Desde
os mais remotos tempos a beleza é enaltecida. Artistas, poetas e romancistas
nos contaram através dos séculos o que eles consideravam belo.
Tenho
dificuldade em tratar desse assunto publicamente em artigos ou crônicas.
Será
que não fomos educados para reverenciar a Beleza? Será que este tema,
culturalmente, está restrito somente aos poetas e artistas? Não sei.
Lendo
a “História da Beleza”, organização de Umberto Eco, me animei a escrever sobre
o tema.
Na
nossa turma de Medicina tínhamos poucas colegas. O curso ainda mantinha
características masculinas.
Uma
colega, porém, impactava o grupo, não só pela sua beleza física, como pelo
conjunto da obra, comparável a um quadro de arte de artista consagrado.
Sempre
discreta e sorridente, a todos tratava com elegância, sabendo da imensa emoção
que despertava em seus colegas.
Não
fazia distinção de classe social e era idolatrada pelo “baixo clero”.
Despertava
paixão e liberava dopamina por onde passava com a sua empatia e simplicidade
cativantes.
Sabia
que representava o ideal de Beleza para aqueles jovens, na sua maioria do
interior do Brasil.
Possuía
o que os líricos gregos chamavam de “um tipo de graça feminino”.
Inibia
os mais afoitos colegas a uma declaração aberta sobre a sua Beleza e o que ela
representava para todos.
Os
tempos passaram. O grupo se desfez, mas a bela da turma continua linda como
sempre.
Mais
sábia e amadurecida pelos embates da vida, manteve todos os ingredientes da
juventude tornando-se uma mulher irresistível.
Considero-a
uma obra prima da natureza, pois o belo é arte e é eterno.
A
sua doce Beleza a imunizou das agruras da vida. Sofridos.
Gabriel
Novis Neves
13-01-2015
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