O
governo patina empurrado pelas multidões nas ruas em protesto permanente.
As
bandeiras vermelhas perderam o monopólio das reivindicações sociais, e o que
vemos nas manifestações ordeiras são milhares de mulheres, crianças e
estudantes, pedindo um Brasil mais justo.
O
modelo atual de governar chegou à exaustão.
Bastou
uma semana de pedidos por necessárias mudanças, para o autoritário governo
federal se apavorar.
Tentou
jogar a culpa nos governadores, prefeitos e sociedade.
Mentiu,
mentiu e mentiu no tal encontro no Palácio do Planalto, com os executivos
estaduais e municipais. A situação, que não estava boa, piorou para os
infalíveis plantonistas do poder.
Para
resolver o desumano problema da saúde para os cidadãos de segunda classe, a
solução encontrada pelo governo foi a importação de milhares de médicos fabricados
em Cuba, atrasada ilha do Caribe.
Esqueceu-se
de avisar aos cubanos para trazerem cadeiras para atender os nossos pacientes
internados, que ficam em corredores de hospitais.
Esses
médicos importados irão para locais onde faltam leitos, hospitais, remédios e
laboratórios.
É
o mesmo que querer resolver o problema da fome, “importando cozinheiros num
lugar onde não há comida, nem panelas nem fogão”.
O
salário do médico brasileiro? Pouco mais de mil reais por mês, após enfrentar
um dificílimo vestibular e estudar durante anos.
Enquanto
isso, os “bolsistas” importados fabricados em escala industrial no Caribe,
ganharão cerca de nove mil reais por mês para receitar xarope de agrião.
Vou
repetir, senhora Presidente. O povo nas ruas deseja uma solução imediata para a
sua saúde.
O
Congresso Nacional já demonstrou que funciona muito bem com o combustível dos
protestos.
Aprovou
o projeto do pré-sal, destinando recursos para a nossa educação e saúde. Se
tudo correr bem, em 2020 receberemos as primeiras migalhas.
A
PEC 37 foi rejeitada quase por unanimidade, em tempo recorde.
O Congresso entregou o deputado condenado há anos à justiça.
Considerou
também como crime hediondo o crime de corrupção com o dinheiro público.
Na
pauta, o projeto ficha-limpa para os ocupantes de cargos públicos.
Será
difícil encontrar substitutos para a massa que será varrida dos governos.
Nesse
embalo das ruas, o Congresso poderia perfeitamente aprovar a carreira de estado
para os médicos da Atenção Primária da Saúde. Concurso imediato, e teríamos
médicos melhores que os importados em todas as bibocas do Brasil.
Instalações
físicas para a saúde pública, o povo empurraria governadores e prefeitos
para a solução.
Com
a força das ruas tudo ficou tão simples, neste outrora país das bandeiras
vermelhas.
Gabriel Novis Neves
24-06-2013
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