segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Dilma vai saber!


O ministro braço direito da Presidente, como é apresentado por aqui o ministro chefe da Secretaria Geral da Presidência, mais uma vez veio à capital de Mato Grosso pedir votos e arrecadar recursos em jantar político para o seu candidato a prefeito.
Avisou à ‘enlouquecida’ plateia que ouvia o seu discurso, sobre a importância da tese do alinhamento político para uma boa administração e que os nossos históricos problemas serão resolvidos por telepatia.
Prefeito alinhado pensou em recursos e eles, automaticamente, serão depositados na conta do município.
Essa tese só terá validade para os novos prefeitos eleitos dentro dessa nova mania de governar. Para o governo do Estado ela não vale, exceção feita aos do nordeste.
Mato Grosso provou que tem excesso de arrecadação e que ficará administrando as suas riquezas sem incomodar o governo federal.
Prometeu ainda o ministro braço direito da Presidente, que irá comunicar ao Planalto sobre o comportamento dos aliados da base de sustentação em âmbito federal.
Irá dedar a Presidente dois senadores da base, que votam matéria do interesse do Palácio do Planalto, mas que não estão obedecendo por aqui.
O do PDT cometeu a traição de pedir ao governador alinhado, principal apoiador do candidato do PT em Cuiabá, que fizesse os repasses de recursos para a nossa comatosa saúde pública.
O Estado tem tanto dinheiro, que repassou milhões de reais para custeio à Assembleia Legislativa, alegando excesso de arrecadação.
Nada de anormal, mas injustificável deixar a saúde à míngua dizendo que não há recurso orçamentário.
A verdade é que o prefeito de Cuiabá não está alinhado, e quem paga o pato são os pacientes do Estado e, principalmente, Cuiabá.
O meu bom Lúdio, que já deu demonstração que não é alinhado, muito menos tutelado, mas recebeu ordens superiores para se calar, mesmo sendo médico, com receio de contrariar o seu cabo eleitoral número um.
Quê situação, hem Lúdio?
Você que sempre lutou pela saúde pública e pelos pobres, em disputa pelo poder, simplesmente se esconde desse verdadeiro drama social que assola esta cidade.
Faça como em 2003, quando ainda não vereador, angariou respeito dos trabalhadores da saúde desalinhando do seu partido.
Voltando ao braço direito da Presidente. No seu discurso reconheceu a existência do mensalão: “Foi apenas uma falha comum, restrita, que não representa o conjunto do PT”.
Bela definição, mas, segundo o Ministro do Supremo Tribunal Federal, relator do processo, o Mensalão “foi o maior assalto aos cofres públicos patrocinado por agentes públicos.”
A Presidente entende muito de matemática e nada de teologia. Perder o apoio de dois senadores da base (PR e PDT) jamais irá aceitar. Ainda mais comprar uma briga com o presidente do PSB, que em Recife deixou o candidato do alinhamento em terceiro lugar, sendo o seu candidato vencedor no primeiro turno.
Essa bravata do braço direito da Presidência é um daqueles compromissos esquecido no puxadinho do Aeroporto de Várzea-Grande.
Outros ministros do alinhamento político nos visitarão até as eleições e, mesmo sabendo da situação da nossa saúde pública, nenhuma providência será tomada.
E o nosso bom Lúdio continuará caladinho.
Eleição faz bem à democracia e, principalmente, ao humor.

Gabriel Novis Neves
17-10-2012

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