quinta-feira, 29 de maio de 2014

Jornal de domingo

Está cheio de notícias sobre os últimos acontecimentos que abalaram esta cidade, não pela surpresa dos fatos, mas pelo atraso da Operação Ararath.
Agora sabemos com detalhes o que acontecia por aqui devido aos esclarecimentos dos personagens, sucessores sofisticados do império que caiu com a operação conhecida como Arca de Noé.
Nada sobre a data religiosa de hoje, em que se comemora Nossa Senhora Auxiliadora, em cidade predominantemente católica como Cuiabá.
É de estarrecer a promiscuidade dos nossos governantes com os integrantes do crime organizado.
Agora que a vaca foi para o brejo todos estão desencantados da vida glamorosa que viviam.
Empresários de fundo de quintal, em uma década exercendo cargos públicos de grande visibilidade neste Estado Curral, tornaram-se “legalmente” bilionários frequentando, como exemplo de eficiência e sucesso, as melhores revistas de economia.
Infelizmente essas produtividades assustadoras em seus negócios privados nunca foram reprisadas na gestão pública, sendo exemplo de fracasso.
O rei está nu! Fatos estranhos no mundo dos “negócios” estão acontecendo. Nunca se viu alguém ter a coragem de fazer uma delação premiada e apresentar tantos detalhes, alguns falsos, com a intenção nítida de atingir desafetos, agora em ampla divulgação pela mídia.
Coisas estarrecedoras!
Muitos foram enganados pelos falsos profetas e milagreiros, elegendo-os para os cargos majoritários que ainda exercem.
Distribuíam pequenas migalhas para calar seus seguidores.
O que será deste Estado colosso após estas investigações que atingiram todos os poderes constituídos? Jamais voltará a ser o mesmo inocente útil – assim esperamos.
O pior é que não preparamos a nossa juventude para o exercício da sua cidadania.
O futuro nos apavora. Somos um Estado rico em produção de alimentos para o mundo e pobre em homens para tomar conta de uma pequena cidade localizada estrategicamente no Centro Geodésico da América do Sul, com cerca de seiscentos mil habitantes.
A geração que está no poder já provou que pode voltar tranquilamente para casa e usufruir tudo que amealhou com “muito trabalho”.
Perdemos o trem da modernidade abandonando a educação dos nossos jovens. Com certeza retrocedemos e precisaremos de um império de tutores.
A podridão dos costumes tomou conta do nosso ecológico Estado.
Queremos um povo feliz, e a felicidade exige sacrifícios para ser alcançada, com quebra de paradigmas e novas lideranças.

Gabriel Novis Neves
25-05-2014

SEM TETO

Assisti pela televisão uma entrevista com o Coordenador Nacional do Movimento dos Sem Teto. Fiquei surpreso com o currículo do rapaz. Formado em filosofia e psicanálise. É professor.
Abandonou sua profissão pra ser militante junto aos milhares de miseráveis sem abrigo: os sem casa, os que vivem em condições desumanas em quartos de cortiço superlotados e os que pagam aluguéis em abrigos incompatíveis com seus rendimentos.
Com uma boa bagagem cultural, logo Guilherme Boulus chegou à condição de líder nacional. Bem articulado, falando bem e fluentemente, sem machucar nosso idioma, está longe daquele biotipo queimaginávamos para comandar esse segmento da nossa sociedade.
Têm planos e metas com objetivos bem definidos para os moradores sem teto, que não se resumem em um quarto, mas emmelhorias da qualidade de vida para os seus.
Deseja que seus filhos tenham as mesmas oportunidades dos filhos dos ricos. Acredita que o nosso modelo político chegou  a exaustão e que novos caminhos deverão ser procurados fora domodelo atual, respeitando as leis e as instituições.
Os movimentos sociais têm propostas esoluções para os principais problemas que afligem uma grande parcela da população.No entanto, não são sequer ouvidos. Ou, se ouvidos, nenhuma iniciativa por parte do governo é observada para aliviar o sofrimento dos mais necessitados.
No caso específico dos “sem teto”, todo mundo sabe que o governo está envolvido com as grandes empreiteiras,construtores, proprietários de terras que, na sua imensa generosidade, são os grandes financiadores das campanhas políticas.
Programa tipo “Minha Casa Minha Vida”da Caixa Econômica Federal, longe de ajudar os sem teto, cada vez mais o marginaliza, pois os joga em terrenos “supervalorizados” nos cafundós do Judas,de propriedade de empresários que obtêm lucros fantásticos.
Aquela gente “assentada” sem saneamento básico, saúde, educação, creche, transporte, segurança e trabalho, acaba abandonando “esse paraíso” e volta para a periferia das cidades, perto do seu sustento.
Precisamos urgentemente, não de trocar pessoas ou partidos no poder, mas de uma nova proposta democrática de governar com todos e para todos.
Enquanto essa injustiça não for corrigida o prognóstico desta nação não será dos mais tranquilos.
Os conflitos sociais prometem recrudescer.  O período dos jogos da Copa será a grande vitrine para o mundo saber como vivemos e, principalmente, como tratamos nossos pobres,crianças e idosos.
Há um medo generalizado neste país. O governo investirá para segurança durante a Copa cerca de dois bilhões de reais.
A rua não é mais do povo, e quando issoacontece é o caos. Está instalada a segregação entre ricos e pobres.
Diante de toda essa gravidade social, as elites políticas discutem alianças partidárias para as próximas eleições.
Precisamos implantar um regime democrático para os tempos atuais respeitando os princípios republicanos com justiça social.

