O
senador Blairo Maggi deu uma verdadeira aula de sensatez ao falar do seu futuro
político.
É
difícil ouvir de um político profissional palavras de tanta sabedoria como as
proferidas pelo senador.
Em
recente entrevista ele defendeu a renovação no comando do Paiaguás, numa
resposta direta aos vendedores de ilusões.
Não
acha mais novidade, como foi em 2002, embora não tanto.
“O
que é bom para a política é o desafio. O desconhecido. É brigar o tempo todo
para mudar, mesmo que saiba que não vai mudar, mas você vai “persistir” -
declarou o senador.”
Alega
o senador que agora já conhece os problemas do Estado e que sabe até onde pode
ir com as imensas limitações do cargo, exercido por oito anos de governador.
Diz
ele: “o ímpeto é importante, e quando ele é impedido o governante para de
sonhar, ao conhecer o seu quadrado de trabalho.”
Mesmo
alguns programas que fez nos seus oito anos de governo, acredita ser quase
impossível de fazer hoje.
O
senhor está corretíssimo senhor senador. Nada na vida se faz sem motivação e
com homens experientes.
A
desmotivação do senador é evidente para retornar a um cargo que o desmotivou.
Sem esse combustível não conseguimos sair do lugar.
Nunca
deveremos voltar a um cargo já exercido. A comparação é a cruel moeda da
cobrança - e os tempos são outros.
Todos
nós moramos durante nove meses no útero materno. Não conheço ninguém que
conseguiu retornar a sua casa original, embora simbolicamente demonstrássemos
essa nossa vontade diariamente.
No
país da idolatria do poder, é saudável ouvir de quem esteve, e está lá, que o
verdadeiro poder é a liberdade de viver e sonhar, fora daquele quadradinho que
é oferecido em troca de algumas regalias transitórias.
O
homem nasceu para ser livre, e não burro de cangalha, como diz o senador - ao
deixar claro que não vai carregar ninguém nas costas no pleito municipal deste
ano.
A
fila deve estar enorme na casa do senador.
Sempre
acreditei no novo, naquele que precisa provar que é digno das nossas esperanças.
Já
fui o novo e errei ao repetir o desafio. Retirei-me do cenário público e
continuo colaborando com a sociedade, acredito, em outra frente, onde sou novo.
Não
tenho preconceito, mas desconfiança dos “experientes.” Exatamente isso que o
senador fala, - “hoje conheço todos os problemas do Estado e sei que não tenho
condições de resolver.”
Por
sinal nem ele, nem ninguém. Com esse modelo político centralizador e
ditatorial, o nosso futuro é o presente que vivemos.
O
mundo anda a procura de novos caminhos, que devem ser descobertos pelos homens.
Trabalhei
com o governador numa situação que me deixa muito feliz com a sua sensatez.
Ele
tinha o ímpeto do conhecimento, eu retornava a um cargo por mim ocupado há
anos. Não deu certo administrativamente. Eu tinha adquirido aquilo que me
faltou na primeira vez: experiência.
Senador,
uma resposta aos amigos do poder: “O importante na vida pública é ter sido e
não ser.”
O
difícil será encontrar o novo.
Gabriel
Novis Neves
11-02-2012
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