quarta-feira, 30 de outubro de 2013

OBESIDADE

Estatísticas recentes indicam que cinquenta e um por cento da população mundial sofrem de obesidade.
No Brasil, em seis anos, tivemos os nossos índices aumentados em cinquenta e quatro por cento.
A obesidade é considerada um dos problemas mais graves de Saúde Pública mundial.
Escolhas de alimentos com alto valor calórico podem também estar ligadas às noites de sono mal dormidas ou insuficientes, que afetam os hormônios da fome.
Esse mecanismo é feito através dos níveis de leptina, responsável pelo consumo de alimentos, sinalizando quando já comemos o suficiente, enquanto há o aumento da grelina, responsável por estimular o apetite e a produção de gorduras.
Sabemos que nos últimos anos, dadas as grandes dificuldades econômicas, as pessoas veem dormindo cada vez um menor número de horas e, não por acaso, vem aumentando assustadoramente o número de obesos.
Portanto, não atribuir como única causa da obesidade ao excesso de ingestão alimentar associada à ausência de exercícios físicos.
Ela não existe entre os animais, uma vez que, respeitadas as leis do universo, tudo é devidamente dosado. O desgaste é promovido pela caça obrigatória e os ciclos noite-dia são absolutamente seguidos.
Recentemente, exames de ressonância magnética comprovaram que a falta de sono afeta zonas importantes do cérebro, responsáveis por tomada de decisões difíceis e a vontade de ser recompensado através de alimentos que contenham alto valor calórico.
Vivemos momentos de muita angústia existencial e muito estresse, e isso tem que ser levado em conta, caracterizando-se uma verdadeira obesidade mental.
Novas políticas de saúde e novas posturas sociais contribuirão, em muito, para horizontes promissores em relação a essa verdadeira praga do século. Muito menos importante por seus resultados estéticos do que pelos seus efeitos destruidores sobre a saúde como um todo.
Hipertensão arterial, diabetes, cardiopatias graves, são apenas alguns dos fantasmas que podem ceifar vidas de obesos ainda muito jovens.
Nós, médicos, esperamos que nos próximos anos a humanidade esteja menos preocupada com procedimentos estéticos, geralmente pouco eficazes, e mais com condutas que promovam uma velhice calcada no bem estar físico e mental.

Gabriel Novis Neves 


16-10-2013

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