Deveres
e obrigações fazem parte da nossa vida. Quando criança a escola é a nossa
obrigação prioritária ou deveria ser.
Ela
nos ensina que temos além das obrigações, deveres e direitos para nos tornarmos
cidadãos úteis à pátria. Crescemos e conosco as obrigações.
Na
velhice, dizem os filósofos, psicanalistas, eruditos, pessoas de vidas vividas,
que estamos livres desse quesito e, daí para frente, nos desvencilhamos das
obrigações, especialmente as sociais.
Lindo
o grupo fraseológico. Será que isso funciona?
A
vida com raríssimas exceções é um rosário de obrigações e explicações sem fim.
Parece até que quanto mais avançamos no
tempo mais devemos por esses produtos adquiridos na infância e pagos com juros
e correção monetária durante nosso tempo útil de vida.
É
quase um aprisionamento de um direito adquirido pelos anos, que pagamos por bom
preço o carnê das obrigações.
Por
que então essa insistência em se manter, especialmente, em determinadas datas
comemorativas obrigações da lembrança?
Só
se for para alimentar a fantasia de algo, que há muito tempo deixou de existir
por absoluto desuso.
Maio
é um mês emblemático, às vezes superando comercialmente dezembro, mês do
nascimento de Jesus.
Aos
não agregados a esses rituais, “não
deixar de pelo menos telefonar” para parentes não tão próximos e conhecidos não tão chegados,
algumas vezes se torna mais uma obrigação incômoda.
Duas
soluções se apresentam para resolver essa desconfortável situação para
alguns. Uma, utilizando o silêncio que
nos protege, mas que não nos faz avançar. Outra é vestir uniforme da hipocrisia
e, representar o papel que a sociedade exige.
As
obrigações sociais servem única e exclusivamente para manter as aparências de
uma coisa que não existe mais ou nunca existiu.
Mas,
elas estão aí em toda a sua plenitude.
Haja
paciência para encenar a peça da hipocrisia.
Gabriel
Novis Neves
10-05-2014
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