir
os itens da portaria para trazer dinheiro para o Estado, nunca tive notícias e,
provavelmente, não terei, pois não há vontade política do governo em oferecer a
contrapartida à União.
Gabriel
Novis Neves
27-01-2012
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