sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Empatia


Sensação rara que costumamos experimentar na vida com poucas pessoas.
É aquele grau de conexão mútua em que nada mais precisa ser falado ou insinuado. Apenas o olhar, o aperto de mão ou o som da voz são suficientes para nos colocarmos pelo avesso.
Determinados seres humanos, por algum tipo de afinidade explicada quimicamente, têm a capacidade de nos levar a esse estado emocional paradisíaco.
As palavras diminuem a sua importância, já que a comunicação está implícita nos gestos e nas transmissões neurais mútuas.
Seria tão bom se pudéssemos desenvolver isso no dia a dia, inclusive no meio familiar! Quantos desgastes seriam evitados!
Infelizmente, as amarras sociais estabelecidas desde o início de nossas vidas, fazem com que nos mantenhamos encaramujados numa carapaça espessa, que nos apontam como necessária.
Dessa forma, perdem-se as emoções mais intensas e os contatos mais verdadeiros.
E pensar que a maior parte da humanidade não se permite a esse desnudamento.
Por insegurança ou por vaidade não nos mostramos nem a nós mesmos, permanecendo nessa caixa escura e úmida tal como se não tivéssemos conseguido sair do útero materno.
A vida passa e a sensação de tê-la desperdiçado é cada vez maior.
Ao vivenciar um clima de empatia com alguém passamos a nos sentir livres, não mais vulneráveis a falsos julgamentos, já que, através da pura transparência, podemos passar ao outro a veracidade do nosso eu.
Quem disse que viver é fácil?
 “A vida não é uma pergunta a ser respondida. É um mistério a ser vivido”. Buda.

Gabriel Novis Neves
19-12-2014

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