domingo, 25 de janeiro de 2015

BELEZA


Desde os mais remotos tempos a beleza é enaltecida. Artistas, poetas e romancistas nos contaram através dos séculos o que eles consideravam belo.
Tenho dificuldade em tratar desse assunto publicamente em artigos ou crônicas.
Será que não fomos educados para reverenciar a Beleza? Será que este tema, culturalmente, está restrito somente aos poetas e artistas? Não sei.
Lendo a “História da Beleza”, organização de Umberto Eco, me animei a escrever sobre o tema.
Na nossa turma de Medicina tínhamos poucas colegas. O curso ainda mantinha características masculinas.
Uma colega, porém, impactava o grupo, não só pela sua beleza física, como pelo conjunto da obra, comparável a um quadro de arte de artista consagrado.
Sempre discreta e sorridente, a todos tratava com elegância, sabendo da imensa emoção que despertava em seus colegas.
Não fazia distinção de classe social e era idolatrada pelo “baixo clero”.
Despertava paixão e liberava dopamina por onde passava com a sua empatia e simplicidade cativantes.
Sabia que representava o ideal de Beleza para aqueles jovens, na sua maioria do interior do Brasil.
Possuía o que os líricos gregos chamavam de “um tipo de graça feminino”.
Inibia os mais afoitos colegas a uma declaração aberta sobre a sua Beleza e o que ela representava para todos.
Os tempos passaram. O grupo se desfez, mas a bela da turma continua linda como sempre.
Mais sábia e amadurecida pelos embates da vida, manteve todos os ingredientes da juventude tornando-se uma mulher irresistível.
Considero-a uma obra prima da natureza, pois o belo é arte e é eterno.
A sua doce Beleza a imunizou das agruras da vida. Sofridos.

Gabriel Novis Neves
13-01-2015

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