sábado, 21 de janeiro de 2012

A importância da leitura


A notícia que o Brasil é a sexta economia do mundo, pouco efeito, ou nenhum, produziu no brasileiro trabalhador.
Excluindo os super-homens de negócios, em minoria absoluta neste país, cujo programa prioritário do governo federal é o combate à miséria, essa informação não teve impacto de um jogo de terceira divisão do Campeonato Brasileiro de Futebol.
Nenhum “ser humano qualquer” é torcedor do, quanto pior melhor, muito pelo contrário, pois são os que mais sofrem com os desacertos do governo.
Os próprios propagandistas oficiais dessa conquista reconhecem que somos deficientes em políticas sociais - educação, saúde, segurança, cuidado com crianças, idosos, deficientes físicos, dependentes químicos, pobres e miseráveis.
Insistem em vender números econômicos e, ao mesmo tempo, ressaltam as conquistas na educação e saúde (!) da fraquíssima economia de Cuba. Isso me parece uma contradição.
Claro que nos alegramos com os números da nossa economia, mas nos entristecemos ao constatarmos que todo esse esforço nacional está se perdendo pelos ralos do pouco zelo com a coisa pública.
O nosso povo está mal e, o que é pior, está acostumado com aquilo que lhe é fornecido diante de tanta riqueza.
Como diz o meu neto, não dá pra entender. Pequena parcela do povo brasileiro soube que somos mais ricos que a Inglaterra e a nossa qualidade de vida nem se compara com a dos ingleses.
O sonho de todo o brasileiro que estuda é um dia poder aprimorar os seus conhecimentos na Inglaterra ou trabalhar lá.
A fotografia do Brasil, mesmo utilizando a tecnologia do photoshop, não é das melhores no mundo civilizado, que é aquele que prioriza a educação e o conhecimento aplicado.
Quem tem também essa visão são os próprios brasileiros abonados, que procuram a felicidade viajando pelo mundo.
Na traseira dos caminhões é comum aquela frase que diz que dinheiro não compra felicidade, manda vir.
Sem educação e saúde, principalmente, além dos ralos abertos que aumentam o custo Brasil, seremos sempre a pobre menina rica do cancioneiro brasileiro.
O ministro da Fazenda, para animar os animados correligionários, profetisa que daqui a vinte anos, mesmo em sexto lugar, teremos socialmente o padrão europeu.
Para quem não está ligando o nome à pessoa, os europeus habitam aquele continente que enfrenta a maior crise econômica da sua moeda, o fortíssimo euro.
A leitura é importante, embora, como nesse caso, inoportuna para os brios nacionais.

Gabriel Novis Neves
06-01-201

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