O
partido da ética (PT), acompanhado de outras 13 legendas (pura coincidência),
obteve uma grande vitória no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Conseguiram
transformar contas sujas de campanhas eleitorais passadas em contas limpas.
Aqueles
candidatos que não tiveram as suas contas aprovadas poderão tranquilamente ser
candidatos, e concorrer normalmente às eleições municipais deste ano.
Serão
inelegíveis apenas os candidatos que não apresentaram nenhum documento de
contas de campanha.
Essa
decisão do TSE não se discute, cumpre-se. No entanto, matou uma das últimas
esperanças do povo brasileiro - banir da política os ladrões ocupantes de
cargos públicos.
É
lastimável que continuemos a ler diariamente nos jornais os incríveis desvios
de ética dos nossos políticos, com atitudes não republicanas e protegidas pela
impunidade.
A
famosa Lei da Ficha Limpa, como outras leis moralizantes, teve um triste fim na
lavanderia do TSE.
Somos
conhecidos como o país que não cumpre com as suas leis. Ao mesmo tempo, somos
campeões mundiais em fazer leis, e bem feitas.
Já
houve alguém que comparou as nossas leis às vacinas, onde algumas pegam e
outras não.
No
Brasil ninguém mais se assusta com o número de leis, que não são cumpridas e
acabam desmoralizadas.
Uma
das mais importantes e não cumpridas, é a relacionada à saúde pública. A
Constituição Federal diz que saúde é direito de todos e dever do Estado.
Pobre
povo brasileiro, que tem o pior atendimento em saúde pública. Isso é facilmente
comprovado pelo pavor que as nossas autoridades têm de ser atendido em um
serviço público de saúde.
A
Lei da Ficha Limpa, após uma bela gestação veio a falecer prematuramente,
vítima da síndrome das alianças partidárias para a conquista do poder.
Os
fichas sujas ganharam o cartão ouro ficha limpa, para realizarem durante os
seus mandatos o que sempre fizeram.
Enriquecimento
ilícito parece ser a grande vocação dos ex-fichas sujas.
Na
nossa cidade ninguém nunca se importou com punição, e o grande negócio do
momento é a venda do tempo de televisão.
Aquele
que o Lula comprou do Maluf para a eleição do seu menino para a prefeitura de
São Paulo.
O
preço por aqui está inflacionado e, até o dia das convenções, os partidos ricos
não tinham escolhido os seus vices.
Diante
desse quadro que se desenha para o nosso futuro, só falando como o povo das
favelas: “Está tudo dominado”.
Gabriel
Novis Neves
29-97-2012
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