Prefiro
acreditar que o nosso Estado está falido, sem dinheiro, sem crédito, sem
prioridades sociais, a admitir que a insensível administração estadual,
alinhada com o governo federal, esteja tirando recursos constitucionais da
saúde pública para outras finalidades.
O
momento que passamos é tão crítico, que passou da hora de apelarmos para
tribunais internacionais de direitos humanos.
O
governo estadual continua na sua tese nazista-facista de não repassar dinheiro
para a saúde pública desobedecendo, inclusive, a mandados judiciais - num gesto
explícito e incompreensível de desvalorização da vida.
No
Brasil existe uma frondosa árvore de cabides de empregos, verdadeiros
sorvedouros de recursos públicos para alojar apadrinhados políticos.
São
ministérios, secretarias, comissões, ONGs, povoados de aspones para cuidar de
um pequeno grupo de privilegiados, desesperados para embolsar milionárias
indenizações e polpudos salários de marajás.
Esses
funcionários oficiais dos Direitos Humanos seguem a cartilha do partido que os
nomeou.
Ninguém
está interessado em saber o que acontece atualmente na saúde pública de Cuiabá.
Segundo
o nosso governador alinhado, se o seu candidato a prefeito for o vencedor das
eleições, é possível que, num futuro próximo, os pacientes do SUS – os que
ainda estiverem vivos - poderão esperar pelos recursos federais que serão
liberados.
Diariamente
a imprensa denuncia violências cometidas pelo governo contra os fragilizados
pacientes do SUS.
Filas
da morte para uma simples consulta médica. Filas maiores para realização de
exames laboratoriais. Hospitais impedidos de internar pacientes pobres por
absoluta falta dos repasses a que fazem jus por serviços já prestados e não
recebidos.
E
os funcionários graduados desse governo que negam atendimento médico aos seus
humildes servidores, estão sempre em São Paulo para tratamentos dos mais
diversos, até de estética, tudo pago com os impostos arrecadados do nosso
esforço.
Uma
greve geral dos médicos está sendo anunciada para ‘comemorar’ São Lucas, o
patrono dos médicos.
O
que mais dói, nos trabalhadores da saúde e, em especial, nos médicos, é que
recentemente o governo estadual repassou milhões de reais ao Poder Legislativo
- tipo suplementação de recursos por ‘excesso’ de arrecadação!
O
valor desses repasses daria para o governo do alinhamento impedir o fechamento
do MTSaúde, que deixou mais de cinquenta mil usuários no olho da rua.
Sobrariam ainda recursos para os tão necessários repasses aos serviços de saúde
do Estado.
Mas a prioridade do governo alinhado ficou comprovada que não é a saúde
pública.
Depois
de tanto desperdício com o dinheiro público, como o pagamento antecipado das
lands-rovers russos para fiscalização das nossas fronteiras, e que nunca
apareceram por aqui.
O
refazejamento do projeto do Verdão, que custou uma nota preta, e até hoje
ninguém sabe qual será o custo desse grande empreendimento social quando rolar
a bola da FIFA.
A
misteriosa troca do BRT pelo VLT que, inclusive, fez rolar a cabeça de um
ministro de Estado.
As
divulgadas negociações de empréstimos, cujos recursos jamais chegaram ao
Tesouro do Estado, ou está 'escondido' por orientação do chefe dos arapongas.
Tem
muito dinheiro que saiu e continua saindo pelo ralo da corrupção, mesmo com o
aviso do Supremo Federal Federa (STF) que as regras do jogo foram alteradas.
É
inacreditável que depois de todos esses descalabros cometidos pelo governo do
alinhamento, a sociedade cuiabana, pacificamente, se cala.
A
covardia é uma arma perigosa. Costuma atingir àqueles que pecam por omissão.
Os
médicos voltarão às ruas. E a população sofredora?
Com
certeza, aguardará o momento oportuno para revoltar-se com tudo que está
acontecendo, utilizando a mais poderosa arma da democracia, que é o voto.
Socorra-nos
São Lucas, Patrono dos Médicos, no dia em que nós o reverenciamos, enquanto
ainda existimos.
Gabriel Novis Neves
18-10-2012
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