Não
foi por falta de planejamento que chegamos à Copa do Mundo sem nenhuma obra na
importante área do turismo.
Os
jornalistas estrangeiros diariamente vasculham esta cidade e saem decepcionados
com tudo que veem, especialmente com o mau trato da nossa história e belezas
naturais.
A
propaganda negativa da nossa capital e Estado atingiu milhões de pessoas deste
Planeta.
Neste
corre-corre dos últimos dias, os cuidados com o turismo na nossa Região
Metropolitana ficaram reduzidos à limpeza de algumas praças públicas e pintura
do meio fio das calçadas esburacadas dos corredores mais visíveis.
Nada
do planejamento realizado após a posse do governador, com incontáveis viagens
internacionais e nacionais, saiu do diário de viagem.
Recuperação
do nosso Centro Histórico, revitalização dos nossos museus, teatro,
bibliotecas, cinemas, núcleo de documentação histórica regional, orquestra
sinfônica, coral, centro geodésico da América do Sul, a reurbanização do Bairro
do Porto, onde nasceu Cuiabá, com o seu rio histórico morrendo por descaso das
nossas autoridades, nada foi feito.
O
aeroporto, que causa a primeira impressão, está mais parecido com os de cidades
em guerra.
É
uma tragédia chegar até Cuiabá, passando por desvios, buracos e bretões.
Mesmo
o campo de futebol onde os quatro jogos serão realizados, corre o risco de não
possuir assentos, mais um atrativo para os turistas, que também ficarão
encantados com uns metros de trilhos do VLT no viaduto da universidade.
Irão
à loucura para entender o porquê da colocação daqueles ferros.
Existirão
milhares de voluntários trabalhando sem ônus para a FIFA, que não é uma
instituição filantrópica, e sim, uma indústria de ganhar dinheiro.
Equipamentos
sociais, como uma habilitada rede hospitalar não temos e, me preocupam as
indenizações que o Estado pagará, pois, os turistas virão com seguro saúde que
lhes dão direito em alojamentos de hospitais particulares. Infelizmente
isso não temos, nem para atender a
demanda local.
O
serviço público não possui médicos e leitos hospitalares para simples
atendimentos.
Hotéis
e restaurantes insuficientes, e as cidades turísticas próximas à Cuiabá não
foram preparadas para o evento.
Vamos
passar vergonha e, planejamentos sem recursos, nem sempre se convertem em
benefícios.
Quanto
custou aos cofres públicos esse abortado planejamento?
Não
tenho a mínima ideia, mas, tenho o direito de saber.
A
sorte está lançada, e a corda, mais uma vez, arrebentará do lado mais fraco,
que é a do contribuinte.
Gabriel Novis Neves
26-04-2014
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