Está
cheio de notícias sobre os últimos acontecimentos que abalaram esta cidade, não
pela surpresa dos fatos, mas pelo atraso da Operação Ararath.
Agora
sabemos com detalhes o que acontecia por aqui devido aos esclarecimentos dos
personagens, sucessores sofisticados do império que caiu com a operação
conhecida como Arca de Noé.
Nada
sobre a data religiosa de hoje, em que se comemora Nossa Senhora Auxiliadora,
em cidade predominantemente católica como Cuiabá.
É
de estarrecer a promiscuidade dos nossos governantes com os integrantes do
crime organizado.
Agora
que a vaca foi para o brejo todos estão desencantados da vida glamorosa que
viviam.
Empresários
de fundo de quintal, em uma década exercendo cargos públicos de grande
visibilidade neste Estado Curral, tornaram-se “legalmente” bilionários
frequentando, como exemplo de eficiência e sucesso, as melhores revistas de
economia.
Infelizmente
essas produtividades assustadoras em seus negócios privados nunca foram
reprisadas na gestão pública, sendo exemplo de fracasso.
O
rei está nu! Fatos estranhos no mundo dos “negócios” estão acontecendo. Nunca
se viu alguém ter a coragem de fazer uma delação premiada e apresentar tantos
detalhes, alguns falsos, com a intenção nítida de atingir desafetos, agora em
ampla divulgação pela mídia.
Coisas
estarrecedoras!
Muitos
foram enganados pelos falsos profetas e milagreiros, elegendo-os para os cargos
majoritários que ainda exercem.
Distribuíam
pequenas migalhas para calar seus seguidores.
O
que será deste Estado colosso após estas investigações que atingiram todos os
poderes constituídos? Jamais voltará a ser o mesmo inocente útil – assim
esperamos.
O
pior é que não preparamos a nossa juventude para o exercício da sua cidadania.
O
futuro nos apavora. Somos um Estado rico em produção de alimentos para o mundo
e pobre em homens para tomar conta de uma pequena cidade localizada
estrategicamente no Centro Geodésico da América do Sul, com cerca de seiscentos
mil habitantes.
A
geração que está no poder já provou que pode voltar tranquilamente para casa e
usufruir tudo que amealhou com “muito trabalho”.
Perdemos
o trem da modernidade abandonando a educação dos nossos jovens. Com certeza
retrocedemos e precisaremos de um império de tutores.
A
podridão dos costumes tomou conta do nosso ecológico Estado.
Queremos
um povo feliz, e a felicidade exige sacrifícios para ser alcançada, com quebra
de paradigmas e novas lideranças.
Gabriel
Novis Neves
25-05-2014