No
intervalo de quatro meses assisti ao casamento de duas das minhas cinco netas.
Para
o velho parteiro esses eventos foram o fechamento de um ciclo da vida dessas
meninas e o surgimento de um novo, tão lindo quanto o findante, que é o
reprodutivo.
Se
fôssemos eternos, imagino a repetição de um filme passado, agora com muito mais
emoção, dentro da perspectiva fisiológica da chegada dos bisnetos.
Espero
vê-las todas acasaladas, porém, não terei participação profissional nesta rodada,
que seria a terceira geração.
É
uma felicidade indescritível participar do nascimento de uma nova vida.
Neste
momento de alegria é inevitável o surgimento de recordações para embaçar a
nossa mente.
De
uns tempos para cá todas as comemorações, de qualquer origem, adquiriram
contornos de espetáculos empresariais. Fico até a pensar se atualmente é feio
admirar a naturalidade das datas festivas.
É
o capitalismo aproveitando todos os espaços da nossa existência para aplicar a
Lei do Gerson - aquela em que todos
querem levar sempre vantagem.
Verdadeira
indústria está instalada para vender produtos
nestas datas especiais.
Com
isso, o romantismo dessas celebrações foi expulso, cedendo espaço a uma
parafernália de empresas altamente lucrativas destinadas a enfeitar as nossas
espontâneas e puras emoções.
O
lucro venceu os sonhos!
Gabriel
Novis Neves
27-12-2014
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