terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Petróleo em baixa


Após seis anos de aumentos sucessivos, o preço do barril de petróleo cai para menos de cinquenta dólares na cotação mundial.
Festa nos Estados Unidos! A população comemora a queda significativa no preço do petróleo e do óleo diesel, pois ocorre um aumento da economia familiar.
As perspectivas são tão boas que já se fala num patamar de 3.8% para o crescimento econômico na terra do Tio Sam para o ano em vigor.
Os americanos descobriram que podem extrair petróleo do gás xisto, anulando assim a dependência que tinham da importação do ouro negro.
Nesse processo, países grandes produtores de petróleo, tais como o Irã, a Venezuela e a Rússia, já com as suas economias abaladas por crises políticas e econômicas sucessivas, caminham juntos para o caos.
Nós, aqui na terrinha, sempre na contramão dos acontecimentos, nada temos a comemorar. 
Muito pelo contrário! A nossa maior empresa petrolífera passa por um dos mais graves problemas de sua história, atolada num mar de corrupção e desmandos, inclusive, ameaçando o despertar do gigante adormecido que seria a retirada do pré-sal.
Como não somos autossustentáveis em termos petrolíferos, comprávamos o ouro negro a preços elevados e vendíamos no mercado interno a preços mais baixos, tudo em função de não poderem ser passados para a população aumentos antes do resultado da festa eleitoral.
Dessa forma passamos a subsidiar esse grande déficit.
Agora, definidos os donos do poder, tendo de enfrentar a realidade, não conseguimos nos beneficiar como os outros países dessa queda mundial e, infelizmente, sem qualquer alternativa, estamos sofrendo o baque dos aumentos de preços nos postos de gasolina e, portanto, mais inflação.
Para completar esse quadro econômico desastroso, foi registrado vinte e quatro bilhões de reais em perdas nas contas de poupança, a maior nos últimos anos.
Ainda bem, ou não, as mídias não nos permitem alienação contra fatos tão concretos e exposições tão frequentes da verdadeira situação do nosso país e que, apesar de tudo, amamos incondicionalmente.

Gabriel Novis Neves
09-01-2015 

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