É
uma nova doença que surgiu neste século, atingindo todos os habitantes do
planeta Terra.
O
agente causador deste terrível mal é, exclusivamente, do tempo em que vivemos.
É
um vício quase que tão nefasto quanto as drogas químicas, causadoras de
dependência e destruidoras do cérebro.
Mal
sabemos que o excesso de notícias que nos são impostos pelos veículos de
comunicação e, a internet através das redes sociais traduz falta de notícias.
Os
viciados em notícias ao contrário dos leitores de boas obras literárias, não
desejam saber de coisas simples e, sim, sempre de mais notícias
independentemente da sua qualidade.
Os
editores de jornalismo brigam o tempo todo pela conquista da audiência.
Não
acreditam que um leitor de notícias teria paciência para se concentrar por mais
de dois minutos em um assunto qualquer.
Em
televisão usam a estratégia de notícias de barra, enquanto entrevistam ou
apresentam o formal noticiário da grade de horário.
Notícias
de barra são fragmentos de notícias, que servem para nutrir os viciados em
notícias.
No
mundo atual, as notícias tomaram o lugar das religiões o que é lamentável,
pois, elas ensinam e transmitem muita sabedoria em seus dogmas.
Nelas
encontramos as verdades eternas, como o Natal, Quaresma e Páscoa.
A
exclusão da religião pelo mundo atual deixou uma lacuna que foi ocupada pelas
notícias.
Os
adolescentes estão focados em novas mídias, não leem jornais, revistas e muito
menos livros. Contentam-se com os pedaços de notícias.
Viciado
em informações do momento, adora ler sobre desastres e tragédias.
Na
Grécia antiga, as pessoas adoravam ouvir tragédias, para se tornarem mais
civilizados. Sabendo evitá-las poderiam questionar os verdadeiros encantos da
vida que são sempre simples.
As
notícias não são ruins e sim, mal preparadas para serem vinculadas.
O
papel do jornalista não é apenas relatar um fato. Ele precisa criar fatos. Isso
as faculdades de jornalismo não ensinam.
Não
é por acaso que um dos maiores jornalistas brasileiros (Nelson Rodrigues) era
dramaturgo.
Veio
do futebol onde era obrigado a criar fatos. Isso ele fazia com perfeição.
Os
frequentadores de noticiários geram inveja. Traduzem sucesso e isso é
imperdoável.
Criaram-se
as celebridades onde fama e glamour são necessários.
O
antídoto para o viciado em notícias seria a sua desconecção desse mal, com
vinte minutos diários de leitura de um bom livro.
Gabriel
Novis Neves
02-05-2014
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