Os
marqueteiros trabalharam muito para transformar o perfil da presidente.
Repetida
à exaustão por todos os órgãos da imprensa, ficou a imagem de técnica eficiente
e ótima gerentona.
Passado
o primeiro ano do seu governo, essa falsa imagem de técnica, gerentona,
inflexível em concessões políticas, parece que desapareceu.
Na
montagem do ministério inicial, já demonstrou que era mais política que
técnica, pelas inúmeras concessões que ela foi obrigada a fazer para governar.
Essa
arrumação tem o nome científico de base de sustentação do governo, sem a qual
não se faz nada.
Dentre
os exemplos mais emblemáticos de que a presidente era política, cito: a
nomeação imposta pelo pessoal do Maranhão do velhinho do motel para o
ministério do Turismo; da professora derrotada nas urnas, para a Pesca; do
homem derrotado no Amazonas para Estradas e tantos outros, em um universo de
trinta e oito ministérios.
Os
experientes analistas políticos disseram que esse ministério representava votos
na Câmara e no Senado e, de técnico, não tinha nada.
Falaram
muito em desvios éticos de alguns ministros, que em represália, para salvarem
as suas honras, pediram demissão em caráter irrevogável.
O
Brasil perdeu os ministros dos Transportes, Casa Civil, Turismo, Esportes,
Agricultura, Trabalho, Cidades e Integração Nacional. O da Defesa pediu para
sair, por achar o adversário da presidente mais preparado para o cargo de
mandatário primeiro desta nação, e, além disso, tinha o hábito de criticar os
seus colegas publicamente.
Na
fila, empacado com o seu pedido de demissão a pedido - pelo mesmo motivo que os
outros -, o ministro do Desenvolvimento. Alguns abandonaram o barco para se
candidatarem nas próximas eleições municipais e outros reconheceram a sua
incompetência.
Mudou a sua estratégica técnica limpando o segundo escalão. O destaque fica por
conta da demissão do presidente da Petrobrás. Professor qualificado para
exercer o cargo, fez durante o período de presidente da estatal, mais política
partidária que ações técnicas.
Em
seu lugar foi colocada uma amiga da presidente, que em 2007 assumiu uma
diretoria na Petrobrás.
Acontece
que o marido da atual presidente da Petrobrás, quando a sua mulher assumiu
aquela diretoria, possuía apenas um contrato com a estatal, revela o ex-senador
Arthur Virgílio, e que: “a partir daí, coincidindo com a nomeação da sua mulher
para uma diretoria, sua empresa começou a “prosperar.”
“Hoje,
o marido da ex-diretora da estatal possui 43 contratos com a Petrobrás, dos
quais, 20 foram obtidos sem licitação”, conclui o ex-senador.
Se
for esse o perfil técnico, teremos mais alguns anos de pedidos de demissões a
pedido, e que a ética vá para o desfile dos escrúpulos do poder.
Gabriel
Novis Neves
10-02-2012
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