Para
quem já recebeu a "visita" de um atual ministro, que na década de
setenta, clandestinamente veio à Cuiabá melar a implantação da nossa
Universidade Federal de Mato Grosso, soa como oportunismo político dos currais
a sua declaração defendendo o indefensável, que são as superfaturadas obras da
Copa, feitas com os recursos do trabalhador.
É
uma hipocrisia chamar os integrantes de órgãos públicos, como o Tribunal de
Contas, Assembleia Legislativa, Conselho Regional de Engenharia e Agronomia
(CREA), Infraero e o Ministério Público, de derrotistas profissionais, por
cumprirem com as suas missões de zelar pelo dinheiro público e denunciar as
inúmeras ilegalidades para serem sanadas.
Tentar
desqualificar essas instituições perante a opinião pública parece ser a grande
missão do ministro.
A
paixão é uma doença que ataca, não apenas os que procuram a sua cara metade,
mas, principalmente, aqueles políticos profissionais que não abandonam as
generosas tetas do poder.
Triste
observar que muitos dos nossos “ídolos” da juventude, na maturidade se
transformaram em conservadores, censores da livre opinião.
Hoje
é difícil encontrar divergências ideológicas entre um ex-presidente da UNE
(União Nacional de Estudantes) e o presidente de honra do partido do ex-governador
de São Paulo, adversário no colégio eleitoral de Tancredo Neves.
Todos
farinha do mesmo saco, legislando sempre em defesa dos seus interesses pessoais
e de seu grupo político, numa verdadeira Arca de Noé.
A
ideologia oficial é a do pão e circo, e que se dane o povão.
O
tão falado legado da Copa será pior que o da África do Sul e, recentemente, dos
jogos pan-americanos no Rio de Janeiro.
Justiça
se faça: alguns grupos foram imensamente beneficiados, recebendo um
superlegado. A maioria, porém, lamenta as perdas e conquistas sociais com
a deterioração da educação, saúde, segurança e infraestrutura,
principalmente.
Um
país que importa médicos cubanos e bolivianos para resolver sua incompetência.
Em
educação ocupa lugares de países subdesenvolvidos, sendo vergonha nacional. Não
é um país que, com uma dúzia de elefantes brancos, deixará um legado de
desenvolvimento social e econômico neste Brasil de escândalos e corrupção.
O
fato mais importante que a Copa nos mostrou é que não temos tecnologia nem dinheiro
para explorar a nossa principal riqueza, que é o petróleo.
A
Petrobrás não é mais nossa, coisa normal para o otimista ministro, mais
preocupado em frases de efeito.
Gabriel
Novis Neves
21-10-2013
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