No
início do ano houve uma festa de arromba promovida pela Secretaria de Saúde do
Estado. O evento foi para comemorar o fim de todos os nossos crônicos problemas
de saúde - em apenas um ano da prorrogação do antigo governo.
As
OSS iriam administrar todos os hospitais públicos, a Farmácia de Alto-Custo, a distribuição e compra dos medicamentos e ainda
prestar consultoria técnica ao secretário.
As
conquistas não paravam por aí.
Foi
feito um acerto com o Hospital das Clínicas de Cuiabá, e, segundo anúncio
oficial, seria inaugurado em julho – e funcionando - o tão falado, prometido e
esperado Hospital Infantil de Cuiabá, referência para todo o Estado.
Na
ocasião da festança foi ainda declarada a retomada das obras do Hospital
Central, iniciadas em 1984. Para este empreendimento o governo anunciou
parceria com a iniciativa privada e, até agora, não apareceu ninguém, embora o
governo seja de empresários.
Simplesmente
fantástico o que ouvimos.
A
incompetência das administrações passadas, especialmente nos últimos 10 anos, ficou
clara, causando revolta na população.
As
promessas feitas pelo governo durante o mandato tampão com a renúncia do titular,
que também anunciou até hora da inauguração do Hospital Infantil, não foram cumpridas.
Vamos
lembrar algumas promessas:
O
secretário de saúde tampão pediu as contas antes de completar trinta dias no cargo.
Alegou incompetência total para administrar loteamentos.
No
seu discurso de posse disse que tinha total apoio do governador-tampão candidato
à reeleição.
Disse
também que estava decretado o fim da desumana fila de espera para cirurgias eletivas,
consultas e exames laboratoriais. E, disse mais: que iria inaugurar o Hospital Infantil.
Esses seriam seus compromissos prioritários.
Nada
foi feito.
Este
ano, novamente falou-se em inaugurar o Hospital Infantil, em julho.
Diante
da gravidade da situação, uma comissão composta por autoridades do judiciário e
da classe médica, procurou o governador em seu gabinete e lhe entregou quase que
uma intimação para que não deixasse mais as nossas crianças morrerem por falta de
assistência hospitalar infantil. Ele prometeu estudar o assunto com muito carinho.
Conversando
com amigos, um deles fez um retrospecto desses
vinte e três meses de governo pós-botina e suas repercussões na saúde pública.
As OSS estão dando trambiques no governo e deixando municípios com a população totalmente desassistida. Outras sumiram com o dinheiro.
As OSS estão dando trambiques no governo e deixando municípios com a população totalmente desassistida. Outras sumiram com o dinheiro.
Remédio
na Farmácia de Alto Custo continua em falta e o Hospital Infantil, simplesmente
gorou.
As
filas de pacientes aumentaram.
Não
há sinais de obras no Hospital das Clínicas, que precisa de uma grande reforma.
O único operário que se vê por lá é um vigia 24h por dia.
Totalmente
fora de questão inaugurá-lo este ano.
Falta
dinheiro no Tesouro, ainda mais agora que o preço do VLT extrapolou e o Estado está
com a burra vazia e sem poder de endividamento.
O
Hospital Infantil não vingou mais uma vez e, para ganhar tempo, a desculpa do Estado
é que estão fazendo estudos técnicos para
transformar o Hospital das Clínicas em Hospital de Transplantes de Órgãos.
Isso
é brincar com o pagador de impostos, pois, recentemente, o governo desmontou os
serviços de transplantes existentes em hospital filantrópico e privado.
Aliás,
a população não acredita em governos e políticos, especialmente após o trauma de
conduta do senador de Goiás.
Resumindo:
desse mato não sai cachorro.
A
população?
Que
se dane.
Gabriel Novis Neves
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