Gabriel Novis Neves
16-05-2014

terça-feira, 27 de maio de 2014

Manifestações

São demonstrações de aprovação ou desaprovação de alguma medida tomada pelo poder público.
Às vésperas de uma festa como a Copa do Mundo é estranho que professores, médicos, motoristas, policiais, trabalhadores em geral, saiam às ruas das principais capitais do Brasil, todas subsedes dos jogos, para manifestações que demonstram a não aprovação pelos gastos excessivos de recursos públicos  no certame de futebol.
Sabe-se que há um sucateamento da saúde, da educação, dos salários, dos transportes de massa e, principalmente, da segurança.
Vivemos um momento de absoluta selvageria, onde os indivíduos começam a fazer justiça com as suas próprias mãos.
Isso caracteriza uma total falência de um estado democrático.
Movimentos sociais se fazem presentes com as suas bandeiras vermelhas.
Todos do governo esperavam aplausos da população nestes dias que precedem a chegada de milhares de turistas para a festa maior do futebol.
No entanto, não é isso que está ocorrendo. O que vemos pelas redes de televisão é que nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, Cuiabá, entre outras, estão ocorrendo fortes protestos de rua contra os gastos inoportunos da Copa.
O medo tomou conta da nossa população, e as agências de notícias internacionais desde há muito se encarregaram de esclarecer sobre aquilo que os turistas irão encontrar por aqui.
Paira no ar certa intranquilidade com este explícito conflito social represado por anos de sofrimentos.
Governar é decidir sobre as prioridades nacionais dentro das nossas possibilidades.
Infelizmente, a irresponsabilidade e um inexplicável delírio de grandeza, fizeram com que os  nossos governantes de plantão escolhessem o caminho dos holofotes.
O nosso delírio chegou ao ponto de exigirmos doze cidades sede, quando, até então, oito seriam suficientes.
Só o custo desses estádios, chamados pela FIFA de Arenas, engoliu muitos programas sociais inadiáveis.
Como afirmou o “fifeiro” Ronaldo Fenômeno, “Copa do Mundo não se faz com a construção de hospitais.”
O “pobre” Catar, que por ser rico foi escolhido pela FIFA para sediar a Copa de 2022, já avisou que cumprirá com todas as obrigações da cartilha da multinacional do futebol no prazo previsto pelo cronograma de obrigações, porém, só construirá oito Arenas o suficiente para o torneio. Nada de esbanjamento.
A situação aqui é preocupante e devemos estar preparados e prevenidos para um possível confronto da população civil em suas democráticas manifestações de insatisfação.
Apelamos para a razão da nossa gente, e torçamos para que tudo acabe bem - com o Brasil Campeão.
Da crise social trataremos no período eleitoral.
Agora, tudo é festa.

