Quase
tão polêmico quanto o ataque islâmico à revista francesa Charlie Hebdo foi a
entrevista do Papa Francisco.
Falando
a jornalistas sobre liberdade de imprensa durante sua recente viagem às
Filipinas, Sua Santidade disse que tem de haver limites no que tange à
liberdade de expressão.
Ilustrou
o seu discurso com a frase que correu o mundo: “se xingar a minha mãe, espere
um soco”.
Dito
pelo papa revolucionário, esse conceito metafórico chocou os intransigentes
defensores da ampla possibilidade de se falar ou escrever sempre tudo o que se
pensa.
Todo
indivíduo, inclusive o papa, tem o direito de se manifestar livremente.
Concordar ou não, é também um direito de todos.
O
papa deixou bem claro que é contra a violência em todos os seus níveis e que ninguém
está autorizado a matar o próximo, seja qual for a justificativa alegada.
O
que complicou o entendimento da posição papal foi ter colocado como exemplo a
mãe, quando a discussão central era sobre liberdade de imprensa.
Colocar
a figura materna em abordagens é típico de estádios de futebol, onde é sempre
caluniada a genitora do árbitro.
Grosseiramente,
faz parte do folclore da nossa cultura futebolística e, ao contrário de
manifestações racistas, neste caso não há punições.
Terminada
a partida do esporte mais popular do mundo tudo é esquecido pelo juiz do jogo e
torcedores.
No
caso do soco, a impressão errônea que ficou é que o papa defende com restrições
a liberdade de expressão, o que não é politicamente correto.
O
ato de matar vem dos tempos bíblicos, onde Caim matou seu irmão Abel por
motivos fúteis.
Sempre
haverá mortes por assassinatos entre os humanos. O trabalho a ser realizado é o
de aperfeiçoar as relações sociais.
Não
é sem motivo que a maior indústria em faturamento seja a de armamentos.
Gabriel
Novis Neves
19-01-2015
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