Um
dirigente do ex-partido ético dos trabalhadores, xodó dos intelectuais,
estudantes, artistas, religiosos e sonhadores, após a visita do seu fundador à
residência de um dos personagens mais procurados pela Interpol, disse à
imprensa que o mundo ideal não existe.
No
entanto, ele existiu para esse grupo chegar ao poder, após ter vendido a alma
ao capitalismo. Essa visita à casa do doutor Paulo Maluf em São Paulo está
sendo chamada pela mídia como a visita da rendição.
Agora
o time está completo. Esperando pelo chefe de São Paulo estavam o Sarney, o
Collor, o Renan e outros menos insignificantes, porém importantes dentro da
organização que tentará levar o ministro do Enem à prefeitura de São Paulo.
O
ar de vitória e satisfação do anfitrião, passando as suas 'mãos limpas' na
cabeça do menino do Lula, foi um dos atos mais tristes que presenciei em
política.
Nunca,
jamais, em tempo algum, o mais desligado dos brasileiros imaginaria que o dono
do ex-partido dos trabalhadores, pudesse frequentar, com a sua tropa de choque,
aqueles jardins. E a presença do ex-presidente foi para melhorar a vida dos
paulistanos? Não. Foi apenas para negociar com o turco alguns minutos de
televisão.
Dignidade
tem nome – Luiza Erundina.
Foi escolhida
para vice do menino do Lula. Ao saber do encontro, renunciou com elegância à
sua posição na chapa majoritária.
Essa
situação de São Paulo se repete por todo o Brasil. Será que não temos uma
Erundina nesta terra de Rondon para demonstrar que o poder não deve ser
exercido apenas pelo poder e seus benefícios?
Será
que não temos ninguém para denunciar os conchavos indecentes realizados nos
jardins das mansões dos poderosos que não querem deixar o osso do poder e, para
isso, negociam tudo - onde a moeda nunca foi à ética, e sim, os interesses pessoais
de poderosos grupos econômicos?
A
população da minha cidade diante dos candidatos oferecidos pelas convenções
partidárias com suas coligações, está totalmente desolada com o futuro da nossa
cidade.
Nesta
eleição de 2012 está em jogo o poder em 2014 e em 2018.
São
os mesmos de sempre com o discurso de sempre: transparência, trabalho e
humildade.
No
dia da posse os instrumentos de trabalho serão a soberba, a vaidade e a
escuridão nas suas ações.
Como
uma Erundina faz falta quando o mundo ideal não existe!
Gabriel
Novis Neves
21-06-2012
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