Gabriel Novis Neves
15-05-2014

segunda-feira, 26 de maio de 2014

LUTA PELO PODER

Embora as eleições estejam marcadas para depois da Copa do Mundo, a luta pelo poder já ocupa mais espaços na mídia que o evento da FIFA.
Os jogadores já foram selecionados para os jogos, aguardando os treinos oficiais na Granja dos Sonhos e o dia para entrar em campo. Futebol é organizado e tem prazos e datas que devem ser respeitados
Na luta pela conquista do poder político nada ainda foi resolvido. Os interesses pessoais são tantos que a decisão ficará para os últimos minutos.
Aqui, os sojicultores não chegaram a um consenso na escolha dos seus representantes, tanto na chapa da situação como da oposição. Só aceitam cargos que têm direito à janelinha.
Nada de pedir voto, fazer caminhadas, visitar municípios sem pista de asfalto para jatinhos e tapinhas nas costas. A política para essa gente se faz com pasta e contratos. Entenderam?
A próxima campanha eleitoral promete ser uma das mais caras da nossa história. Só com muita “conversa” alguém irá perder o seu domingo, dia de pescaria e churrasco, para participar de uma farsa.
Só mesmo prósperos e abnegados fazendeiros para enfrentar o desafio das urnas em momento de convulsão social.
Não se ouve falar em plano de governo, mas, com certeza, firmas especializadas farão belos, ricos e poucos exemplares para decorar a mesa de debates na televisão.
Muitos candidatos majoritários que ganharam eleições me confessaram que nunca leram o plano de seu governo, adquirido pelo indispensável marqueteiro.
Nosso problema não é com pessoas, é com um sistema político arcaico feito para privilegiar poucos.
Isso, aliado ao descrédito da classe política, está nos levando por caminhos perigosos. As manifestações de rua, greves de agentes públicos e trabalhadores são um sério sinal de uma doença social.
Prefeitos de todo o Brasil realizaram uma marcha em Brasília implorando socorro aos nossos legisladores e, principalmente, ao chefe do poder executivo, por uma mudança na injusta e cruel distribuição de receitas aos municípios, responsáveis pelo sucesso das políticas governamentais.
Esse sistema vigente tem de ser mudado para o desenvolvimento desta nação.
Alguém acredita que essa norma constitucional será mudada? Ficará tudo como está após as eleições.
Nos debates os candidatos prometerão que todos os nossos problemas serão resolvidos. Após a apuração dos votos passa a valer o loteamento do poder por critérios onde méritos para seus ocupantes não são considerados.
Não há como o brasileiro se empolgar com projetos eleitoreiros.
O Brasil precisa de humildade dos seus governantes e olhos nas nações que nos ultrapassaram, mesmo sem o potencial econômico que possuímos.

Gabriel Novis Neves
14-05-2014

Monopólio da razão

É simples: ou você tem ou não tem razão. É importante essa flexibilidade conceitual para que a razão apareça para aquele que tem a razão.
O diálogo e, principalmente, a franqueza, são peças essenciais nessa aprendizagem à busca da razão. As pessoas precisam entender certas decisões, pois, atrás delas está a razão de quem decidiu e as condições em que foram tomadas.
As decisões morais são processadas pela mente humana, argumentam os cientistas. Na procura da razão, obrigatoriamente passamos pelo apaixonante e sempre moderno tema sobre o que é certo ou errado.
Joshuna Greene, da Universidade de Harvard, tenta explicar esses dilemas conjugando filosofia e neurociência em seu livro, Tribos Morais.
 “Temos duas maneiras de pensar, cuja resposta para a mesma situação muda de cenário, segundo o estado emocional no momento das decisões, pela evolução biológica do ser humano, seja pelo aprendizado, pela cultura ou pela experiência” - afirma o cientista.
Adianta também que “nossas emoções morais não evoluíram para solucionar problemas que dizem respeito aos outros”.
Nem Aristóteles respondeu eticamente, por exemplo, se praticar o aborto é certo ou errado. “Sobre temas controversos prevalecem nossos sentimentos pessoais”, o que é a mais pura das verdades, com toda a razão.
Para se chegar próximo ao certo ou ao errado, o caminho mais indicado é levar ao conhecimento de certas pessoas fatos que contrariam a sua visão.
Quando os acontecimentos são levados a sério está-se avançando rumo a uma solução.
Entretanto, quando notamos que os fatos apresentados são descartados ou simplesmente ignorados, quem domina a cena são os argumentos.
O interessante é que muitas vezes os fatos mostram que os argumentos não são satisfatórios para se classificar um ato como certo ou errado.
É o caso do aborto. Há séculos fatos são apresentados, mas agora o Papa Chico avançou na solução desse problema descartando os argumentos.
Desejamos um mundo sem preconceitos, muitas vezes confundidos com direitos - “que são um modo disfarçado de expressar nossos sentimentos sobre temas controversos”.
É urgente que o governo invista mais em educação para que possamos participar da discussão de temas históricos que atormentam a humanidade.
Precisa ser desconstruído o existente monopólio da razão criado por mentes, algumas vezes, doentias.

