Impressionante
a divulgação do número crescente de bilionários no mundo feita pela revista
Forbes.
Em
um momento em que grande parte da humanidade lida com a miséria e a fome,
revelações como essa se mostra absolutamente surreais.
Fotos
de crianças africanas, disseminadas em todos os meios de comunicação mundiais,
é motivo de vergonha e constrangimento para todas as pessoas de mediana
sensibilidade.
Não
consigo imaginar como alguém, em sã consciência, pode ter prazer na divulgação de
sua fortuna. O fato de possuí-la já deveria ser um grande incômodo nos dias
atuais. Mas parece que a vaidade é mesmo um sentimento que predomina sobre
todos os demais.
Alguns
pouquíssimos bilionários já se preocupam com a chamada “promessa de doação”. Dentre
esses estariam Buffet e Bill Gates. São os dois maiores que teriam doações
sociais pré-determinadas de 50% dos seus bens logo após a sua morte.
Quem
sabe essa seria a maneira de minimizar as suas culpas, nesse grande quintal de
injustiças que permeia o planeta Terra.
Atualmente,
segundo a revista Forbes, são mais de 1.600 no mundo todo. Nós brasileiros,
sempre muito competidores em todos os níveis, temos uma bela razão para
orgulho, pois passamos de 43 indivíduos que fizeram parte da lista em 2013,
para 67 em 2014.
Importante
notar que esses são os que se deixam expor, já que a revista mantém um critério
de descrição com os bilionários que não querem aparecer, por motivo de
segurança.
Fatos
como esses servem de caldo de cultura para o recrudescimento da violência
mundial.
A
tão esperada divisão justa de renda não é coisa ainda para o nosso século.
O
que causa espanto, e certa revolta, é que os querem aparecer nas estatísticas,
justificam apenas uma preocupação: com a sua própria segurança e de sua
família. Nunca qualquer tipo de preocupação social.
Existe
até um pequeno grupo que se vangloria de sua posição justificando que, nesse
patamar, tem condições “de fazer várias pessoas felizes”.
A
tônica geral da grande maioria dos bilionários é que para se chegar lá, é
preciso coragem para assumir grandes riscos. Enfim, seriam mais ou menos
jogadores atrevidos, representantes típicos do mundo capitalista.
Não
esquecer que vivemos num grande cassino, em que a Bolsa de Valores é o grande
templo. Vários filmes premiados tem
mostrado essa realidade com minúcias.
Com
frequência o dinheiro, tal como uma bailarina, fica no ar, e apenas os que
propiciam essas jogadas usufruem de lucros desmedidos.
Uma
parcela menor seria formada pelos herdeiros de grandes fortunas.
Apenas
uma pequeníssima minoria viria de classes mais baixas, que uniu três fatores:
correr riscos, muita sorte e muito trabalho.
Como
o verbo ganhar é bitransitivo, quem ganha, ganha alguma coisa de alguém.
Por um raciocínio lógico, alguém perdeu.
Quem
será?
Gabriel
Novis Neves
17-03-2014
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