De
tempos em tempos, a imprensa noticia a história de um misterioso cheque de um
grande empresário a “um amigo”.
Ele
foi emitido em 2008, preenchida a data e destinatário em 2010.
Essas
datas são importantes e poderão ajudar a desvendar o caso, cuja cobrança está
na justiça. Para provar isso o empresário pede uma perícia no cheque.
Em
2008, o empresário foi candidato à prefeitura de Cuiabá, e 2010 um
ex-correligionário amigo se candidatou ao cargo mais importante do Estado,
contra o empresário emitente do cheque.
Conheço
a história de vida do empresário.
Em
2008 estive em sentido contrário politicamente ao seu desejo, pelo conjunto da
obra que representava.
Em
2010 fui um dos seus incentivadores.
O
valor do “cheque do posto” como ficou conhecido, não discuto.
Hoje
o empresário do Coxipó é um dos mais bens sucedidos homens de negócios do
Estado.
Diversificou
o seu trabalho, e irei chamá-lo de minerador.
Construiu
uma trajetória marcada por seriedade e muita credibilidade.
Ele
depositou na justiça o valor total do cheque e se dispôs a discutir a dívida
que ele não reconhece, além de alegar nunca ter feito compra de combustível ou
qualquer outro negócio com o referido posto ou sua proprietária.
Pagar
por uma despesa cometida mesmo inflada, não irá alterar o metabolismo das suas
saudáveis empresas.
Ganhou
patrimônio e muito, com o seu trabalho, criatividade, modernidade e
capacidade técnica. Jamais ocupou um cargo público ou estourou caixas
eletrônicas.
O
intrigante nessa história, parecida com romances policiais, e que precisa ser
esclarecida é o seguinte:
Quem
recebeu das mãos do empresário esse cheque de R$ 1,191 milhão, divulgado pela
imprensa?
Quem
pagou ao posto e recebeu a nota fiscal da quitação da dívida?
Existe
uma nota de combustível emitida por este posto?
Por
que ela nunca foi apresentada?
Se
a cobrança é de um posto de combustível e não tem nota fiscal, estaremos
diante de um fato grave de sonegação.
Quem
dos "amigos" de 2008 do empresário e que estão hoje no poder estão
envolvidos na trama deste cheque?
Será
que este cheque foi dado em caução para "amigos" levantar dinheiro em
2008?
Cheque
caução só é proibido por lei no atendimento hospitalar.
Será
que estes "amigos" não pagaram este cheque e guardaram para
prejudicar politicamente o “amigo.”?
Por que um cheque de 2008 aparece depositado na época da campanha de 2010, quando o empresário enfrentava os seus "amigos" na campanha de governador?
Por que um cheque de 2008 aparece depositado na época da campanha de 2010, quando o empresário enfrentava os seus "amigos" na campanha de governador?
Dinheiro
para pagar o cheque todos sabemos que o empresário tem, aliás, já está
depositado em juízo o valor informa a imprensa.
Porque
então ele se nega a reconhecer a dívida?
Por
que o posto está cobrando o empresário, e entrou na justiça para receber o que
deve segundo o proprietário do combustível, sem esses comprovantes?
Os
próximos capítulos dessa minissérie, - “Cheque do Posto,” promete grandes
emoções.
O
empresário evoca como testemunhas para comprovar que não é devedor, o atual
governador do Estado que em 2008 era vice, e estava engajado na sua campanha em
cargo de comando.
O
secretário de Fazenda da época, cuja razão não consigo entender, e um amigo do
tempo das vacas magras, hoje empresário e que como ele, nunca exerceu cargo
público.
O
empresário acusado de caloteiro disse a imprensa, - “Irei comprovar que
não devo nada em que pese o cheque ser verdadeiro”.
Ficou
claro o caso, ou será mais um daqueles crimes sem cadáver?
A
opinião pública exige um esclarecimento, pois estão envolvidas personalidades
públicas que deveriam estar longe dessa polêmica discussão jurídica não
republicana.
Há
tempos, a pizza é o prato predileto do brasileiro em situações semelhantes.
Acho
que estão preparando uma gigante, para este caso.
São
muitos ingredientes indigestos na história do “Cheque do Posto.”
Gabriel
Novis Neves
06-03-2012
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