Observar
a vida que se passa em um cassino, para quem não é do ramo, é algo fascinante.
Dias
de pesquisas são necessários para tentar desvendar o mistério que máquinas,
roletas, cartas, causam a inúmeras pessoas.
A
sensação deve ser muito prazerosa, pois, do contrário, não existiriam esses
lugares de luxos que foram criados para sempre darem lucros.
Nunca
tive notícias de um cassino que tenha falido.
Sei
de pessoas que ganharam rios de dinheiro. Os perdedores, que são a maioria, se
calam.
O
mais complicado é entender que as moderníssimas máquinas computadorizadas foram
programadas para dar a ilusão que seriam derrotadas pelos viciados jogadores.
É
uma engenhoca extraordinária, onde os dependentes desta diversão estão sempre
bem humorados e esperançosos que um dia vencerão e não precisarão mais se
preocupar com a sua independência financeira.
Bem
diferente do jogo de futebol, quando os torcedores dos times derrotados deixam
os estádios cabisbaixos, em completo silêncio ou resmungando do resultado, com
sinais evidentes de sofrimento traduzido em imensa tristeza.
Não
raro apelam para a violência, em ato inconsciente, para se protegerem da
agressão da derrota sofrida.
O
jogador do cassino deixa a banca sempre alegre, pois jamais perde a esperança
de se recuperar quando diante da perda.
Entendi
que, antes de tudo, esse jogo, que, às vezes, arruína o patrimônio do
brincalhão, causa-lhe sensações únicas de prazer, provavelmente por ser um jogo
individual e decisão pessoal.
O
resultado de um jogo de futebol depende de uma cadeia de interesses escusos.
No
cassino todos sabem que as chances de perder são maiores que ganhar, e este
fato é aceito.
No
futebol ainda pode existir a lógica de vencer o melhor, mas, muitas vezes esta
lógica não é respeitada.
No
cassino há técnica, mas reina o imponderável.
Existe
outro “cassino”, que é o da bolsa de valores: perverso, que impõe a todos um
jogo sujo.
Uns
poucos com informações privilegiadas fazem fortunas incalculáveis do dia para a
noite.
Este
é o cassino oficial, existente em todos os países para manter a pesada
estrutura do poder.
Ah!
Os cassinos!
Gabriel
Novis Neves
01-01-2015
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