Recebi
do Conselho Federal de Medicina os termos da Medida Provisória 568/2012 e o
Ofício Circular nº. 9 que serviram de inspiração e roteiro para este artigo.
Esta
MP (Medida Provisória) deverá ser aprovada a toque de caixa pela fisiológica
base de sustentação do governo e deverá entrar em vigor, se depender do
Planalto, imediatamente.
Seu
único mérito, dizem alguns, é o de ser uma represália às dificuldades e à
oposição ferrenha das entidades médicas contra a invasão dos médicos cubanos,
no Brasil.
Reduz
em 50% os vencimentos dos médicos servidores federais ativos e inativos.
Atinge, sobretudo, os médicos dos hospitais federais e universitários, o
equivalente a 42 mil profissionais espalhados pelo país.
Essa
MP “democrática” desconsidera a lei 3.999 que, desde 1961, determina uma carga
horária semanal de 20 horas para médicos. Em 1997, foi aprovada a Lei 9.936,
que permite aos médicos, que já trabalhavam 20 horas solicitar outras 20 horas,
ficando com um total de 40 horas semanais e estendendo integralmente tal
benefício à aposentadoria e às pensões.
Esta
MP 568/2012 está sendo chamada de Perfídia pelo Conselho Federal de Medicina
(CFM). Esta ignomía afeta grande número de categoria de servidores, sobretudo
os ocupantes de cargos médicos do Poder Executivo.
É
uma traição que prejudica todos os médicos federais e funcionários que recebem
insalubridade. É uma insídia para prejudicar os médicos, nos seus vencimentos
com aumento de carga horária. É uma desonra, em que, em 20 carreiras, o cargo
de médico será afetado.
A
insensibilidade social do governo “democrático” do Brasil coloca o nosso
atendimento médico em um processo de retrocesso.
O
atual governo é arrogante ao atropelar leis em vigor. Está criando uma cizânia
na categoria médica servidora federal.
Não
sei se o Ministro de Educação sabe desta MP, já que é um entusiasta defensor de
abertura de novos cursos de medicina e aumento do número de médicos.
Um
fato me chamou a atenção e estranheza: não encontrei na relação dos
congressistas defensores dos médicos brasileiros, nenhum de Mato Grosso. Parece
que a nossa bancadinha segue orientação do grande político cearense Ciro Gomes.
As
consequências da adoção dessa MP são imprevisíveis. Mas, já sinaliza que será
uma porta aberta para a importação de “médicos” de qualidades prá lá de
discutíveis.
Gabriel Novis Neves
28-05-2012
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