terça-feira, 27 de maio de 2014

Manifestações

São demonstrações de aprovação ou desaprovação de alguma medida tomada pelo poder público.
Às vésperas de uma festa como a Copa do Mundo é estranho que professores, médicos, motoristas, policiais, trabalhadores em geral, saiam às ruas das principais capitais do Brasil, todas subsedes dos jogos, para manifestações que demonstram a não aprovação pelos gastos excessivos de recursos públicos  no certame de futebol.
Sabe-se que há um sucateamento da saúde, da educação, dos salários, dos transportes de massa e, principalmente, da segurança.
Vivemos um momento de absoluta selvageria, onde os indivíduos começam a fazer justiça com as suas próprias mãos.
Isso caracteriza uma total falência de um estado democrático.
Movimentos sociais se fazem presentes com as suas bandeiras vermelhas.
Todos do governo esperavam aplausos da população nestes dias que precedem a chegada de milhares de turistas para a festa maior do futebol.
No entanto, não é isso que está ocorrendo. O que vemos pelas redes de televisão é que nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, Cuiabá, entre outras, estão ocorrendo fortes protestos de rua contra os gastos inoportunos da Copa.
O medo tomou conta da nossa população, e as agências de notícias internacionais desde há muito se encarregaram de esclarecer sobre aquilo que os turistas irão encontrar por aqui.
Paira no ar certa intranquilidade com este explícito conflito social represado por anos de sofrimentos.
Governar é decidir sobre as prioridades nacionais dentro das nossas possibilidades.
Infelizmente, a irresponsabilidade e um inexplicável delírio de grandeza, fizeram com que os  nossos governantes de plantão escolhessem o caminho dos holofotes.
O nosso delírio chegou ao ponto de exigirmos doze cidades sede, quando, até então, oito seriam suficientes.
Só o custo desses estádios, chamados pela FIFA de Arenas, engoliu muitos programas sociais inadiáveis.
Como afirmou o “fifeiro” Ronaldo Fenômeno, “Copa do Mundo não se faz com a construção de hospitais.”
O “pobre” Catar, que por ser rico foi escolhido pela FIFA para sediar a Copa de 2022, já avisou que cumprirá com todas as obrigações da cartilha da multinacional do futebol no prazo previsto pelo cronograma de obrigações, porém, só construirá oito Arenas o suficiente para o torneio. Nada de esbanjamento.
A situação aqui é preocupante e devemos estar preparados e prevenidos para um possível confronto da população civil em suas democráticas manifestações de insatisfação.
Apelamos para a razão da nossa gente, e torçamos para que tudo acabe bem - com o Brasil Campeão.
Da crise social trataremos no período eleitoral.
Agora, tudo é festa.

Gabriel Novis Neves
15-05-2014

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