Gabriel Novis Neves
20-03-2014

MORDOMIA

Popularmente conhecida como as vantagens e privilégios concedidos a altos funcionários do Estado.
A mordomia tem o dom de aumentar indiretamente os honorários do servidor, razão pela qual é sonho de consumo de grande parte dos burocratas de carreira e dos paraquedistas abençoados pelos plantonistas do poder.
Essa gente “bronzeada”, como costuma dizer  o nosso “pobre marquês”, adora as regalias ou conjunto de regalias proporcionadas pelos pagadores de impostos.
São “boas vidas” sem profissão definida. Vivem de pequenos e de inexplicáveis expedientes. Nunca trabalharam, por falta de qualificação, e vivem viajando sem destino como “assessores”, frequentando os melhores hotéis e restaurantes.
Em época de eleições ficam alvoroçados e “trabalham” para não perder a sua confortável profissão de “filho da mordomia”.
São parasitas, infelizes e desajustados, que se esforçam para “aparecer” - dentro da filosofia de quem não é visto não é lembrado.
Estes alienados nunca terão o privilégio de gozar da mordomia emocional – que é gratuita e democrática e ao alcance de toda a população. É a mordomia da alma.
A alma não necessita dos valores materiais. Estes somente satisfazem as necessidades do nosso corpo. A alma é alimentada por valores morais, como a honra, a justiça, a verdade, a responsabilidade, a solidariedade e, principalmente, a honestidade.
Os privilegiados com as mordomias emocionais, pois que se esforçaram em conquistá-las, encontram a tranquilidade e a paz interior, a par da vida tumultuada e caótica ao seu redor.
Como é saudável praticar e se beneficiar dessa mordomia que toca profundamente a nossa alma!
A matéria é pobre e passageira, a alma é forte e eterna.
O indivíduo, quando bem nutrido pelos valores morais, afasta-se deste mundo tão cheio de mediocridade e mesquinharia.
Gostaria de viver eternamente no mundo da mordomia emocional e, se houvesse um aplicativo, que fosse acessível à nossa população. O mundo seria bem melhor.
Já pensaram em uma Bolsa Mordomia Emocional distribuída aos carentes?
De imediato toda e qualquer violência seria banida e a intolerância dizimada. A ambição desapareceria e a harmonia voltaria a ser produto de consumo da nossa sociedade.
A outra? Aquela do governo para seus altos funcionários?
Desapareceria por inanição.

Gabriel Novis Neves
08-05-2014

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Vacinação

Você já conseguiu se vacinar contra a gripe atendendo ao apelo da Campanha do Ministério da Saúde?
Há uma preocupação dos agentes da vigilância em saúde porque essa ação simples e preventiva é um dos carros-chefe do ineficiente ministério.
Aqui em Mato Grosso, apesar de todo o apoio da mídia, a adesão ao programa não chegou nem aos cinquenta por cento das pessoas aptas a receber a vacina gratuitamente nos postos de saúde do SUS, e já estamos no período da prorrogação da campanha.
Vacinas existem, entretanto, múltiplos fatores influenciaram a população para desistir dos apelos midiáticos insistentes.
O pior é que o ministério, agora muito mais interessado em números e estatísticas para fins eleitoreiros, cobra um melhor desempenho das nossas autoridades locais.
Acontece que a população, através da mídia, já sabe que dos mais de duzentos vírus causadores dessa patologia, a vacina só é útil para três deles. Por isso são frequentes as reclamações de vacinados que contraem a gripe.
Os vírus sofrem dia a dia mutações que nossos progressos em pesquisas com as vacinas não conseguem acompanhar.
O poder público falha no seu papel educativo de esclarecer a nossa população, gerando frustrações e descrenças das iniciativas governamentais.
Existem vacinas de efeito perene, como no caso da paralisia infantil, onde a imunização é definitiva. Não é o caso da antigripal. Como eu trabalho em ambiente hospitalar e já estou na “melhor idade”, compareci, como de costume, no Posto de Saúde da Lixeira do SUS, onde sempre me vacinei - mesmo sabendo das limitações a que estava sujeito.
É preciso que as pessoas sejam tratadas sempre com dignidade, sempre cientes da verdade, e não mais como era tratada a "carneirada”  antes do acesso ao mundo digital.
Em pleno horário de expediente encontrei o postinho às moscas.
Fui ao setor de vacinação e identifiquei-me como “paciente de risco” para prevenção contra o vírus.
A educada e humilde servidora disse-me que a única geladeira do posto há muito tempo estava estragada e que apenas duas vezes por semana os funcionários da Vigilância Epidemiológica traziam em caixas térmicas as vacinas para atender alguém que, porventura, estivesse por lá.
Assim funciona na verdade a nossa saúde pública: dependendo do reparo ou aquisição de uma nova geladeira para vacinar os pacientes de risco para a infecção gripal, que lotam nossos insuficientes postos de saúde sempre sem médicos.
Quando o povo sai às ruas manifestando suas insatisfações são taxados de baderneiros, e logo vem a repressão com cassetetes e bombas de gás lacrimogêneo.
A cidade da Copa não possui uma simples geladeira em um dos seus postos de saúde. E os outros? Certamente não estarão em melhores condições.
Quem são os responsáveis pela calamidade em que se encontra nossa cidade?
Provavelmente os pacientes que procuram atendimento preventivo.

