terça-feira, 29 de outubro de 2013

DERROTISTAS PROFISSIONAIS

Para quem já recebeu a "visita" de um atual ministro, que na década de setenta, clandestinamente veio à Cuiabá melar a implantação da nossa Universidade Federal de Mato Grosso, soa como oportunismo político dos currais a sua declaração defendendo o indefensável, que são as superfaturadas obras da Copa, feitas com os recursos do trabalhador.
É uma hipocrisia chamar os integrantes de órgãos públicos, como o Tribunal de Contas, Assembleia Legislativa, Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA), Infraero e o Ministério Público, de derrotistas profissionais, por cumprirem com as suas missões de zelar pelo dinheiro público e denunciar as inúmeras ilegalidades para serem sanadas.
Tentar desqualificar essas instituições perante a opinião pública parece ser a grande missão do ministro.
A paixão é uma doença que ataca, não apenas os que procuram a sua cara metade, mas, principalmente, aqueles políticos profissionais que não abandonam as generosas tetas do poder.
Triste observar que muitos dos nossos “ídolos” da juventude, na maturidade se transformaram em conservadores, censores da livre opinião.
Hoje é difícil encontrar divergências ideológicas entre um ex-presidente da UNE (União Nacional de Estudantes) e o presidente de honra do partido do ex-governador de São Paulo, adversário no colégio eleitoral de Tancredo Neves.
Todos farinha do mesmo saco, legislando sempre em defesa dos seus interesses pessoais e de seu grupo político, numa verdadeira Arca de Noé.
A ideologia oficial é a do pão e circo, e que se dane o povão.
O tão falado legado da Copa será pior que o da África do Sul e, recentemente, dos jogos pan-americanos no Rio de Janeiro.
Justiça se faça: alguns grupos foram imensamente beneficiados, recebendo um superlegado. A maioria, porém, lamenta as perdas e conquistas sociais com a deterioração da educação, saúde, segurança e infraestrutura, principalmente.
Um país que importa médicos cubanos e bolivianos para resolver sua incompetência.
Em educação ocupa lugares de países subdesenvolvidos, sendo vergonha nacional. Não é um país que, com uma dúzia de elefantes brancos, deixará um legado de desenvolvimento social e econômico neste Brasil de escândalos e corrupção.
O fato mais importante que a Copa nos mostrou é que não temos tecnologia nem dinheiro para explorar a nossa principal riqueza, que é o petróleo.
A Petrobrás não é mais nossa, coisa normal para o otimista ministro, mais preocupado em frases de efeito.

Gabriel Novis Neves
21-10-2013

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.