terça-feira, 15 de outubro de 2013

LEITOR

Despachando certa ocasião com o Chefe do Gabinete do Presidente da República, ele me solicitou um minutinho para terminar a leitura da “Coluna do Leitor”, onde as opiniões são oferecidas pelos jornais.
Disse-me ser aquela coluna a mais importante, informativa e de credibilidade dos jornais.
Os anos se passaram e, lendo a “coluna do leitor" da Revista Veja edição 2342, lembro-me do antigo episódio.
Diz um leitor de São Paulo (SP): “Dilma, de acordo com o IBOPE, se recupera junto ao eleitorado nacional com vistas à eleição de 2014 e abre 22 pontos porcentuais em relação ao provável segundo colocado”.
Essa notícia é manchete nos principais jornais brasileiros.
Agora, em “um cenário diferente” não publicado.
“Imagine se Dilma tivesse tomado alguma providência nítida em relação às reivindicações da população apresentadas nas ruas do país nas manifestações de junho.
Imagine se Barack Obama, ou o resto do mundo, tivessem se importado com as bravatas da presidente no discurso eleitoreiro na abertura da Conferência Geral da ONU.
Imagine se o julgamento do mensalão tivesse acabado com a cúpula criminosa do PT na cadeia, como quer 100% da população brasileira de bem.
Imagine se as obras da transposição do Rio São Francisco tivessem dado certo com o orçamento inicial.
Imagine, enfim, se este governo da Dilma tivesse um pouco de competência... Aí, meu bem, não ia ter para ninguém”, concluiu o leitor de São Paulo".
Se a Marina tivesse desistido de participar das eleições presidenciais.
Se as próximas eleições não tivessem o caráter de plebiscito, onde o povo brasileiro vai poder votar no “sim” da continuidade ou no “não” da esperança.
Se não temos partidos de aluguel sem representatividade política ancorados no Palácio do Planalto.
Se partido com representatividade popular é clandestino nessa democracia de São Francisco de Assis, do “é dando que se recebe”.
Os convites para a posse da continuidade a esta altura estariam na gráfica.
Mas, apareceu o imponderável e o quadro político mudou.
Quem viver verá.


Gabriel Novis Neves
06-10-2013

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