Abro
os jornais e as notícias principais são referentes à infelicidade humana.
Guerras
sempre inúteis e injustas, violência a menores e idosos, latrocínios,
desrespeitos de todas as ordens, descumprimento da nossa Constituição por
aqueles que deveriam zelar por ela, agressões aos nossos direitos humanos e
aceitação à nossa já familiarizada corrupção.
Não
encontro no noticiário nem uma frase sobre um ato de solidariedade humana ou
bondade.
Sociólogos
e psicólogos explicam que a contravenção é mais espalhafatosa e desperta mais a
atenção do leitor do que um ato de amor ao próximo.
Este
é discreto, e ainda existe entre as pessoas. Seria oportuno e muito mais
educativo aos noticiários a sua divulgação, embora a maldade desperte mais
atenção e, até mesmo, admiração.
A
esperteza é vista por muitos como sinal de inteligência e astúcia. Já a bondade
é coisa do passado e está quase em extinção do nosso convívio social.
O
resultado dessa interpretação é danoso a uma coletividade.
Foi
assim que surgiu a Lei do Gerson, em que vale sempre levar alguma vantagem, sem
preocupações éticas ou morais.
Os
ensinamentos que recebemos na nossa formação educacional estão sendo corroídos
por esses avanços da modernidade.
Os
próprios atores da insubordinação aos bons princípios são idolatrados pelas
mais diversas camadas sociais.
Quem
são os beneméritos do crime organizado das favelas ou dos altos poderes da
República?
Aqueles
que vivem na marginalidade das leis. São respeitados, queridos e temidos.
O
anônimo do bem continuará fora dos noticiários da mídia.
Suas
ações não despertam interesse no mundo capitalista, consumista e competitivo.
“Podemos
facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro; a real tragédia da vida
é quando os homens têm medo da luz”. Platão
Gabriel
Novis Neves
26-11-2014
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