segunda-feira, 19 de maio de 2014

OBRIGAÇÕES

Deveres e obrigações fazem parte da nossa vida. Quando criança a escola é a nossa obrigação prioritária ou deveria ser.
Ela nos ensina que temos além das obrigações, deveres e direitos para nos tornarmos cidadãos úteis à pátria. Crescemos e conosco as obrigações.
Na velhice, dizem os filósofos, psicanalistas, eruditos, pessoas de vidas vividas, que estamos livres desse quesito e, daí para frente, nos desvencilhamos das obrigações, especialmente as sociais.
Lindo o grupo fraseológico. Será que isso funciona?
A vida com raríssimas exceções é um rosário de obrigações e explicações sem fim. Parece até que quanto mais  avançamos no tempo mais devemos por esses produtos adquiridos na infância e pagos com juros e correção monetária durante nosso tempo útil de vida.
É quase um aprisionamento de um direito adquirido pelos anos, que pagamos por bom preço o carnê das obrigações.
Por que então essa insistência em se manter, especialmente, em determinadas datas comemorativas  obrigações da lembrança?
Só se for para alimentar a fantasia de algo, que há muito tempo deixou de existir por absoluto desuso.
Maio é um mês emblemático, às vezes superando comercialmente dezembro, mês do nascimento de Jesus.
Aos não agregados a esses  rituais, “não deixar de pelo menos telefonar” para parentes não tão  próximos e conhecidos não tão chegados, algumas vezes se torna mais uma obrigação incômoda.
Duas soluções se apresentam para resolver essa desconfortável situação para alguns.  Uma, utilizando o silêncio que nos protege, mas que não nos faz avançar. Outra é vestir uniforme da hipocrisia e, representar o papel que a sociedade exige.
As obrigações sociais servem única e exclusivamente para manter as aparências de uma coisa que não existe mais ou nunca existiu.
Mas, elas estão aí em toda a sua plenitude.
Haja paciência para encenar a peça da hipocrisia.

Gabriel Novis Neves
10-05-2014

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