Nunca
uma palavra foi tão bem encaixada para descrever o comportamento de alguns
líderes da América Latina com relação ao Papa Francisco.
Tem
havido, literalmente, uma paparicação generalizada.
Líderes,
como Maduro, da Venezuela e Rafael Correa, do Peru, já mostravam um entusiasmo
velado com a figura papal, pois mantinham opiniões análogas com relação à
descriminalização do aborto e aos direitos dos homossexuais.
Na
Argentina, os Kirchner não gozavam da simpatia de Francisco, na época ainda
cardeal, e contrário ao desempenho político do casal. No momento, a senhora
Cristina se comporta como se ela e Chico fossem amigos de infância,
tantos são os paparicos.
A
nossa líder aqui dispensa comentários por tudo que tem sido visto
exaustivamente nas mídias.
Fato
inédito foi o elogio que o líder uruguaio José Mojica, ateu e representante do
primeiro país da America Latina a homologar o casamento entre homossexuais, fez
a Francisco: “o primeiro papa descolado”.
Sua
Santidade retrucou dizendo que Mojica é “um homem sábio.” Mojica, com a
inteligência que o caracteriza, contestou falando que, “se Deus existe, não
custa nada dar uma mãozinha ao papa”.
O
importante é que esse pequeno país, com apenas três milhões de habitantes, já
se posiciona como um dos mais adiantados da América Latina.
Se
depender de seu filho brilhante, o filósofo Eduardo Galeano, não resta dúvida
quanto à veracidade disso.
A
nossa dirigente aqui, vem tentando, inteligentemente, capitalizar para si o tão
propalado discurso do papa, compromissado com a humildade e com a
necessidade de uma verdadeira justiça social.
Quem
sabe essa visita papal não desperte nos nossos governantes a necessidade, e a
vontade, de passarem para a história como os propulsores dessa tentativa de
mudar a dura realidade que nos cerca, e não, como uma classe política vil,
cruel, totalmente despreparada para a função a elas delegada nos pleitos
democráticos que regem as leis desse belo e rico país chamado Brasil.
Gabriel Novis Neves
23-07-2013
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