Não
sei a origem deste problema. É impressionante como a nossa sociedade pune o
prazer. Basta alguém demonstrar prazer, especialmente em uma relação afetiva
para ser condenado pelo desprezo, na maioria das vezes.
A
nossa cultura é muito rigorosa, diante da felicidade das pessoas. O seu nível
de aceitação quando reconhecido, vem envelopado com uma série de reprovações,
as mais pueris possíveis.
Expressões
chamadas de chulas hoje fartamente circulando nos salões mais sofisticados da
cidade, como sinal de desaprovação deveria significar ‘estado de graça’.
O
famoso, estar f. dizemos para descrever uma pessoa fracassada, desmoralizada,
em sérias dificuldades geralmente financeiras.
Está
embutida nessa frase, nada mais que um enorme preconceito contra o prazer, pois
quem está f. na verdade está é muito feliz da vida, que me perdoem os falsos
moralistas.
Como
empregamos sem censura a palavra babaca! São os supostos idiotas, "bestas
humanos", ignorantes, desantenados e agora diante do novo Brasil, -
os honestos.
Honesto
é babaca, para grande parte da população, e inaceitável no mundo político.
Não
é preconceituoso e pejorativo ‘xingar’ alguém de babaca, que representa a casa
de diversão da humanidade?
Os
exemplos estão na nossa base cultural e uma vez enraizada no ideário popular,
determinam o nosso comportamento difícil de ser eliminado.
Temos
dificuldade em aceitar o prazer. Homenageamos os fracos, que sucumbem ao medo
de procurar e aceitar o prazer como fenômeno biológico, e não transtorno
comportamental.
Será
tão difícil derrotar essa dificuldade que acredito ser adquirida, em aceitar o
prazer como prêmio e não pecado?
Lord
Byron definiu o prazer como um pecado e, disse que algumas vezes pecar é um
prazer.
Gabriel
Novis Neves
20-06-2012
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.