O
ministro braço direito da Presidente, como é apresentado por aqui o ministro
chefe da Secretaria Geral da Presidência, mais uma vez veio à capital de Mato
Grosso pedir votos e arrecadar recursos em jantar político para o seu candidato
a prefeito.
Avisou
à ‘enlouquecida’ plateia que ouvia o seu discurso, sobre a importância da tese
do alinhamento político para uma boa administração e que os nossos históricos
problemas serão resolvidos por telepatia.
Prefeito
alinhado pensou em recursos e eles, automaticamente, serão depositados na conta
do município.
Essa
tese só terá validade para os novos prefeitos eleitos dentro dessa nova mania
de governar. Para o governo do Estado ela não vale, exceção feita aos do
nordeste.
Mato
Grosso provou que tem excesso de arrecadação e que ficará administrando as suas
riquezas sem incomodar o governo federal.
Prometeu
ainda o ministro braço direito da Presidente, que irá comunicar ao Planalto
sobre o comportamento dos aliados da base de sustentação em âmbito federal.
Irá
dedar a Presidente dois senadores da base, que votam matéria do interesse do
Palácio do Planalto, mas que não estão obedecendo por aqui.
O
do PDT cometeu a traição de pedir ao governador alinhado, principal apoiador do
candidato do PT em Cuiabá, que fizesse os repasses de recursos para a nossa
comatosa saúde pública.
O
Estado tem tanto dinheiro, que repassou milhões de reais para custeio à
Assembleia Legislativa, alegando excesso de arrecadação.
Nada
de anormal, mas injustificável deixar a saúde à míngua dizendo que não há
recurso orçamentário.
A
verdade é que o prefeito de Cuiabá não está alinhado, e quem paga o pato são os
pacientes do Estado e, principalmente, Cuiabá.
O
meu bom Lúdio, que já deu demonstração que não é alinhado, muito menos
tutelado, mas recebeu ordens superiores para se calar, mesmo sendo médico, com
receio de contrariar o seu cabo eleitoral número um.
Quê
situação, hem Lúdio?
Você
que sempre lutou pela saúde pública e pelos pobres, em disputa pelo poder,
simplesmente se esconde desse verdadeiro drama social que assola esta cidade.
Faça
como em 2003, quando ainda não vereador, angariou respeito dos trabalhadores da
saúde desalinhando do seu partido.
Voltando
ao braço direito da Presidente. No seu discurso reconheceu a existência do
mensalão: “Foi apenas uma falha comum, restrita, que não representa o
conjunto do PT”.
Bela
definição, mas, segundo o Ministro do Supremo Tribunal Federal, relator do
processo, o Mensalão “foi o maior assalto aos cofres públicos patrocinado
por agentes públicos.”
A
Presidente entende muito de matemática e nada de teologia. Perder o apoio
de dois senadores da base (PR e PDT) jamais irá aceitar. Ainda mais comprar uma
briga com o presidente do PSB, que em Recife deixou o candidato do alinhamento
em terceiro lugar, sendo o seu candidato vencedor no primeiro turno.
Essa
bravata do braço direito da Presidência é um daqueles compromissos esquecido no
puxadinho do Aeroporto de Várzea-Grande.
Outros
ministros do alinhamento político nos visitarão até as eleições e, mesmo
sabendo da situação da nossa saúde pública, nenhuma providência será tomada.
E
o nosso bom Lúdio continuará caladinho.
Eleição
faz bem à democracia e, principalmente, ao humor.
Gabriel Novis Neves
17-10-2012
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