“A
esperança tem duas filhas lindas: a Indignação e a Coragem. A Indignação nos
ensina a não aceitar as coisas como estão; a Coragem, a mudá-las”. Santo
Agostinho.
Foi
assim que a população brasileira votou nas eleições do segundo turno para a
Presidência da República.
Esse
voto foi sonhar com o impossível, pois, não acreditamos que a curto e em médio
prazo teremos um país mais digno e justo.
Estamos
no fundo do poço, envoltos no lamaçal das injustiças sociais, mas com a
Esperança de ter tentado pelo voto dias melhores para as gerações futuras.
À
vencedora do pleito, que representa a continuidade desse melancólico cenário em
que vivemos sobressaltados com os escândalos diários praticados por agentes
públicos, os problemas serão colocados e cobrados.
Momentos
difíceis nos esperam, e só um milagre nos tirará deste mar de lama.
Nossas
Instituições estão desacreditadas e não representam os anseios da nossa gente.
Temos
um país dividido, onde o ódio foi implantado. Não há espaço para o diálogo e
muito menos para a tolerância.
Nossos
aliados são nações oligárquicas, ditatoriais, que nada tem a nos ajudar.
Pertencemos
ao pequeno grupo de países contra a modernidade.
É
triste constatar que só diplomaticamente somos ouvidos nas nossas eternas e
arcaicas lamúrias.
Estamos
atolados na maior crise moral da nossa história.
Perdemos
nossa autoestima e não mais nos entusiasmamos com as belezas naturais e
generosidade do nosso povo.
Restam-nos
apenas as nossas duas “lindas filhas” para mudar este país.
Tomara
Deus que o povo brasileiro tenha decidido bem reelegendo a continuidade, no
sentido de nos devolver a Esperança perdida.
Gabriel
Novis Neves
20-01-2015