Embora
as eleições estejam marcadas para depois da Copa do Mundo, a luta pelo poder já
ocupa mais espaços na mídia que o evento da FIFA.
Os
jogadores já foram selecionados para os jogos, aguardando os treinos oficiais
na Granja dos Sonhos e o dia para entrar em campo. Futebol é organizado e tem
prazos e datas que devem ser respeitados
Na
luta pela conquista do poder político nada ainda foi resolvido. Os interesses
pessoais são tantos que a decisão ficará para os últimos minutos.
Aqui,
os sojicultores não chegaram a um consenso na escolha dos seus representantes,
tanto na chapa da situação como da oposição. Só aceitam cargos que têm direito
à janelinha.
Nada
de pedir voto, fazer caminhadas, visitar municípios sem pista de asfalto para
jatinhos e tapinhas nas costas. A política para essa gente se faz com pasta e
contratos. Entenderam?
A
próxima campanha eleitoral promete ser uma das mais caras da nossa história. Só
com muita “conversa” alguém irá perder o seu domingo, dia de pescaria e
churrasco, para participar de uma farsa.
Só
mesmo prósperos e abnegados fazendeiros para enfrentar o desafio das urnas em
momento de convulsão social.
Não
se ouve falar em plano de governo, mas, com certeza, firmas especializadas
farão belos, ricos e poucos exemplares para decorar a mesa de debates na
televisão.
Muitos
candidatos majoritários que ganharam eleições me confessaram que nunca leram o
plano de seu governo, adquirido pelo indispensável marqueteiro.
Nosso
problema não é com pessoas, é com um sistema político arcaico feito para
privilegiar poucos.
Isso,
aliado ao descrédito da classe política, está nos levando por caminhos
perigosos. As manifestações de rua, greves de agentes públicos e trabalhadores
são um sério sinal de uma doença social.
Prefeitos
de todo o Brasil realizaram uma marcha em Brasília implorando socorro aos
nossos legisladores e, principalmente, ao chefe do poder executivo, por uma
mudança na injusta e cruel distribuição de receitas aos municípios,
responsáveis pelo sucesso das políticas governamentais.
Esse
sistema vigente tem de ser mudado para o desenvolvimento desta nação.
Alguém
acredita que essa norma constitucional será mudada? Ficará tudo como está após
as eleições.
Nos
debates os candidatos prometerão que todos os nossos problemas serão
resolvidos. Após a apuração dos votos passa a valer o loteamento do poder por
critérios onde méritos para seus ocupantes não são considerados.
Não
há como o brasileiro se empolgar com projetos eleitoreiros.
O
Brasil precisa de humildade dos seus governantes e olhos nas nações que nos
ultrapassaram, mesmo sem o potencial econômico que possuímos.
Gabriel
Novis Neves
14-05-2014
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