Sensação
rara que costumamos experimentar na vida com poucas pessoas.
É
aquele grau de conexão mútua em que nada mais precisa ser falado ou insinuado.
Apenas o olhar, o aperto de mão ou o som da voz são suficientes para nos
colocarmos pelo avesso.
Determinados
seres humanos, por algum tipo de afinidade explicada quimicamente, têm a
capacidade de nos levar a esse estado emocional paradisíaco.
As
palavras diminuem a sua importância, já que a comunicação está implícita nos
gestos e nas transmissões neurais mútuas.
Seria
tão bom se pudéssemos desenvolver isso no dia a dia, inclusive no meio
familiar! Quantos desgastes seriam evitados!
Infelizmente,
as amarras sociais estabelecidas desde o início de nossas vidas, fazem com que
nos mantenhamos encaramujados numa carapaça espessa, que nos apontam como
necessária.
Dessa
forma, perdem-se as emoções mais intensas e os contatos mais verdadeiros.
E
pensar que a maior parte da humanidade não se permite a esse desnudamento.
Por
insegurança ou por vaidade não nos mostramos nem a nós mesmos, permanecendo
nessa caixa escura e úmida tal como se não tivéssemos conseguido sair do útero
materno.
A
vida passa e a sensação de tê-la desperdiçado é cada vez maior.
Ao
vivenciar um clima de empatia com alguém passamos a nos sentir livres, não mais
vulneráveis a falsos julgamentos, já que, através da pura transparência,
podemos passar ao outro a veracidade do nosso eu.
Quem
disse que viver é fácil?
“A vida não é uma pergunta a ser respondida. É
um mistério a ser vivido”. Buda.
Gabriel
Novis Neves
19-12-2014
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