Como
ocorre todos os anos, a França viveu nesse último dia 14 de julho a mais uma
bela comemoração pela Queda da Bastilha – um dos símbolos da Revolução
Francesa.
Festividade
sempre muito celebrada com fogos de artifício, iluminações especiais em
monumentos históricos e, principalmente, muita gente eufórica nas ruas.
A
cidade de Paris, já escandalosamente bela, engalana-se com o que há de melhor,
sempre inflada pelo ufanismo de seus habitantes.
Esse
ano, parisienses conservadores se irritaram com a iluminação da Torre Eiffel,
que recebeu as cores do arco-íris. Imediatamente consideraram uma provocação do
atual prefeito da cidade, assumidamente homossexual, que vem sendo eleito há
três mandatos seguidos, provavelmente por puro merecimento.
Perguntado
sobre o fato, de pronto reportou-se a uma homenagem à África do Sul, conhecida
como “Nação Arco- Iris” devido à diversidade de raças, e a nação apenas para
negros, na visão de muitos. Nesse momento, seu líder Nelson Mandela vive
momentos difíceis de doença.
Não
é de se estranhar que isso tenha acontecido, uma vez que uma grande massa de
franceses conservadores foi recentemente para as ruas em manifestações contra
os direitos dos homossexuais.
O
fato é que a intolerância com o diferente continua no rol dos preconceitos que
tanto envergonham a humanidade.
Incrível
imaginar que, em pleno século XXI, países do primeiro mundo - altamente
industrializados e politizados -, ainda convivam com uma grande parcela de seus
habitantes presa a preconceitos mesquinhos de toda ordem.
Note-se
que, justo hoje na Itália, uma senhora membro do parlamento italiano, de alto
nível, supostamente, foi comparada por um dos colegas a um orangotango pelo
simples fato de ser negra.
Estarrecedor
o comportamento preconceituoso da humanidade, independentemente do
seu nível cultural ou sócioeconômico.
E
nem falamos nos preconceitos religiosos, tão difíceis de serem destruídos e
causadores de tantas guerras através dos tempos.
Aliás,
o grande Albert Einstein já dizia “que é mais fácil destruir um átomo de
plutônio do que acabar com a burrice humana”.
Gabriel Novis Neves
15-07-2013
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