Nos
últimos dias que antecederam as eleições para prefeito em Cuiabá, em segundo
turno, uma série de coisas e pessoas exóticas surgiu por aqui.
Uma
enxurrada de ameaças é feita à nossa gente. Tranquilamente, os de tchapa e cruz
aguardaram o momento do troco.
Até
a obscura ministra do Planejamento, imaginando que não seria identificada por
esse povo, se arriscou a uma fuga do seu gabinete em Brasília para dizer
tolices.
Defendeu
a primária tese do alinhamento político que não é apoiada nem por ‘Deus’.
Mentiu
quando, menosprezando a nossa inteligência, disse que o ex-prefeito de Cuiabá
(não alinhado) queimou trezentos milhões de reais de um programa virtual
chamado PAC I e PAC II.
Finalmente
o mais grave: diante do silêncio dos alinhados, disse que o trem do Vuolo não
virá tão cedo para Cuiabá.
Teremos
que nos contentar com o trem para Cuiabá do enredo da Sapucaí. Aquele
cujos recursos estão sendo bancados com o excesso de arrecadação.
Já
que o desmoralizado governo federal, que há mais de trinta anos promete a
chegada do trem de ferro para a nossa capital e, sempre após as promessas
eleitorais, nem discutem mais o assunto, a Escola de Samba da Estação Primeira
de Mangueira, resolveu trazer o sonho de gerações de cuiabanos para esta
capital.
Toda
a velha guarda da Mangueira – Cartola, Nelson do Cavaquinho, Nelson Sargento,
Jamelão, dona Zica entre outros, participarão da viagem inaugural.
Será
uma beleza visual, onde tudo terminará na terça-feira de carnaval.
Com
relação ao que tanto almejamos é bom tirarmos o cavalinho da chuva.
A
ministra tão nossa conhecida, e temida pelos cortes em nosso orçamento e
necessidades, prometeu (ninguém acreditou) pensar seriamente em agilizar, com a
ajuda do seu irmão ministro e braço direito da presidente, a “assinatura de um
contrato para estudos de viabilidade econômica do projeto da estrada de ferro
para Cuiabá”.
Deixou
também bem claro que esse contrato só será acionado quando houver folga no
orçamento, pois esse projeto não é prioritário.
Os
estudos serão realizados pela Universidade Federal de Santa Catarina, numa
demonstração explícita que o governo federal não confia na excelência da nossa
quarentona UFMT.
A
prioridade seria eleger o candidato do seu partido à prefeitura, para o “povo
absolver os condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF)”.
Por
enquanto, o único trem que virá a Cuiabá será aquele que partirá durante a
folia de Momo da Estação Primeira de Mangueira.
O
de ferro iria depender da vitória do candidato do alinhamento. Diante da
estrondosa derrota, estamos conversados.
Quê
situação! Viver em um país tão atrasado como o nosso e ser governado por gente
tão amplamente despreparada.
Gabriel Novis Neves
29-10-2012
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