Recebi
de um amigo da Universidade da Selva - hoje morador de Friburgo (RJ) - um
e-mail em que ele me recomenda assistir pela TV as sessões do Senado Federal.
Diz
ele que eu vou gostar de ouvir discursos como os das senadoras de São Paulo e
do Rio Grande do Sul – “às vezes, elas presidem as sessões da Câmara Alta
com pulso firme”.
Faz
elogios ao senador Raupp, de Rondônia, pela sua lucidez e cobranças ao governo.
Acha
o senador do Amazonas, Eduardo Braga, muito seguro nas suas teses, e o Collor
inteligente.
Dos
senadores antigos o troféu é do gaúcho Pedro Simon.
Lamenta
a ausência dos senadores do nosso Estado nos debates dos grandes temas
nacionais, como educação e o caos urbano das grandes cidades.
Confesso
que já fui assíduo telespectador das sessões da TV Senado, que é gravada e
reprisada em horários que o trabalhador está em casa.
Mas,
com tantos deslizes éticos naquela Casa de Leis, onde impera o mais descarado
desrespeito às leis e aos cidadãos, há tempos optei por assistir ao Programa do
Ratinho - com a sua grande atração, que já foi do Senado, que é o teste do DNA.
Ainda
mais agora que o Senado sofreu mais um duro golpe: o desmascaramento do senador
paladino da ética e da moralidade.
O
discurso da maioria dos parlamentares não é coerente com suas ações. O que se
vê é uma grande confraria de homens que “não são qualquer um”.
Estão
na Casa cobiçada cuidando dos seus próprios negócios e dos grupos que representam.
A
CPI do Cachoeira é um exemplo. São poucas as pessoas que têm estômago para
ligar a TV Senado e acompanhar o que se passa por lá. Ver, por exemplo, lado a
lado em grande cumplicidade, o “contraventor” e o ex-ministro da Justiça do
Brasil, é mesmo de causar engulhos. O pior é que, como ministro, ele sabia de
tudo e nunca condenou ou puniu ninguém dessa quadrilha.
Vou
discordar do meu amigo, e, à noite, vou procurar na TV circos mais populares e
inocentes.
Gabriel
Novis Neves
24-05-2012
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