Gabriel Novis Neves
16-05-2014

quinta-feira, 22 de maio de 2014

ALIENAÇÃO PARENTAL

É um fato real hoje bastante divulgado pela mídia, sobre crianças que são separadas dos seus pais com o final do casamento.
“Os filhos não querem separar de ninguém, são puxados de um lado para outro, sem casa fixa, um centro de referência”.  Eles apenas se transformam em joguetes das vaidades que permeiam as relações de seus pais.
O resultado são crianças problema, lotando os consultórios médicos.
Produtos humanos de uma separação despreparada lesionando inocentes, cujos reflexos são percebidos na escola como crianças confusas, com déficit de atenção, agitadas, péssimo rendimento escolar.
Neste período de desencanto do baixinho é comum a “doutrinação” pelo possuidor da guarda, visando angariar a sua simpatia, usar de mecanismos que destruam a imagem do outro.
Isso é o que pode acontecer de mais desastroso, uma vez que a criança ainda não tem méritos de juízo, ela apenas quer a proteção que emana dos pais juntos.
É frequente acontecer o “sequestro” do infante por um dos pais. Ai começa todo um trabalho de chantagem para a criança aceitar seu novo lar.
Depois de algum tempo é possível conseguir o objetivo, que é transformar a inocente vítima em um “aprisionado pela lealdade”.
A presença mais intensa junto ao menor é fator decisivo, mesmo em casais que vivem desencontrados, porém, debaixo de um mesmo teto.
Essa batalha além, de lesionar quem é inocente de um desencontro conjugal coisa perfeitamente compreensível, é causadora de problemas psicológicos que acompanharão a criança para o resto da sua vida. Grande é a possibilidade que ela se torne em alguns casos - um ser humano pernicioso aos seus descendentes e, entrave familiar.
Essas situações costumam ter o seu final, nas barras dos tribunais de justiça.
A parte jurídica do problema poderá ser resolvida, o mesmo não acontecendo com o emocional.
A preocupação dos estudiosos no assunto é com educação dos adultos para a vida conjugal.
Há necessidade de um mínimo de conhecimento entre os jovens que desejarem se reproduzir, no cuidado com a educação dos filhos.
Pais discutindo e se agredindo com gestos e palavras diante dos seus filhos é o agente desta patologia chamada de alienação parental.
Hoje temos gerações de “aprisionados pela lealdade”.
A justiça de uma nação inicia-se pelo cuidado com as suas crianças.
A prevenção é simples: mais educação para nossa gente.

Gabriel Novis Neves
03-05-2014

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Tragédia nacional

O senador Cristovam Buarque, homem público e educador por ofício, certa ocasião candidatou-se à Presidência da República por um partido democrata e socialista, cuja principal bandeira era a educação.
Pois bem, em uma nação sem educação o ex-reitor da Universidade de Brasília obteve 2% dos votos dos brasileiros, cuja maioria dos seus filhos estava fora da escola e, onde somos os campeões mundiais de analfabetos funcionais.
Facilmente foi ultrapassado por homens de dinheiro e, fragorosamente derrotado por um autodidata, que de herança nos deixou o atraso na educação, fator decisivo no desenvolvimento de uma nação.
Recentemente, em entrevista afirmou o senador que “a preferência nas pesquisas pelo voto nulo, pelo voto branco, é uma tragédia nacional! É o descontentamento com as lideranças políticas”.
Caro professor Cristovam, o povo não acredita mais nos candidatos e, políticos de um modo geral.  Clama por mudanças desse modelo político perverso que foi implantado neste país, que governa e privilegia poucos. A conhecida panelinha.
Como não há sinais de alterações nesse injusto modo de governar, como resultado temos a silenciosa revolta dos votos nulos e brancos.
Isso é fácil de constatar por ser uma vocação nacional, viajando de táxi e, conversando com os motoristas.
A antiga esperança desses trabalhadores foi substituída pelo sentimento da traição, de alguém que foi “colocado lá” e os abandonou.
O desencanto com os nossos políticos, com raríssimas exceções para confirmar a regra, é uma unanimidade.
Os trabalhadores sentem-se enganados pelos últimos governos, que diziam representá-los.
“Lá” se uniram com homens de negócios e com a escória da política brasileira, artifícios outrora condenados por esses ocupantes que chegaram empunhando a bandeira da ética e das mudanças.
Cedo a população brasileira percebeu a mutação desse grupo que tinha o mesmo objetivo dos seus antecessores: a permanência no poder pelo poder e suas benesses.
O desânimo da nossa população para as próximas eleições para Presidente da República, governadores, deputados federais e estaduais é lamentável.
Nem marqueteiro-viagra conseguirá levantar a autoestima e a confiança do nosso povo nas propostas que ouviremos (alguns), durante o período eleitoral.
Para complicar mais este estado de letargia, teremos como aperitivo os absurdos gastos com a Copa e os inevitáveis confrontos da polícia com os manifestantes de rua. Os ensaios já começaram e prometem.
Uma mudança no nosso arcaico-viciado e casuístico sistema político exige bom nível educacional para todos e, consciência de que não se faz omelete sem quebrar ovos.
Somos uma republiqueta corrupta, atrasada, sem educação e luz no final do túnel, mesmo com os holofotes dos jogos da Copa.
Voto nulo e em branco, infelizmente, são armas que serão utilizadas contra a insegurança pública, o medo, os conflitos sociais, e principalmente contra a prática da corrupção institucionalizada, tendo a impunidade como lema.
O ideal seria que pudéssemos confiar nos nossos eleitos, mas isso já não nos parece viável nos dias atuais.
Sonhamos com um Brasil melhor.

