terça-feira, 10 de julho de 2012

Lavanderia


O partido da ética (PT), acompanhado de outras 13 legendas (pura coincidência), obteve uma grande vitória no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Conseguiram transformar contas sujas de campanhas eleitorais passadas em contas limpas.
Aqueles candidatos que não tiveram as suas contas aprovadas poderão tranquilamente ser candidatos, e concorrer normalmente às eleições municipais deste ano.
Serão inelegíveis apenas os candidatos que não apresentaram nenhum documento de contas de campanha.
Essa decisão do TSE não se discute, cumpre-se. No entanto, matou uma das últimas esperanças do povo brasileiro - banir da política os ladrões ocupantes de cargos públicos.
É lastimável que continuemos a ler diariamente nos jornais os incríveis desvios de ética dos nossos políticos, com atitudes não republicanas e protegidas pela impunidade.
A famosa Lei da Ficha Limpa, como outras leis moralizantes, teve um triste fim na lavanderia do TSE.
Somos conhecidos como o país que não cumpre com as suas leis. Ao mesmo tempo, somos campeões mundiais em fazer leis, e bem feitas.
Já houve alguém que comparou as nossas leis às vacinas, onde algumas pegam e outras não.
No Brasil ninguém mais se assusta com o número de leis, que não são cumpridas e acabam desmoralizadas.
Uma das mais importantes e não cumpridas, é a relacionada à saúde pública. A Constituição Federal diz que saúde é direito de todos e dever do Estado.
Pobre povo brasileiro, que tem o pior atendimento em saúde pública. Isso é facilmente comprovado pelo pavor que as nossas autoridades têm de ser atendido em um serviço público de saúde.
A Lei da Ficha Limpa, após uma bela gestação veio a falecer prematuramente, vítima da síndrome das alianças partidárias para a conquista do poder.
Os fichas sujas ganharam o cartão ouro ficha limpa, para realizarem durante os seus mandatos o que sempre fizeram.
Enriquecimento ilícito parece ser a grande vocação dos ex-fichas sujas.
Na nossa cidade ninguém nunca se importou com punição, e o grande negócio do momento é a venda do tempo de televisão.
Aquele que o Lula comprou do Maluf para a eleição do seu menino para a prefeitura de São Paulo.
O preço por aqui está inflacionado e, até o dia das convenções, os partidos ricos não tinham escolhido os seus vices.
Diante desse quadro que se desenha para o nosso futuro, só falando como o povo das favelas: “Está tudo dominado”.

Gabriel Novis Neves        
29-97-2012

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