Acordo
com as galinhas, e passei, de uns tempos pra cá, a observar por mais tempo o
nascimento do dia. Virou uma obsessão fotografar o céu enquanto ele se prepara
para o surgimento do Rei Sol.
A
imensa implosão de cores, formatando o maior painel de pintura sem tinta,
emociona até as pessoas mais insensíveis.
O
espetáculo que se repete há milhões de anos, nunca é igual ao do dia anterior,
dando sempre a impressão que suas cores e combinações são ainda mais belas.
O
céu de Cuiabá tem uma cor predominante ao raiar do dia, que é a alaranjada.
Mesclada com o branco, chumbo, vermelho, azul, cinza, espalha essa harmonia de
beleza visual até onde o olho humano consegue identificar na sua imensidão.
Nuvens
brancas, tal algodão, dançam e desaparecem, dando oportunidade a novas
combinações de cores e figuras criadas pela nossa imaginação.
Em
breve teremos o astro rei no seu painel favorito, que é o azul, cercado por
algumas nuvens mais escuras - as retardatárias da noite que findou.
Finalmente
Ele, em todo o seu esplendor, nos impede de admirá-lo pela potência dos seus
raios infravermelhos. Dizem que essa impossibilidade de vê-lo a olho nu foi
criada pelo ciúme da lua.
O
sol despede-se e a lua surge - nunca no mesmo horário. Como toda bela mulher, a
rainha da noite costuma-se atrasar todos os dias.
A
lua reina absoluta na escuridão do céu, reverenciada pelas estrelas, poetas,
escritores, compositores, boêmios, românticos e enamorados.
Seu
cenário é o perfeito encantamento para o nascimento de poemas e melodias
apaixonadas. A lua sabe que é inspiradora e bela.
O
céu de Cuiabá é diferente de todos os demais pela doação de surpresas visuais
diferenciadas.
“Acho
impossível que um indivíduo contemplando o céu possa dizer que não existe
Criador” - (Abraham Lincoln).
Gabriel
Novis Neves
01-05-2012
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