Recebi
da presidente do Sindicato dos Médicos de MT importantes dados do Tribunal de
Contas da União (TCU) que retrata o estado de calamidade pela qual passa a
nossa Saúde Pública.
Informações
impressionantes e recentes demonstram a ausência total do governo neste
importante setor social, descumprindo normas constitucionais que deveriam ser
respeitadas. A nossa Carta Magna diz claramente que “Saúde é direito de todos e
dever do Estado”.
A
nossa realidade é bem diferente.
A
cada duas horas um leito hospitalar é fechado no Sistema Único de Saúde (SUS),
mantendo a saúde pública como o nosso maior problema. A taxa de reprovação
popular é, em média, de setenta por cento, e com razão.
Lamentavelmente,
no Palácio do Planalto a visão não é essa, e sim, de uma euforia de conquistas
sem precedentes com o aluguel de médicos cubanos por prazo determinado.
Na
verdade, este governo passou o seu mandato desativando doze leitos hospitalares
por dia, segundo pesquisa do Ibope realizada em dezembro passado. Em um país
onde, de dez brasileiros sete dependem integralmente da rede pública de
serviços, este quadro é uma verdadeira calamidade pública.
Esse
filme de terror já foi visto aqui em nosso Estado. Tanto é assim que um
governador já ganhou o prêmio de maior “fechador” de hospitais da nossa
história e de “diminuidor” de leitos hospitalares públicos e privados.
Técnicos
do TCU nos últimos doze meses visitaram cento e dezesseis hospitais do Rio
Grande do Sul ao Amapá. Após as visitas,
chegaram à conclusão que “falta governo na saúde pública”.
As
estruturas físicas são obsoletas e inadequadas, o atendimento médico não é
humanizado, a desorganização na compra de medicamentos é alarmante, cujos
preços, na maioria das unidades, estão acima da média internacional.
A
falta de medicamentos essenciais é uma constante, e este marcador é o maior
avaliador do compromisso social de um governo.
A
atenção dos técnicos visitadores também foi calcada no desperdício do dinheiro
público em determinados programas institucionais inventados por marqueteiros.
Exemplo
disso: o falido projeto do cartão SUS. Duzentos e cinquenta milhões de reais
foram jogados no esgoto, dele restando somente um cadastro de endereços de
usuários.
O
preocupante para quem não está no topo da pirâmide econômica do poder - a
grande maioria - é ter de assistir passivamente o entra sai de governo de incompetentes
e oportunistas, que faz com que "avancemos"... caminhando para trás.
A
esperança de um país mais justo, voltado para as causas sociais, está ficando
na linha do horizonte.
Saúde
voltará a ser lembrada somente no Horário Político Gratuito do Tribunal
Superior Eleitoral.
Belos
e emocionantes discursos de promessa serão apresentados em defesa da nossa
moribunda saúde pelos candidatos, cuja validade termina com abertura das urnas
eletrônicas.
Depois
tudo volta a mesma inhanha.
Até
quando suportaremos humilhações?
As
inúmeras manifestações de rua traduzem a impaciência da nossa população com
tamanho desdém das autoridades com a coisa pública
A
Copa do Mundo com seus gastos fora do controle tende a produzir tensões sociais
durante os jogos.
É
incrível saber que o destino desta riquíssima nação depende do resultado do
futebol.
Enfim,
plantamos, e estamos colhendo.
Gabriel
Novis Neves
30-04-2014
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