Quando
escrevo que vivemos em um país maravilhoso da mentirinha, muitos apaixonados
pelo estilo ‘chaveano’ de governar sentem-se ofendidos.
Mas
não tem jeito mesmo. A última gozação do ministro-campineiro-da saúde foi
anunciar um novo e revolucionário programa de saúde pública.
O
ministério da doença do Brasil irá implantar em algumas cidades do país a
cirurgia para redução do estômago das crianças, evitando a obesidade infantil.
A
vontade que tive ao tomar conhecimento desse projeto lançado no Dia das
Crianças foi a de me mudar para o Paraguai, onde crianças obesas são tratadas
por nutricionistas em um científico programa de reeducação alimentar.
O
mais preocupante nessas manobras indecorosas e irresponsáveis com a saúde
humana, é que a fila de cirurgia para adultos é tão grande, que chega a dar uma
volta ao mundo.
E
ainda tem gente falando em país do primeiro mundo, país defensor dos direitos humanos
e da igualdade social. Com essa medida do ministro-campineiro, é claro que
aumentará, em muito, o número de óbitos em adultos, que não suportarão esperar
nas infindáveis filas para tentar uma cirurgia de emergência e que poderá lhes
proporcionar mais alguns anos de vida.
Com
relação às nossas crianças, nem Hitler imaginou uma experiência dessas em suas
pesquisas nos campos de concentração durante a Segunda Guerra Mundial.
Apesar
de toda boa vontade da população brasileira, cada vez fica mais difícil
acreditar em um país onde “Deus” acredita que Caixa 2 utilizada pelos partidos
políticos, seja um brinquedo de anjinhos.
E
a nossa arruinada saúde pública brinca de cirurgia em patologias cujo
tratamento é a educação em saúde.
Tem
gente que ainda se esconde atrás de um cargo em magistério de medicina para
dizer absurdos do tipo: "A faculdade de medicina forma dois tipos de
médicos.Aqueles que irão atender os ricos, e outros, especialistas em atender
pobres".
Nunca
vi tanto disparate, preconceito e burrice numa informação passada por alguém
que se diz professor de medicina.
Estamos
em plena Semana de São Lucas, patrono dos médicos, e este é o presente que mais
de noventa por cento dos médicos recebem por não optarem, de mentirinha, pelo
trabalho exclusivo em saúde pública.
Esses
‘garotos’ de propaganda do horário político do Tribunal Regional Eleitoral, nem
sequer aprenderam a primeira lição do nosso patrono.
‘“Ao
entrar em uma casa para atender um enfermo, sairás desse recinto cego, mudo e
surdo”.
Assim
é o comportamento do verdadeiro médico, e não, como uma galinácea após a
postura de um ovo.
Em
nome dos inúmeros médicos ofendidos gratuitamente por não exercer a
especialidade de saúde primária, o meu repúdio pela agressão sofrida para a
conquista do poder.
A
paixão não pode vencer a razão, ainda mais quando o assunto é medicina.
Perdoe
os agressores, meu São Lucas!
Eles
são minoria privilegiada, e não sabem o mal que causaram aos anônimos médicos
que não vivem como marajás de uma sociedade injusta, mas sim, através dos
méritos conquistados por muitos anos de estudos e sacrifícios.
Calma
com o andor ‘professor ’!
O
santo é de barro.
Gabriel Novis Neves
12-10-2012
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