Gabriel Novis Neves

11-05-2014

FÁBRICA DE PENSAMENTOS

Viajando pelo mundo das bibliotecas, vi como são vastos os fabricantes de pensamentos. A história da humanidade toda foi construída por essas personalidades férteis na produção desse bem de consumo que não deteriora.
A fábrica de pensamento também é encontrada na população que não teve acesso à escola e livros.
São ricos em ensinamentos para a vida, todos cheios de sabedoria.
Admiro muito esse produto abstrato produzido por emoções e reações químicas, na fábrica que é o cérebro humano.
Nele encontramos aquilo que mais procuramos hoje e sempre,  a verdade.
Essa fábrica exótica, ao contrário das tradicionais construídas com ferro, cimento, areia, tijolos e tudo da moderna tecnologia, visando à produtividade para fins comerciais, têm como matéria prima a visão de poetas, músicos, artistas, filósofos e gente simples, todos interessados em melhor entender o mundo que nos cerca e que nos fascina.
Ultimamente tenho me encantado com a abundância e diversidade da sua produção, de qualidade apreciável.
Seus fabricantes não necessariamente precisam ser idosos, que aprenderam com a vida já vivida.
Temos uma geração de “crianças” que antes de enfrentarem a “universidade da vida”, já são professores com rica produção de pensamentos.
Esse seleto e privilegiado grupo deve pertencer a um desses mistérios sem explicação lógica.
Ainda assim, me surpreendo com colocações críticas sobre a humanidade, feitas por jovens que ainda estão nos primeiros anos da escola e, muitas vezes não tiveram a oportunidade de ler nem um clássico da nossa literatura.
O cérebro humano não é apenas uma caixinha feita de ossos e recheada de massa encefálica. As suas imensuráveis e até hoje desconhecidas funções, nos fazem acreditar que sem estímulos não há criatividade e - as fábricas de pensamentos não funcionam.
Novas metodologias educacionais necessitam ser empregadas para que através dessas mensagens de sabedoria, possamos construir um mundo melhor.
Não podemos suportar o que vemos hoje em todo Brasil em termos de desordens e desrespeito. A situação é caótica especialmente nos grandes centros como Rio de Janeiro e São Paulo.
A fábrica de pensamentos existe para que seus ensinamentos sejam aplicados em beneficio da sociedade e não resultando em livros de desertas bibliotecas.
O Brasil deseja mudanças. De pessoas e de sistemas.

Gabriel Novis Neves

10-05-2014

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Indecisão

Esse é um dos males que aflige grande parte da humanidade.
Por estar ligado intrinsecamente ao campo das emoções, o processo decisório   é extremamente difícil de ser  elaborado.
Admite-se que relacionamentos familiares tumultuados, principalmente maternos, nos primeiros dois anos de vida sejam os maiores responsáveis pelas dificuldades na vida adulta.
Entretanto, estudos neurocientíficos começam a mostrar que já faz parte ou não do nosso DNA essa dificuldade na tomada de decisões.
A simples dificuldade de escolha  nas coisas mais simples da vida, pode significar alterações emocionais graves, levando até a depressão.
Forma-se assim, um ciclo vicioso em que a depressão passa a agravar o processo decisório.
No fundo, está tudo relacionado a um grande medo de errar, com se na vida, não pudéssemos  voltar atrás e reconstruir a escolha de opções mal direcionadas.
O fato é que pessoas bem mais resolvidas, fazem suas escolhas mais facilmente enquanto outras encontram dificuldade  em coisas triviais tais como  a simples escolha de um prato no cardápio de um restaurante.
Tarefas diminutas, são acompanhadas da sensação de um fracasso eminente. É como se parte do ser tivesse permanecido criança, temeroso  nas suas  preferências.
Comum encontrarmos em pessoas que, pelos mais diferentes motivos, passam a exercer cargos de mando, essa incapacidade decisória. Elas geralmente passam a vida  insatisfeitas com a profissão que exercem, aumentando em muito o seu estresse diário.
Não por acaso é tão grande o número de angustiados com o trabalho que executam.
Sempre que a demanda da vida é muito maior  que  a capacidade  que o nosso sistema nervoso tem de processá-la, nos tornamos mais inseguros e mais indecisos.
Somente um questionamento diário, íntimo e humilde, poderá nos levar a pedir ajuda à outros, sempre  que nos sentirmos incapazes para resolver processos decisórios que julgamos importantes para as nossas vidas e para a coletividade.
Essa falta de humildade é desastrosa no mundo político onde decisões onipotentes incorretas, conseguem algumas vezes, destruir toda uma nação.
A história está aí para comprovar isso.

