segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Veneno


Tenho evitado ao máximo assistir aos noticiários das Redes de Televisão.
Jornais e revistas só com leitura dinâmica. As informações que nos passam têm sempre um único foco - a corrupção que assola este país.
Todo o sistema público mancomunado com os corruptores alojados nas mais diversas empresas nos fornece a dose letal de veneno para acabar com a nossa esperança.
Parece que o início de toda essa bandalheira que nos aterroriza vem da criação do mundo, onde foi praticada a mentira, semente fértil para atos desonestos.
Há um século Rui Barbosa já bradava sobre os desmandos dos poderosos. Tal célula cancerosa espalhou metástases desse mal, que ainda não tem cura, para toda a nação brasileira.
Nosso país está na UTI respirando por aparelhos, no caso, contábeis de supostos superávits, burlando a Lei da Responsabilidade Fiscal.
Saqueado, maltratado, destruído, estamos preparados para a morte coletiva com as doses de veneno diárias que recebemos pelas mídias.
Tínhamos tudo para pertencermos ao grupo das nações desenvolvidas.
Problemas históricos da nossa colonização inviabilizaram todo o potencial desta nação continente riquíssima em belezas e recursos naturais, possíveis de serem aproveitados racionalmente para alavancar o nosso desenvolvimento econômico e social.
O desencanto tomou conta de dois terços de brasileiros, muitos dos quais perdidos em relação ao futuro da nossa pátria.
A miséria da politicagem, associada à ganância de grandes grupos econômicos, nos levaram a provar desse veneno letal.
 “Quem sabe faz a hora não espera acontecer”, ainda parece ser o remédio ideal para esses males.

Gabriel Novis Neves
29-12-2014

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