Todos
os nossos governantes - seja da esfera federal, estadual ou municipal - no
final do ano passado fizeram um balancete dos seus trabalhos.
Sem
exceção disseram que o ano foi maravilhoso, muitos avanços foram conquistados
e, pelo planejamento estratégico, este ano seria ainda melhor.
Os
dados oficiais não dizem isso, muito pelo contrário. O ano que findou foi um
ano cheio de turbulências políticas e retrocesso no desgastante modelo
gerencial desta nação.
O
loteamento do poder, com critérios meramente numerológicos de votos nas Casas
das Leis, está ficando cada dia pior para o desenvolvimento do nosso país.
A
devoção pela oração de São Francisco - é dando que se recebe - é traduzida
por uma infinidade de concessões não republicanas, levando a nação brasileira
ao raquitismo moral e à descrença dos jovens.
A
máxima da governabilidade neste país, que cultua a história falsificada, foi a
incrível criação das emendas parlamentares.
A
ideia das emendas é excelente, como as nossas inúmeras leis. O chato, é que
somos especialistas em transformar uma excelente ideia em centro de desvios
éticos.
É
estranho que, por ocasião da inclusão das famosas emendas no orçamento da
União, muitos deputados e senadores que estavam em outras funções, renunciaram
aos seus cargos, e voltaram ao Congresso para aprová-las.
É
também quando os governos empurram goela abaixo os polêmicos projetos do seu
interesse e não do povo brasileiro.
Recordemos
da Emenda Constitucional 29, que há mais de dez anos tramita nos corredores do
Congresso Nacional. Essa emenda apenas regulamenta dispositivo constitucional
que diz que saúde é direito de todo o cidadão brasileiro, e dever do Estado.
Durante
esse longo período, centenas de audiências públicas foram realizadas neste
país, e a sociedade brasileira tomou conhecimento que, sem aumento de
financiamento público, jamais teríamos saúde pública no Brasil.
Apenas
uma grande proposta: - Cuidar do nosso serviço único de saúde em agonia
(SUS).
Ninguém
apoiava, e o Tesouro Nacional não necessitava criar novos impostos para
oferecer uma saúde de qualidade aos pobres, 80% dos usuários do sistema do
governo.
O
executivo fechou a questão dizendo que ficaria, apenas, com a tarefa de não
permitir que os Estados e os Municípios maquiassem as suas despesas.
A
base de sustentação do governo, que vive dos recursos das emendas
parlamentares, votou contra o aumento de financiamento para a saúde e a favor
das leis da FIFA que ferem a nossa Constituição.
O
que se perdeu de dinheiro com a corrupção é algo impublicável, assim como os
salários astronômicos dos responsáveis pela criação das leis e a sua
fiscalização.
A
ostentação, especialmente a última do réveillon da corte, machucou o
trabalhador brasileiro. Aqui pela nossa terrinha o ano que se findou foi
excelente.
As
primeiras providências para o Novo Ano foi um super contingenciamento de
recursos orçamentários, chamados antigamente de corte do orçamento.
É
o dinheiro Conceição, cantada pelo Cauby Peixoto: “Se existiu ninguém sabe,
ninguém viu...”.
Até
o município da Cidade Azul, afirma que o ano foi muito produtivo e a
administração está concluindo a venda da água e esgoto.
Entregou
o seu Hospital, Policlínicas e PSF ao Estado, que irá repassar às OSS.
Em
pinceladas este é o clima de otimismo que reina no Brasil e, especialmente, em
nosso Estado e na eterna capital de todos os mato-grossenses.
A
perspectiva é que Cuiabá este ano será um enorme canteiro de obras, preparando
o legado que herdará da Copa, com destaque para o moderníssimo VLT, ligando o
Aeroporto ao CPA.
O
campo de futebol avançou no seu cronograma, e mais de 50% das obras estão
concluídas. Por esses dias está anunciada a inauguração de um novo Relógio da
Copa.
A
parte social não foi descuidada. Grandes avanços serão feitos na saúde,
educação e segurança.
O
ano de 2011 foi ótimo, especialmente para os cuiabanos. Continuaremos com a
nossa grande arma que é a de confiar em nossos governantes, que nunca nos abandonaram.
Gabriel
Novis Neves
03-01-2012
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