segunda-feira, 29 de outubro de 2012

MANIAS


Na época anterior à bossa nova, o samba canção ‘Manias’, cujo crédito foi dado a Flávio Cavalcanti e gravado pelos maiores cantores brasileiros, fez muito sucesso.
Música da mais pura fossa, propícia para ser ouvida de madruga em pequenos espaços.
Vivi com intensidade esse tempo das inúmeras manias que tinha.
Pois bem. Não sei a razão porque certos políticos, sem a menor formação cristã, em seus pronunciamentos e aconselhamentos pagos pela rubrica ‘Informe Publicitário’, têm a mania de usar o nome de Deus em vão, o que é pecado.
E o pior é que, para finalizar a leitura do texto que lhe é preparado, ele abençoa os infelizes ouvintes em nome de Deus.
Tenha a santa paciência!
O pagador de impostos corre o risco de ouvir rádio pela manhã e ser abençoado por pecador oficial. Pecar logo pela manhã faz mal à saúde.
Como os interesses comerciais no faturamento dessas falas são imensos, o governo tem que deixar a mania de falar que não cumpre com as suas obrigações constitucionais por falta de recursos.
Eles existem e estão sendo mal utilizados.
Essa mania do gestor executivo de “encher o saco” dos ouvintes é recente. Foi produto do alinhamento da merenda para a mídia, ou a tradicional taxa de zelo.
Em um Estado tão necessitado de investimentos sociais, gastamos verdadeiras fortunas com publicidade oficial para convencer o contribuinte que aquilo que não existe, existe.
A credibilidade das informações diárias está abaixo da linha da terra da ética e respeito com a humanidade.
A idolatria da mediocridade virou uma mania nacional.
Pelo menos nos livre da falsidade da bênção. Nossa gente não merece mais esta mania.

Gabriel Novis Neves
27-10-2012

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