domingo, 28 de julho de 2013

Sinal dos tempos

Como ocorre todos os anos, a França viveu nesse último dia 14 de julho a mais uma bela comemoração pela Queda da Bastilha – um dos símbolos da Revolução Francesa.
Festividade sempre muito celebrada com fogos de artifício, iluminações especiais em monumentos históricos e, principalmente, muita gente eufórica nas ruas.
A cidade de Paris, já escandalosamente bela, engalana-se com o que há de melhor, sempre inflada pelo ufanismo de seus habitantes.
Esse ano, parisienses conservadores se irritaram com a iluminação da Torre Eiffel, que recebeu as cores do arco-íris. Imediatamente consideraram uma provocação do atual prefeito da cidade, assumidamente homossexual, que vem sendo eleito há três mandatos seguidos, provavelmente por puro merecimento.
Perguntado sobre o fato, de pronto reportou-se a uma homenagem à África do Sul, conhecida como “Nação Arco- Iris” devido à diversidade de raças, e a nação apenas para negros, na visão de muitos. Nesse momento, seu líder Nelson Mandela vive momentos difíceis de doença.
Não é de se estranhar que isso tenha acontecido, uma vez que uma grande massa de franceses conservadores foi recentemente para as ruas em manifestações contra os direitos dos homossexuais.
O fato é que a intolerância com o diferente continua no rol dos preconceitos que tanto envergonham  a humanidade.
Incrível imaginar que, em pleno século XXI, países do  primeiro mundo - altamente industrializados e politizados -, ainda convivam com uma grande parcela de seus habitantes presa a preconceitos mesquinhos de toda ordem.
Note-se que, justo hoje na Itália, uma senhora membro do parlamento italiano, de alto nível, supostamente, foi comparada por um dos colegas a um orangotango pelo simples fato de ser negra.
Estarrecedor o comportamento  preconceituoso da humanidade, independentemente  do seu nível  cultural ou sócioeconômico.
E nem falamos nos preconceitos religiosos, tão difíceis de serem destruídos e causadores de tantas guerras através dos tempos.
Aliás, o grande  Albert Einstein já dizia “que é mais fácil destruir um átomo de plutônio do que acabar com a burrice humana”.

Gabriel Novis Neves
15-07-2013

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