A
rigor, o grande perdedor do leilão para extração de petróleo no Campo de Libra,
foi quem leiloou a prenda, no caso, o governo brasileiro.
Leilão
demanda vários competidores, o que não aconteceu.
Num
total inicial de quarenta interessados, caiu nos últimos dias para onze, sendo
que apenas nos últimos segundos, um único consórcio formado por cinco
empresas, conseguiu fechar o contrato.
A
nosso favor, a entrada de duas empresas privadas internacionais, a anglo
holandesa Shell e a francesa Total, ambas com farta experiência no campo
tecnológico, com participação de vinte por cento cada.
A
Petrobrás com dez por cento além dos trinta por cento acordados e as duas
estatais chinesas, apenas com dez por cento cada, eminentemente entrando apenas
com capital, já que são inexperientes em tecnologia nessa área.
Todas
se beneficiaram com a taxa mínima de lucro para o nosso país de 41.65%,
deduzidos todos os custos. O ágio esperado, não aconteceu.
Enfim,
as companhias estrangeiras arriscaram um investimento mínimo em função da
grandiosidade da operação.
Aqui,
os tigres do nosso grande cassino, em poucas horas, realizaram lucro de 5% nas
ações o que deve ter proporcionado uma boa leva de novas grandes fortunas.
Notícia
nada promissora que a real extração desse petróleo, poderá levar de cinco a
quinze anos, dependendo das condições geológicas encontradas.
Sim,
porque estamos falando de uma provável extração de petróleo a sete mil metros
de profundidade, após uma extensa camada de pré- sal. Segundo estudos, tubos
coletores estarão a uma temperatura de 150 graus Celsius.
Enquanto
isso nossos amigos do primeiro mundo investem em combustíveis de extração mais
barata tais como o xisto, o gás natural, a energia eólica e a energia solar.
O
gás natural, de fácil e barata extração, boom nos Estados Unidos, apresenta
como única desvantagem, a contaminação ambiental, coisa que no mundo atual,
continua de absoluta falta de relevância.
Triste
mesmo foi a comemoração televisiva dos representantes brasileiros que mostravam
uma mímica decepcionante, apesar do discurso otimista que tentavam passar.
Fim
de uma era ufanista em que nos orgulhávamos de que “o petróleo era nosso”.
Gabriel
Novis Neves
21-10-2013
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