terça-feira, 13 de maio de 2014

Partido da soja

O majoritário aqui em Mato Grosso é o “Partido da Soja", chamado também do "Agronegócio”, que se encontra infiltrado em inúmeras siglas menores.
Todos os candidatos a cargos majoritários sonham em ter um representante desse forte segmento econômico.
São paparicados, inclusive, pela ex-presidente do Conselho de Administração da Petrobrás na época da compra da refinaria no Texas (USA).
Imagine que este ano ela já fez várias visitas às fazendas de soja e nenhuma à nossa Universidade Federal, demonstrando claramente a prioridade do seu governo.
Até para inaugurar um campo de futebol inacabado e sem público ela compareceu.
É apreciar muito a ideologia desses abnegados fazendeiros que sabemos como ocuparam as nossas matas transformando-as em imensas plantações e pastos.
Até o dito chamado candidato das oposições ao governo do Estado, quer entregar o cargo de vice-governador, que não precisa de votos para se eleger, apenas de muita grana, a um dos mais importantes quadros do partido da soja.
Tarefa oportuna para pesquisadores e cientistas sociais estudarem para tese de doutorado.
O chamado líder maior do grupo capitalista ligado ao socialista “comandante de Cuba”, já declarou que teme que Mato Grosso mude de comando após doze anos de desastres sociais, para alguém não ligado ao agronegócio.
O pavor é que assumam o comando deste Estado pessoas interessadas em explicar certas operações passadas e que invistam prioritariamente em educação e saúde.
Os integrantes do partido da soja acham que sem eles o Estado entra em derrocada!
Santa pretensão!
Sabem que para uma campanha pobre ao governo do Estado, o pregão inicia-se com o mínimo de cem milhões de reais, quantia só possuída pelos exploradores das nossas terras e matas.
Até quando seremos este “estado curral” agora enriquecido por plantadores de sementes transgênicas alimentadas por agrotóxicos?
Que partido diferente é este que no Congresso Nacional é chamado e temido como “Bancada Ruralista”?
Resposta para os estudiosos em ciências sociais sobre a ocupação desordenada dos nossos biomas.

Gabriel Novis Neves
06-05-2014

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