domingo, 1 de julho de 2012

Mundo ideal


Um dirigente do ex-partido ético dos trabalhadores, xodó dos intelectuais, estudantes, artistas, religiosos e sonhadores, após a visita do seu fundador à residência de um dos personagens mais procurados pela Interpol, disse à imprensa que o mundo ideal não existe.
No entanto, ele existiu para esse grupo chegar ao poder, após ter vendido a alma ao capitalismo. Essa visita à casa do doutor Paulo Maluf em São Paulo está sendo chamada pela mídia como a visita da rendição.
Agora o time está completo. Esperando pelo chefe de São Paulo estavam o Sarney, o Collor, o Renan e outros menos insignificantes, porém importantes dentro da organização que tentará levar o ministro do Enem à prefeitura de São Paulo.
O ar de vitória e satisfação do anfitrião, passando as suas 'mãos limpas' na cabeça do menino do Lula, foi um dos atos mais tristes que presenciei em política.
Nunca, jamais, em tempo algum, o mais desligado dos brasileiros imaginaria que o dono do ex-partido dos trabalhadores, pudesse frequentar, com a sua tropa de choque, aqueles jardins. E a presença do ex-presidente foi para melhorar a vida dos paulistanos? Não. Foi apenas para negociar com o turco alguns minutos de televisão.
Dignidade tem nome – Luiza Erundina.
Foi escolhida para vice do menino do Lula. Ao saber do encontro, renunciou com elegância à sua posição na chapa majoritária.
Essa situação de São Paulo se repete por todo o Brasil. Será que não temos uma Erundina nesta terra de Rondon para demonstrar que o poder não deve ser exercido apenas pelo poder e seus benefícios?
Será que não temos ninguém para denunciar os conchavos indecentes realizados nos jardins das mansões dos poderosos que não querem deixar o osso do poder e, para isso, negociam tudo - onde a moeda nunca foi à ética, e sim, os interesses pessoais de poderosos grupos econômicos?
A população da minha cidade diante dos candidatos oferecidos pelas convenções partidárias com suas coligações, está totalmente desolada com o futuro da nossa cidade.
Nesta eleição de 2012 está em jogo o poder em 2014 e em 2018.
São os mesmos de sempre com o discurso de sempre: transparência, trabalho e humildade.
No dia da posse os instrumentos de trabalho serão a soberba, a vaidade e a escuridão nas suas ações.
Como uma Erundina faz falta quando o mundo ideal não existe!

Gabriel Novis Neves
21-06-2012

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