Vários
amigos, especialmente os Fuxiqueiros da Padaria, me cobraram por não ter
escrito um artigo especial sobre o Natal.
Não
se conformaram porque não escrevi nem uma linha sobre o Papai Noel, símbolo do
Natal de consumo, nascido na Escandinávia.
Expliquei
que o artigo Rabecão, publicado dia 25 de dezembro, era uma reflexão sobre o
Natal que, de humanitário, passou a ser materializado com valores capitalistas.
Papai
Noel como nós conhecemos hoje foi criado pela Coca-Cola em 1931, nos Estados
Unidos, pelo cartunista alemão Thomas Nast.
No
século III, ele era vestido com roupas verdes e barba branca. Com o sucesso do
faturamento da Festa de Natal, os lojistas gostaram da coisa e inventaram, para
sua alegria, a Páscoa, o Dia das Mães, dos Pais, da Criança, dos Namorados, dos
Amantes do futebol, dos dançadores do Cururu e Siriri e assim por diante.
Aliás, todos os dias dos anos têm seu patrono, uns têm até vários patronos.
Confesso
que tenho grande dificuldade para escrever textos visando o aumento das vendas
comerciais.
Além
disso, Frei Beto, estudioso em assuntos religiosos, afirma que Jesus deve ter
nascido no início de agosto e foi morto com 36 anos, e não, 33.
A
história do Natal é muito confusa, segundo os estudiosos do assunto. Os Reis
Magos, que foram os presenteadores, ficaram apenas com o Dia dos Reis, que é a
data para desarmar os presépios e guardar os enfeites natalinos para o próximo
ano.
Quem
ficou com a fama de presenteador foi “O Bom Velhinho” - hoje transformado em
profissão.
Com
tanta confusão sobre o dia do nascimento de Jesus, da idade da sua morte e do
Papai Noel da Coca-Cola, eu preferi comemorar a data com uma reflexão.
Os
Fuxiqueiros da Padaria não aceitaram a minha justificativa, e querem porque
querem que eu escreva um artigo padrão comemorando essa data.
Propus
escrever um artigo por dia, justificando por que Deus mandou seu filho para cá,
lembrando como tratamos as nossas crianças, idosos, doentes e os necessitados
de oportunidades.
Da
banalização da vida e da filosofia ensinada pelo filho de Deus, esqueceram-se
dos 10 mandamentos da Lei de Deus.
A
grande lição do Natal é o que nos falta neste momento - amar ao próximo como a
si mesmo.
Assim
entendo o Natal e os seus ensinamentos.
Até
o próximo e felicidades a todos!
Gabriel
Novis Neves
27-12-2011
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