Todo
ser humano fica desesperado quando enfrenta fortes dificuldades, sejam
materiais ou não.
Na
teoria, essas questões são fáceis de resolver, e existem especialistas em todas
as áreas do sofrimento humano dispostos a emitirem os seus pareceres, mesmo
sendo cortesias.
Acho
que foi por isso que surgiu aquele velho e conhecido ditado popular, mas sempre
atualizado e repetido pelas pessoas: “Se conselho fosse bom ninguém daria de
graça.”
Certas
pessoas, diante das dificuldades que a vida lhes apronta, preferem a própria
morte aos conselhos ofertados em atacado.
O
meu analista certa ocasião, quando lhe apresentei um problemão - que não era
meu -, mas que, inconscientemente o tinha assumido, causando-me sofrimento, ele
tranquilamente esperou o final da história.
Na
resposta à minha indagação, disse-me que eu desejava era resolver os problemas
da humanidade e esquecendo os meus.
Lembrou-me
que o filho de Deus, que veio com carta branca para resolver essas pendengas da
vida, foi assassinado aos trinta e três anos de idade, em uma cruz, ladeado com
dois ladrões.
Se,
quem tinha competência foi assim tratado pela humanidade, imagine você que não
tem competência ou direito de julgar as pessoas, muito menos é capaz de saber o
que é certo ou errado. Ou você pensa que é Deus?
Entendi
a mensagem do analista e voltei à minha insignificância, diante de tamanha
grandiosidade que é a vida e o papel do ser humano.
Se
todos os humanos se esforçassem para cuidar de si, o mundo seria bem melhor. Só
ama o próximo, aquele que ama a si mesmo.
Somos
educados para sermos heróis. Diante da impossibilidade de alcançar esse
objetivo, passamos a namorar a antevida, que é a própria morte.
Essa
é a vida como ela é - como diria o Nelson Rodrigues. O meu analista acha que
somos eternos imaturos, achando que diante de uma dificuldade existencial,
podemos resolver tudo como imaginamos.
Somos
humanos, e como tais, sofremos e amamos.
Gabriel
Novis Neves
16-012012
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