Gabriel Novis Neves
09-05-2014

OBRIGAÇÕES

Deveres e obrigações fazem parte da nossa vida. Quando criança a escola é a nossa obrigação prioritária ou deveria ser.
Ela nos ensina que temos além das obrigações, deveres e direitos para nos tornarmos cidadãos úteis à pátria. Crescemos e conosco as obrigações.
Na velhice, dizem os filósofos, psicanalistas, eruditos, pessoas de vidas vividas, que estamos livres desse quesito e, daí para frente, nos desvencilhamos das obrigações, especialmente as sociais.
Lindo o grupo fraseológico. Será que isso funciona?
A vida com raríssimas exceções é um rosário de obrigações e explicações sem fim. Parece até que quanto mais  avançamos no tempo mais devemos por esses produtos adquiridos na infância e pagos com juros e correção monetária durante nosso tempo útil de vida.
É quase um aprisionamento de um direito adquirido pelos anos, que pagamos por bom preço o carnê das obrigações.
Por que então essa insistência em se manter, especialmente, em determinadas datas comemorativas  obrigações da lembrança?
Só se for para alimentar a fantasia de algo, que há muito tempo deixou de existir por absoluto desuso.
Maio é um mês emblemático, às vezes superando comercialmente dezembro, mês do nascimento de Jesus.
Aos não agregados a esses  rituais, “não deixar de pelo menos telefonar” para parentes não tão  próximos e conhecidos não tão chegados, algumas vezes se torna mais uma obrigação incômoda.
Duas soluções se apresentam para resolver essa desconfortável situação para alguns.  Uma, utilizando o silêncio que nos protege, mas que não nos faz avançar. Outra é vestir uniforme da hipocrisia e, representar o papel que a sociedade exige.
As obrigações sociais servem única e exclusivamente para manter as aparências de uma coisa que não existe mais ou nunca existiu.
Mas, elas estão aí em toda a sua plenitude.
Haja paciência para encenar a peça da hipocrisia.

Gabriel Novis Neves
10-05-2014

Acupuntura

É uma especialidade médica, amplamente difundida em todo o mundo. Nasceu há cinco mil anos na China onde hoje, disputa espaços com a medicina tecnológica.
É uma modalidade de medicina tradicional.
No ocidente surgiu como alternativa humanística de tratamento, tendo boa aceitação.
Sempre fui um curioso em conhecer outras medicinas, sem preconceitos. Há dois anos a acupuntura faz parte do meu tratamento, uma vez por semana.
Certeza absoluta da sua eficácia tive há poucos dias, quando percebi claramente seus efeitos terapêuticos.
O meu órgão de choque, demonstrava sinais clínicos de exaustão traduzidos em sintomas.
Manifestei a minha médica acupunturista o meu desconforto. Após trinta e quatro minutos do início da terapia, percebi o momento em que as minhas conexões nervosas tinham cedido à milenar ciência oriental.
O desaparecimento das amarras se percebe nitidamente com o desaparecimento dos sintomas.
Percebem-se os efeitos benéficos do tratamento, que melhoram até o final da sessão de cerca de sessenta minutos.
Faço este registro por não entender como um pais com tantas dificuldades no atendimento à saúde pública se dá ao luxo de ignorar essas alternativas científicas, para minorar o sofrimento humano de setenta por cento da nossa população.
Continuamos insistindo na formação de especialistas, criação de inúmeras escolas de medicina e alugando médicos cubanos, para atuarem no Programa Saúde da Família (PSF), pedindo exames complementares de alta complexidade para resolver casos banais.
Enquanto isso, o quadro de penúria da nossa saúde pública continuará.
Nossas escolas médicas na sua maioria estão formando profissionais em doenças. Esse perfil não serve às nossas necessidades.
É urgente que se estimule não com discursos, mas, com financiamentos públicos uma reformulação dos currículos das nossas escolas médicas, motivando e capacitando professores para essa missão.
Isto tem que ser acoplado a uma política pública de fixação desses novos profissionais no interior, através da criação da carreira de médico da área básica.
Tão simples a solução que só depende da vontade política dos nossos governantes e, tão difícil de concretizar!
Por quê?

