segunda-feira, 22 de julho de 2013

AGENDA

Na falta do que fazer, e para se livrar do stress, muita gente recorre à leitura daquelas agendas que possuem pequenos lembretes históricos.
Como é bom, de vez em quando, fazer essa leitura linear!
Quase ninguém se lembra de que no dia 06 de janeiro de 1963 houve um plebiscito no Brasil. Na ocasião o povo foi chamado às urnas para saber se queriam um sistema de governo presidencialista ou parlamentarista para o Brasil.
O presidencialismo obteve cerca de 9 milhões de votos, e o parlamentarismo apenas 2 milhões, verdadeira vitória por goleada.
Coincidência ou não, um ano depois houve o golpe militar, que terminou com a posse do Sarney na Presidência da República.
Para “redemocratizar” o Brasil, quis o destino que o líder civil dos militares fosse o escolhido.
Justiça se faça ao recém-nascido Partido dos Trabalhadores (PT) que, na época, era sangue puro e não aceitou a imoralidade.
Na ocasião, o “Sapo Barbudo” utilizava termos de baixo calão para se referir ao “Bigode” da Academia de Letras, e as declarações estão gravadas.
Hoje ele é líder do partido que sempre combateu o seu e do qual era presidente.
Faz parte do seleto grupo de brasileiros que não é qualquer um, na visão atual do ex-metalúrgico, hoje um próspero empresário e articulista do maior jornal americano.
Tudo isso com as bênçãos do velho ditador do Caribe.
O seu partido está contaminado pelo vírus do poder, onde tudo é permitido para o exercício continuado do poder.
O desejo dessa gente é que o timinho de futebol do Brasil seja campeão do mundo.
Voltando ao assunto do parlamentarismo. De vez em quando esse tema volta à tona, sobrevivendo nos noticiários apenas por alguns dias.
O presidencialismo no Brasil sempre foi exercido de forma imperial: manda quem pode, obedece quem tem juízo.
É o jeitinho brasileiro de exercer a democracia.
Existe independência entre os poderes? Só na Constituição. O legislativo é totalmente manipulado pelo poder executivo.
Os últimos exemplos dados pelo Congresso Nacional confirmam a sabedoria popular: - para que elegemos como nossos representantes deputados e senadores?
Esses ocupantes de poltronas caríssimas poderiam, perfeitamente, em número bem menor, serem substituídos por funcionários menos onerosos do poder executivo.
Será que é esse presidencialismo que o Brasil necessita para o seu desenvolvimento?

Gabriel Novis Neves
06-07-2013

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