sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

CASAMENTO


No intervalo de quatro meses assisti ao casamento de duas das minhas cinco netas.
Para o velho parteiro esses eventos foram o fechamento de um ciclo da vida dessas meninas e o surgimento de um novo, tão lindo quanto o findante, que é o reprodutivo.
Se fôssemos eternos, imagino a repetição de um filme passado, agora com muito mais emoção, dentro da perspectiva fisiológica da chegada dos bisnetos.
Espero vê-las todas acasaladas, porém, não terei participação profissional nesta rodada, que seria a terceira geração.
É uma felicidade indescritível participar do nascimento de uma nova vida.
Neste momento de alegria é inevitável o surgimento de recordações para embaçar a nossa mente.
De uns tempos para cá todas as comemorações, de qualquer origem, adquiriram contornos de espetáculos empresariais. Fico até a pensar se atualmente é feio admirar a naturalidade das datas festivas.
É o capitalismo aproveitando todos os espaços da nossa existência para aplicar a Lei do Gerson - aquela  em que todos querem levar sempre vantagem.
Verdadeira indústria está instalada para vender produtos  nestas datas especiais.
Com isso, o romantismo dessas celebrações foi expulso, cedendo espaço a uma parafernália de empresas altamente lucrativas destinadas a enfeitar as nossas espontâneas e puras emoções.
O lucro venceu os sonhos!

Gabriel Novis Neves
27-12-2014

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