Gabriel Novis Neves
01-05-2014

sexta-feira, 16 de maio de 2014

A MALDIÇÃO DE DEMÓSTENES

Demóstenes foi um proeminente orador e político grego de Atenas. Aprendeu retórica estudando os discursos dos grandes oradores do seu pais e sua formação cultural era ampla, sendo um apaixonado pelo direito.
Embora fosse gago, se tornou um grande orador.  Participou de uma revolta e como ficou do lado perdedor, foi cercado por soldados. Como era comum nessa época, pratica o suicídio por meio da ingestão de veneno, tudo numa pequena ilha vizinha.
Sua fama de homem ético, correto, intelectual, orador e político, atravessou fronteiras e séculos.
As famílias com acesso aos livros começaram a idolatrar aquela personalidade e, como de hábito até os nossos dias, colocavam em seus filhos o nome dos mitos.
É um nome elitista, mas, ainda encontramos em nosso meio, particularmente entre políticos.
Há pouco tempo existia no nosso Congresso Nacional, um senador com esse nome. Tanto se destacou não só na defesa dos bons costumes  como através de grande erudição, foi credenciado como  o principal nome das oposições para disputar a Presidência da República.
Grande tribuno, com poder de conhecimento, fez escola entre seus colegas mais jovens, encantando a todos.
Era o cara, diziam seus inúmeros seguidores.
Eu estava decidido a votar no sábio do Congresso Nacional, diante de tantas frustrações com as outras categorias profissionais que passaram pelo cargo e pouco ou nada fizeram pelo nosso desenvolvimento.
Quando tudo encaminhava para esse desiderato glorioso, numa dessas operações, sua eminência é capturada pela Polícia Federal.
Abandonado pelos seus inúmeros admiradores que se sentiram traídos, perde o mandato de senador e do outro cargo que conquistara no Poder Judiciário por concurso. Solitário, inicia a luta contra processos judiciais, vivendo no ostracismo.
Por não ser grego, preferiu o suicídio moral ao físico, ficando condenado ao desprezo da nossa população.
Antes de Cristo, os valores eram outros e homens de bem não suportavam a morte moral.
É a história antes de Cristo a nos ensinar nos dias de hoje.
Os investigadores da respeitada Polícia Federal onde o ingresso na corporação é pelo difícil e competitivo concurso, acaba de demonstrar a sua independência, prendendo no Rio de Janeiro um dos diretores da Petrobrás, em uma operação contra a corrupção naquela estatal.
Estamos observando o desenrolar da operação Ararath.
A mídia local já divulgou em linguagem cifrada que só os entendidos traduzem, que um novo Demóstenes caminha para o seu triste destino.
Se isso acontecer, passo a acreditar em certas maldições, que acometem políticos brilhantes.
Na rua comentam sobre uma certa história de “maldição de Demóstenes”.
Torço para que tudo seja um enorme equívoco divulgado nos jornais.
Do contrário, permaneceremos nas mãos dos reconhecidos aproveitadores da falta de estudo da nossa população.

Gabriel Novis Neves
22-04-2014

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Viciado em notícias

É uma nova doença que surgiu neste século, atingindo todos os habitantes do planeta Terra.
O agente causador deste terrível mal é, exclusivamente, do tempo em que vivemos.
É um vício quase que tão nefasto quanto as drogas químicas, causadoras de dependência e destruidoras do cérebro.
Mal sabemos que o excesso de notícias que nos são impostos pelos veículos de comunicação e, a internet através das redes sociais traduz falta de notícias.
Os viciados em notícias ao contrário dos leitores de boas obras literárias, não desejam saber de coisas simples e, sim, sempre de mais notícias independentemente da sua qualidade.
Os editores de jornalismo brigam o tempo todo pela conquista da audiência.
Não acreditam que um leitor de notícias teria paciência para se concentrar por mais de dois minutos em um assunto qualquer.
Em televisão usam a estratégia de notícias de barra, enquanto entrevistam ou apresentam o formal noticiário da grade de horário.
Notícias de barra são fragmentos de notícias, que servem para nutrir os viciados em notícias.
No mundo atual, as notícias tomaram o lugar das religiões o que é lamentável, pois, elas ensinam e transmitem muita sabedoria em seus dogmas.
Nelas encontramos as verdades eternas, como o Natal, Quaresma e Páscoa.
A exclusão da religião pelo mundo atual deixou uma lacuna que foi ocupada pelas notícias.
Os adolescentes estão focados em novas mídias, não leem jornais, revistas e muito menos livros. Contentam-se com os pedaços de notícias.
Viciado em informações do momento, adora ler sobre desastres e tragédias.
Na Grécia antiga, as pessoas adoravam ouvir tragédias, para se tornarem mais civilizados. Sabendo evitá-las poderiam questionar os verdadeiros encantos da vida que são sempre simples.
As notícias não são ruins e sim, mal preparadas para serem vinculadas.
O papel do jornalista não é apenas relatar um fato. Ele precisa criar fatos. Isso as faculdades de jornalismo não ensinam.
Não é por acaso que um dos maiores jornalistas brasileiros (Nelson Rodrigues) era dramaturgo.
Veio do futebol onde era obrigado a criar fatos. Isso ele fazia com perfeição.
Os frequentadores de noticiários geram inveja. Traduzem sucesso e isso é imperdoável.
Criaram-se as celebridades onde fama e glamour são necessários.
O antídoto para o viciado em notícias seria a sua desconecção desse mal, com vinte minutos diários de leitura de um bom livro.

Gabriel Novis Neves
02-05-2014