São
demonstrações de aprovação ou desaprovação de alguma medida tomada pelo poder
público.
Às
vésperas de uma festa como a Copa do Mundo é estranho que professores, médicos,
motoristas, policiais, trabalhadores em geral, saiam às ruas das principais
capitais do Brasil, todas subsedes dos jogos, para manifestações que demonstram
a não aprovação pelos gastos excessivos de recursos públicos no certame de futebol.
Sabe-se
que há um sucateamento da saúde, da educação, dos salários, dos transportes de
massa e, principalmente, da segurança.
Vivemos
um momento de absoluta selvageria, onde os indivíduos começam a fazer justiça
com as suas próprias mãos.
Isso
caracteriza uma total falência de um estado democrático.
Movimentos
sociais se fazem presentes com as suas bandeiras vermelhas.
Todos
do governo esperavam aplausos da população nestes dias que precedem a chegada
de milhares de turistas para a festa maior do futebol.
No
entanto, não é isso que está ocorrendo. O que vemos pelas redes de televisão é
que nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, Cuiabá, entre
outras, estão ocorrendo fortes protestos de rua contra os gastos inoportunos da
Copa.
O
medo tomou conta da nossa população, e as agências de notícias internacionais
desde há muito se encarregaram de esclarecer sobre aquilo que os turistas irão
encontrar por aqui.
Paira
no ar certa intranquilidade com este explícito conflito social represado por anos
de sofrimentos.
Governar
é decidir sobre as prioridades nacionais dentro das nossas possibilidades.
Infelizmente,
a irresponsabilidade e um inexplicável delírio de grandeza, fizeram com que
os nossos governantes de plantão
escolhessem o caminho dos holofotes.
O
nosso delírio chegou ao ponto de exigirmos doze cidades sede, quando, até
então, oito seriam suficientes.
Só
o custo desses estádios, chamados pela FIFA de Arenas, engoliu muitos programas
sociais inadiáveis.
Como
afirmou o “fifeiro” Ronaldo Fenômeno, “Copa do Mundo não se faz com a
construção de hospitais.”
O
“pobre” Catar, que por ser rico foi escolhido pela FIFA para sediar a Copa de
2022, já avisou que cumprirá com todas as obrigações da cartilha da
multinacional do futebol no prazo previsto pelo cronograma de obrigações,
porém, só construirá oito Arenas o suficiente para o torneio. Nada de
esbanjamento.
A
situação aqui é preocupante e devemos estar preparados e prevenidos para um
possível confronto da população civil em suas democráticas manifestações de
insatisfação.
Apelamos
para a razão da nossa gente, e torçamos para que tudo acabe bem - com o Brasil
Campeão.
Da
crise social trataremos no período eleitoral.
Agora,
tudo é festa.
Gabriel
Novis Neves
15-05-2014
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